Trajetórias negras: os libertos da Costa d' África no Recife (1846-1890)
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Data de Publicação: | 2013 |
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Costa, Valéria GomesGomes, Flávio dos SantosPires, Antonio Liberac Cardoso SimõesSoares, Carlos Eugênio LíbanoReis, João JoséCarvalho, Marcus J. M. de2013-10-30T18:35:59Z2013-10-30T18:35:59Z2013-10-302013Tesehttp://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/13367252f.Esta pesquisa tem como objetivo investigar as experiências sociais de africanos libertos nas áreas urbanas do Recife no século XIX. A partir de trajetórias de vida de ex-cativos que conseguiram algum prestígio social, econômico e político no meio da comunidade negra (e fora dela), são analisadas suas estratégias de sobrevivência em meio aos estigmas que lhes foram impostos pela sociedade escravista. Embora Pernambuco, depois do Rio de Janeiro, tenha recebido o maior número de africanos escravizados do hinterland de Angola, o foco de interesse do estudo são os africanos provenientes da África Ocidental – ―minas‖ em sua maioria – que após a alforria, em meados do Oitocentos, criaram mecanismos para assegurar seus espaços sociais. Os fragmentos das experiências individuais e coletivas desses indivíduos revelaram a formação de uma afluente comunidade negra na cidade, composta de africanos e seus descendentes. A construção do objeto desta tese viabilizou a elaboração do conceito de cartografia negra, denominação atribuída à complexa rede de sociabilidades, conflitos e tensões entre africanos, crioulos, libertos, escravizados e os demais setores sociais e políticos – quiçá raciais – urbanos. Tais embates e malhas sociais fizeram parte do protagonismo cotidiano das pessoas, sobretudo africanas, cujas lutas pela liberdade e reconstrução de suas autonomias (política, social, cultural, etc.), nas Américas, foram orientadas por suas experiências familiares e de parentesco ao longo das gerações. Para estabelecer os laços de parentesco, trabalho, negócios e religião entre os sujeitos foi utilizada como metodologia de análise a ligação nominativa em fontes variadas. Ao tratar os libertos enquanto uma categoria social, esta pesquisa vem preencher uma lacuna na historiografia pernambucana, que ainda não dispõe de nenhum estudo sistematizado sobre os ex-escravos, em particular africanos. The objective of this study is to investigate the social experiences of free slaves in the urban areas of Recife in the 19th century. Its survival strategies are analyzed in light of the stigmas that were imposed by members of the slave society from the life experiences of ex-slaves who attained some social, economic, and political prestige in the Black community, and outside of it. After Rio de Janeiro, Pernambuco had received the largest number of enslaved Africans from the hinterlands of Angola; the focus of this study is the Africans originating in West Africa—―minas‖ in their majority which after emancipation in the middle of the 1800s created mechanisms to maintain their social space. The fragments of individual and collective experiences of these individuals reveal the formation an affluent Black community in the city, composed of Africans and their descendants. The construction of the subject matter of this thesis permits the elaboration of the conception of black cartography, denomination that attributes to the complex network of sociability, conflict, and tension between Africans, crioulos, freed Africans, enslaved Africans and other social and political sectors, perhaps racial and urban as well. Such social resistance and networks became part of the daily character of the people, principally African women, whose fight for liberty and reconstruction of their autonomies (political, social, cultural, etc.) in the Americas, were oriented by their familiar and kin experiences throughout the generations. A nominative connection was used as a method of study from various sources to discover the kin, employment, business, and religious relationships between the subjects. In treating the freed enslaved Africans as a social category, this study seeks to fill a void in the historiographical study of Pernambuco as there is still no systematic study about formerly enslaved peoples, in particular, Africans.Submitted by Oliveira Santos Dilzaná (dilznana@yahoo.com.br) on 2013-10-09T18:31:41Z No. of bitstreams: 1 Tese Final - Valéria Gomes Costa.pdf: 3771417 bytes, checksum: bb91959918d5900904973fdc9c1397e1 (MD5)Approved for entry into archive by Ana Portela (anapoli@ufba.br) on 2013-10-30T18:35:58Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese Final - Valéria Gomes Costa.pdf: 3771417 bytes, checksum: bb91959918d5900904973fdc9c1397e1 (MD5)Made available in DSpace on 2013-10-30T18:35:59Z (GMT). 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