Raça, nutrição, qualidade de vida e mortalidade em pacientes em hemodiálise de manutenção: estudo Prohemo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes, Marcelo Barreto
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29179
Resumo: OBJETIVOS – Foram analisados dados de pacientes em hemodiálise manutenção (HDM) em Salvador, BA com os seguintes objetivos: 1) investigar associações do malnutrition-inflammation score (MIS) e seus 10 componentes com a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS), sintomas depressivos e mortalidade; 2) investigar associações da força da preensão palmar (FPP) com mortalidade e estimar o percentual de excesso de risco explicado (%ERE) pelos efeitos de comorbidades e estado nutricional e 3) investigar associação da raça com mortalidade e QVRS e avaliar se comparações entre raças são influenciadas por comorbidades e indicadores nutricionais. MÉTODOS – Três artigos foram escritos para cada objetivo específico da tese. Os dados são de pacientes adultos em HDM participantes do PROHEMO, um estudo prospectivo de coorte em desenvolvimento desde 2005 em quatro clínicas de Salvador. Os números de pacientes estudados foram 632 para o objetivo 1, 413 para o objetivo 2 e 1483 para o objetivo 3. Os instrumentos de pesquisa usados foram um dinamômetro para FPP; o Kidney Disease Quality of Life Short Form para escores de QVRS (escores variam de 0 a 100; escores mais altos = melhor QVRS); o “Center for Epidemiological Studies Depression Screening Index” (CES-D) foi usado para escores de sintomas depressivos (escores variam de 0 a 60; escores mais altos = maior probabilidade de depressão); o malnutrition-inflammation score (MIS) foi usado para estimar o estado nutrional. MIS é determinado pela soma dos escores dos 10 componentes (MIS pode variar de 0 a 30; escores mais altos = pior estado nutricional). Regressão linear foi usada para avaliar associações de características dos pacientes com escores de QVRS e sintomas depressivos. Regressão de Cox foi usada para associações com mortalidade. RESULTS - Em análise com ajuste para múltiplas covariáveis, pacientes com MIS ≥6 (comparados com MIS <6) apresentaram, em geral, mortalidade mais alta (hazard ratio ajustada (HRa)=1,52; intervalo de confiança (IC) de 95% =1,13; 2,05), maior escore de sintomas de depressão (diferença ajustada de médias (DAM = 1,9; IC 95%=0,1; 3,8)) e menores escores do componente físico (DAM = 3,3; IC 95% = 1,6; 4,9) e do mental (diferença = 2,4; IC 95% = 0,3; 4,4) de QVRS. Os componentes do MIS mais fortemente associados com mortalidade (componentes comorbidade e albumina) não foram os mesmos associados com QVRS e sintomas de depressão (componentes sintomas digestivos e capacidade funcional). Pacientes Brancos e não-Brancos apresentaram escores de QVRS similares com exceção do escore de satisfação com o tratamento ajustado para idade que foi menor em Negros que em Brancos. A mortalidade foi similar entre não-Brancos e Brancos. Na análise restrita para pacientes com menos de 6 meses em diálise, a hazard ratio de mortalidade comparando FPP mais baixa e mais alta foi 2,58 (IC 95%: 1,73; 3,85) no modelo com variáveis sociodemográficas e tempo em diálise e 2,25 (IC 95%: 1,49; 3,43) com adição de comorbidades, correspondendo a um %ERE de 21%. A HRa reduziu para 1.98 (IC 95%: 1,29; 3,06) após adição de indicadores nutricionais, correspondendo a um %ERE de 38%. CONCLUSIONS – Os resultados apoiam o uso do MIS para predizer eventos em pacientes em HDM. Contudo, os componentes do MIS associados com QVRS e sintomas depressivos não são os mesmos associados com mortalidades. Os dados sugerem que parte da associação entre FPP mais baixa e mortalidade é explicado por maior comprometimento do estado nutricional. Os dados do PROHEMO indicam que a mortalidade é similar entre pacientes Brancos e não-Brancos em HDM na cidade de Salvador. Com exceção da menor satisfação com o tratamento em Negros, a QVRS foi também similar entre os grupos raciais.
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MÉTODOS – Três artigos foram escritos para cada objetivo específico da tese. Os dados são de pacientes adultos em HDM participantes do PROHEMO, um estudo prospectivo de coorte em desenvolvimento desde 2005 em quatro clínicas de Salvador. Os números de pacientes estudados foram 632 para o objetivo 1, 413 para o objetivo 2 e 1483 para o objetivo 3. Os instrumentos de pesquisa usados foram um dinamômetro para FPP; o Kidney Disease Quality of Life Short Form para escores de QVRS (escores variam de 0 a 100; escores mais altos = melhor QVRS); o “Center for Epidemiological Studies Depression Screening Index” (CES-D) foi usado para escores de sintomas depressivos (escores variam de 0 a 60; escores mais altos = maior probabilidade de depressão); o malnutrition-inflammation score (MIS) foi usado para estimar o estado nutrional. MIS é determinado pela soma dos escores dos 10 componentes (MIS pode variar de 0 a 30; escores mais altos = pior estado nutricional). Regressão linear foi usada para avaliar associações de características dos pacientes com escores de QVRS e sintomas depressivos. Regressão de Cox foi usada para associações com mortalidade. RESULTS - Em análise com ajuste para múltiplas covariáveis, pacientes com MIS ≥6 (comparados com MIS <6) apresentaram, em geral, mortalidade mais alta (hazard ratio ajustada (HRa)=1,52; intervalo de confiança (IC) de 95% =1,13; 2,05), maior escore de sintomas de depressão (diferença ajustada de médias (DAM = 1,9; IC 95%=0,1; 3,8)) e menores escores do componente físico (DAM = 3,3; IC 95% = 1,6; 4,9) e do mental (diferença = 2,4; IC 95% = 0,3; 4,4) de QVRS. Os componentes do MIS mais fortemente associados com mortalidade (componentes comorbidade e albumina) não foram os mesmos associados com QVRS e sintomas de depressão (componentes sintomas digestivos e capacidade funcional). 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Os dados sugerem que parte da associação entre FPP mais baixa e mortalidade é explicado por maior comprometimento do estado nutricional. Os dados do PROHEMO indicam que a mortalidade é similar entre pacientes Brancos e não-Brancos em HDM na cidade de Salvador. Com exceção da menor satisfação com o tratamento em Negros, a QVRS foi também similar entre os grupos raciais.Submitted by Pos-Graduação Medicina e Saúde (ppgms@ufba.br) on 2019-03-13T13:52:24Z No. of bitstreams: 1 TESE Marcelo Barreto Lopes versão final.pdf: 12880631 bytes, checksum: 16feda9a6f671936c44d0edc1f5db25f (MD5)Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2019-04-04T15:13:58Z (GMT) No. of bitstreams: 1 TESE Marcelo Barreto Lopes versão final.pdf: 12880631 bytes, checksum: 16feda9a6f671936c44d0edc1f5db25f (MD5)Made available in DSpace on 2019-04-04T15:13:58Z (GMT). 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