Incidência, distribuição e determinantes da sífilis congênita na Bahia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brasileiro, Cristiana de Souza Meira
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/17390
Resumo: A sífilis congênita (SC) pode ser prevenida por ações realizadas no pré-natal, contudo, é a doença infecciosa de transmissão materno-fetal de maior incidência no mundo. O objetivo deste estudo foi estimar a incidência da SC nos municípios da Bahia entre 2005 e 2012 e investigar sua correlação com fatores sociais, econômicos e relacionados à oferta de serviços de saúde. Foi realizado um estudo ecológico, de distribuição temporal e espacial, com caráter descritivo e analítico. Com base nos registros do Sinan e do SIM, identificou-se 2.656 casos de SC na Bahia no período. A incidência da SC no estado cresceu de 1,2 para 2,7 casos por 1.000 nascidos vivos (NV), de 2005 a 2012. Dos 417 municípios, 146 (35,0%) apresentaram incidência média anual acima da meta de 0,5 casos por 1.000 NV para o triênio 2010-2012 e 56 (13,4%) apresentaram incidência maior que cinco vezes acima da meta. Pelo método de captura e recaptura, observou-se elevado subregistro de casos e óbitos por SC no Sinan e no SIM (48,8% e 88,7%, respectivamente). A incidência de SC nos municípios baianos apresentou fraca correlação negativa com o coeficiente de Gini (r: 0,17, p: 0,028), que pode refletir pior qualidade dos sistemas de informação nos municípios com maior desigualdade de renda. Esses achados alertam para o crescimento da SC e reforçam a necessidade de ampliar os investimentos na vigilância e controle da SC na Bahia.
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