Utilização de protótipo de biorreator de imersão temporária na biodegradação de petróleo em sedimento de manguezal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dantas, Camila Paim
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25762
Resumo: O petróleo é um liquido natural oleaginoso formado por uma mistura complexa de hidrocarbonetos. Nas últimas décadas ocorreram inúmeros vazamentos de petróleo, os quais afetaram drasticamente o ecossistema manguezal. A aplicação de processos biológicos tem se mostrado favorável e vem ganhando relevância no tratamento de áreas poluídas. Neste contexto o presente trabalho objetivou avaliar a potencialidade de consórcios microbianos na degradação de petróleo em sedimento de manguezal utilizando protótipo de biorreator de imersão temporária. Bactérias de manguezal foram isoladas através da técnica de diluição seriada por microgota e selecionadas quanto a capacidade em degradar hidrocarbonetos do petróleo por meio do indicador redox 2,6-dichlorophenol indophenol. Posteriormente as cepas bacterianas foram associadas a cepas fúngicas e submetidas a testes de antagonismo. Após montagem do consórcio microbiano, as cepas foram imobilizadas com polímeros naturais e folhas de vegetação de manguezal ou fibra de coco visando estimular as atividades microbianas. Em seguida os consórcios foram adicionados em protótipos de biorreatores de imersão temporária, os quais apresentaram os seguintes tratamentos: atenuação natural; biorremediação I; biorremediação II e biorreator controle. Todos os tratamentos foram realizados em triplicata, totalizando 12 unidades de degradação. O experimento teve a duração de 90 dias. Amostras foram coletadas nos intervalos de 0, 8, 15, 30, 45, 60, 75 e 90 dias para análises físico-químicas, microbiológica e geoquímicas. Os resultados mostraram que através da metodologia adotada foi possivel montar um consórcio microbiano com 12 cepas bacterianas e 26 cepas fungicas, os cromatogramas mostraram que petróleo da Bacia do Recôncavo Baiano sofreu redução desde os hidrocarbonetos mais leves aos mais pesados em um período de 90 dias em protótipo de biorreator de imersão temporária. O processo de biorremediação demonstrou ser eficiente degradando 71,77% dos HTP no tratamento de atenuação natural, 45,14% na biorremediação I e 7,3% na biorremediação II, seguindo a ordem de eficiência de AN<BC<BF. Dessa forma fica evidente a necessidade de entendimento da interação entre os microrganismos e o meio abiótico sendo necessário aprofundar os estudos em relação a diferentes concentrações do consórcio e dos nutrientes utilizados neste experimento.
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Bactérias de manguezal foram isoladas através da técnica de diluição seriada por microgota e selecionadas quanto a capacidade em degradar hidrocarbonetos do petróleo por meio do indicador redox 2,6-dichlorophenol indophenol. Posteriormente as cepas bacterianas foram associadas a cepas fúngicas e submetidas a testes de antagonismo. Após montagem do consórcio microbiano, as cepas foram imobilizadas com polímeros naturais e folhas de vegetação de manguezal ou fibra de coco visando estimular as atividades microbianas. Em seguida os consórcios foram adicionados em protótipos de biorreatores de imersão temporária, os quais apresentaram os seguintes tratamentos: atenuação natural; biorremediação I; biorremediação II e biorreator controle. Todos os tratamentos foram realizados em triplicata, totalizando 12 unidades de degradação. O experimento teve a duração de 90 dias. 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