Negociação e Conflito na Administração do Pau Brasil: a Capitania de Porto Seguro (1605 – 1650)
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23331 |
Resumo: | Criada em 1534 e anexada à Capitania da Bahia em 1763, a Capitania de Porto Seguro passou por um longo processo de esquecimento por parte da historiografia. Vários elementos são apontados como justificadores da ausência de interesse por parte dos historiadores. Primeiramente, a afirmação de sua pobreza, parca integração no circuito comercial e pouco desenvolvimento da colonização apontados em estudos de autores do século XIX e início do século XX, certamente, desestimularam o desenvolvimento de pesquisa histórica e trabalhos acerca da História da capitania. Segundo, o papel negativo imputado às populações indígenas que habitavam aquele espaço responsabilizou-os por seu pouquíssimo desenvolvimento. Terceiro, a dificuldade em acessar documentos referente a capitania por estarem dispersos em vários arquivos do Brasil e de Portugal se constituiu em grande empecilho levando em consideração a falta de arquivos com acervo documental do período colonial na região e por fim, a demora em implantar cursos de graduação em história que fomentassem a pesquisa histórica foram fatores relevantes nesse processo. Entretanto, com um pouco de insistência é possível compulsar uma quantidade significativa de documentos acerca da capitania, sobretudo, no que diz respeito a sua articulação com a atividade extrativista de madeira. Este trabalho tem como objetivo analisar e compreender a experiência histórica da Capitania de Porto Seguro entre o período de publicação do Regimento do Pau-Brasil de 1605 e a criação da Companhia Geral de comércio buscando evidenciar, analisar e entender a importância do negócio do paubrasil para a capitania, sua inserção nos negócios mercantis do Atlântico e as negociações e conflitos em torno do controle do extrativismo de pau-brasil no âmbito local, intermédio e do centro. |
id |
UFBA-2_d3ccdd0735434aac1d63e51a010ed343 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufba.br:ri/23331 |
network_acronym_str |
UFBA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFBA |
repository_id_str |
1932 |
spelling |
Santos, Uiá Freire Dias dos SantosParaíso, Maria Hilda BaqueiroCanela, Francisco Eduardo TorresMagalhães, Pablo Antonio Iglesias2017-06-27T23:45:08Z2017-06-27T23:45:08Z2017-06-272015http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23331Criada em 1534 e anexada à Capitania da Bahia em 1763, a Capitania de Porto Seguro passou por um longo processo de esquecimento por parte da historiografia. Vários elementos são apontados como justificadores da ausência de interesse por parte dos historiadores. Primeiramente, a afirmação de sua pobreza, parca integração no circuito comercial e pouco desenvolvimento da colonização apontados em estudos de autores do século XIX e início do século XX, certamente, desestimularam o desenvolvimento de pesquisa histórica e trabalhos acerca da História da capitania. Segundo, o papel negativo imputado às populações indígenas que habitavam aquele espaço responsabilizou-os por seu pouquíssimo desenvolvimento. Terceiro, a dificuldade em acessar documentos referente a capitania por estarem dispersos em vários arquivos do Brasil e de Portugal se constituiu em grande empecilho levando em consideração a falta de arquivos com acervo documental do período colonial na região e por fim, a demora em implantar cursos de graduação em história que fomentassem a pesquisa histórica foram fatores relevantes nesse processo. Entretanto, com um pouco de insistência é possível compulsar uma quantidade significativa de documentos acerca da capitania, sobretudo, no que diz respeito a sua articulação com a atividade extrativista de madeira. Este trabalho tem como objetivo analisar e compreender a experiência histórica da Capitania de Porto Seguro entre o período de publicação do Regimento do Pau-Brasil de 1605 e a criação da Companhia Geral de comércio buscando evidenciar, analisar e entender a importância do negócio do paubrasil para a capitania, sua inserção nos negócios mercantis do Atlântico e as negociações e conflitos em torno do controle do extrativismo de pau-brasil no âmbito local, intermédio e do centro.Submitted by PPGH null (poshisto@ufba.br) on 2017-06-20T15:52:57Z No. of bitstreams: 1 dissertação Uia.pdf: 2866989 bytes, checksum: 7b709abe9ac88ebd51010cbce9214fe0 (MD5)Approved for entry into archive by Uillis de Assis Santos (uillis.assis@ufba.br) on 2017-06-27T23:45:08Z (GMT) No. of bitstreams: 1 dissertação Uia.pdf: 2866989 bytes, checksum: 7b709abe9ac88ebd51010cbce9214fe0 (MD5)Made available in DSpace on 2017-06-27T23:45:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 dissertação Uia.pdf: 2866989 bytes, checksum: 7b709abe9ac88ebd51010cbce9214fe0 (MD5)História SocialCapitania de Porto SeguroPau-BrasilExtrativismo; Poder local; Poder do centro; FiscalidadeGuerras HolandesasRestauração BragantinaCompanhia de JesuHistória IndígenaPolítica IndígenaNegociação e Conflito na Administração do Pau Brasil: a Capitania de Porto Seguro (1605 – 1650)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisFaculdade de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em HistóriaUFBABrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALdissertação Uia.pdfdissertação Uia.pdfapplication/pdf2866989https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/23331/1/disserta%c3%a7%c3%a3o%20Uia.pdf7b709abe9ac88ebd51010cbce9214fe0MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1345https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/23331/2/license.txtff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0MD52TEXTdissertação Uia.pdf.txtdissertação Uia.pdf.txtExtracted texttext/plain538645https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/23331/3/disserta%c3%a7%c3%a3o%20Uia.pdf.txt4425218f6b5fe973d5cab8598d07c11bMD53ri/233312022-02-21 00:22:17.116oai:repositorio.ufba.br:ri/23331VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBLgoKIFBlbG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc++/vW8gZGUgZG9jdW1lbnRvcywgbyBhdXRvciBvdSBzZXUgcmVwcmVzZW50YW50ZSBsZWdhbCwgYW8gYWNlaXRhciAKZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRhIEJhaGlhIApvIGRpcmVpdG8gZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2Ye+/ve+/vW8uIApFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yL2NvcHlyaWdodCwgbWFzIGVudGVuZGUgbyBkb2N1bWVudG8gCmNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCiBQYXJhIG9zIGRvY3VtZW50b3MgcHVibGljYWRvcyBjb20gcmVwYXNzZSBkZSBkaXJlaXRvcyBkZSBkaXN0cmlidWnvv73vv71vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vu77+9YSAKZW50ZW5kZSBxdWU6CgogTWFudGVuZG8gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHJlcGFzc2Fkb3MgYSB0ZXJjZWlyb3MsIGVtIGNhc28gZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8KcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIGludGVncmFsLCBtYXMgbGliZXJhIGFzIGluZm9ybWHvv73vv71lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3Ryae+/ve+/vWVzIGltcG9zdGFzIHBlbG9zIGVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2Hvv73vv71lcyBzZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVw77+9c2l0b3MgCmNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIG1hcyBtYW5077+9bSBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byAKYW8gbWV0YWRhZG9zIGUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIGNvbnNlbnRpbWVudG8KIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgZXN0YXJlbSBlbSBpbmljaWF0aXZhcyBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-02-21T03:22:17Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Negociação e Conflito na Administração do Pau Brasil: a Capitania de Porto Seguro (1605 – 1650) |
title |
Negociação e Conflito na Administração do Pau Brasil: a Capitania de Porto Seguro (1605 – 1650) |
spellingShingle |
Negociação e Conflito na Administração do Pau Brasil: a Capitania de Porto Seguro (1605 – 1650) Santos, Uiá Freire Dias dos Santos História Social Capitania de Porto Seguro Pau-Brasil Extrativismo; Poder local; Poder do centro; Fiscalid ade Guerras Holandesas Restauração Bragantina Companhia de Jesu História Indígena Política Indígena |
title_short |
Negociação e Conflito na Administração do Pau Brasil: a Capitania de Porto Seguro (1605 – 1650) |
title_full |
Negociação e Conflito na Administração do Pau Brasil: a Capitania de Porto Seguro (1605 – 1650) |
title_fullStr |
Negociação e Conflito na Administração do Pau Brasil: a Capitania de Porto Seguro (1605 – 1650) |
title_full_unstemmed |
Negociação e Conflito na Administração do Pau Brasil: a Capitania de Porto Seguro (1605 – 1650) |
title_sort |
Negociação e Conflito na Administração do Pau Brasil: a Capitania de Porto Seguro (1605 – 1650) |
author |
Santos, Uiá Freire Dias dos Santos |
author_facet |
Santos, Uiá Freire Dias dos Santos |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Santos, Uiá Freire Dias dos Santos |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Paraíso, Maria Hilda Baqueiro |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Canela, Francisco Eduardo Torres Magalhães, Pablo Antonio Iglesias |
contributor_str_mv |
Paraíso, Maria Hilda Baqueiro Canela, Francisco Eduardo Torres Magalhães, Pablo Antonio Iglesias |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
História Social |
topic |
História Social Capitania de Porto Seguro Pau-Brasil Extrativismo; Poder local; Poder do centro; Fiscalid ade Guerras Holandesas Restauração Bragantina Companhia de Jesu História Indígena Política Indígena |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Capitania de Porto Seguro Pau-Brasil Extrativismo; Poder local; Poder do centro; Fiscalid ade Guerras Holandesas Restauração Bragantina Companhia de Jesu História Indígena Política Indígena |
description |
Criada em 1534 e anexada à Capitania da Bahia em 1763, a Capitania de Porto Seguro passou por um longo processo de esquecimento por parte da historiografia. Vários elementos são apontados como justificadores da ausência de interesse por parte dos historiadores. Primeiramente, a afirmação de sua pobreza, parca integração no circuito comercial e pouco desenvolvimento da colonização apontados em estudos de autores do século XIX e início do século XX, certamente, desestimularam o desenvolvimento de pesquisa histórica e trabalhos acerca da História da capitania. Segundo, o papel negativo imputado às populações indígenas que habitavam aquele espaço responsabilizou-os por seu pouquíssimo desenvolvimento. Terceiro, a dificuldade em acessar documentos referente a capitania por estarem dispersos em vários arquivos do Brasil e de Portugal se constituiu em grande empecilho levando em consideração a falta de arquivos com acervo documental do período colonial na região e por fim, a demora em implantar cursos de graduação em história que fomentassem a pesquisa histórica foram fatores relevantes nesse processo. Entretanto, com um pouco de insistência é possível compulsar uma quantidade significativa de documentos acerca da capitania, sobretudo, no que diz respeito a sua articulação com a atividade extrativista de madeira. Este trabalho tem como objetivo analisar e compreender a experiência histórica da Capitania de Porto Seguro entre o período de publicação do Regimento do Pau-Brasil de 1605 e a criação da Companhia Geral de comércio buscando evidenciar, analisar e entender a importância do negócio do paubrasil para a capitania, sua inserção nos negócios mercantis do Atlântico e as negociações e conflitos em torno do controle do extrativismo de pau-brasil no âmbito local, intermédio e do centro. |
publishDate |
2015 |
dc.date.submitted.none.fl_str_mv |
2015 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2017-06-27T23:45:08Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2017-06-27T23:45:08Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2017-06-27 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23331 |
url |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23331 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em História |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFBA |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFBA instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
instname_str |
Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
instacron_str |
UFBA |
institution |
UFBA |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFBA |
collection |
Repositório Institucional da UFBA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/23331/1/disserta%c3%a7%c3%a3o%20Uia.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/23331/2/license.txt https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/23331/3/disserta%c3%a7%c3%a3o%20Uia.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
7b709abe9ac88ebd51010cbce9214fe0 ff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0 4425218f6b5fe973d5cab8598d07c11b |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1808459541750218752 |