A prefixação na primeira fase do português arcaico descrição e estudo semântico- morfolexical-etimológico do paradigma prefixal da língua portuguesa nos séculos XII, XIII e XIV
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/15537 |
Resumo: | Este estudo tem como objetivo precípuo fornecer alguma contribuição para as investigações de morfologia histórica, ao abordar o fenômeno da formação de palavras via prefixação em registros escritos remanescentes da produção primitiva em português (séculos XII, XIII e XIV). É fruto de uma pesquisa em nível de mestrado, de teor descritivo-analítico, cujo escopo foi o rastreamento do paradigma prefixal do português em sua primeira sincronia medieval, incidindo sobre um extenso corpus textual do português arcaico — englobando suas manifestações na documentação jurídico-notarial, na prosa literária e na lírica trovadoresca. Com base em diversos estudos, da pena de autores nacionais ou de outros países, realizou-se uma revisão da literatura e da fundamentação teórica existentes que incidiam sobre algumas questões centrais da morfologia ou que a ela eram pertinentes:os conceitos de palavra, de morfema e de formação de palavras; a fronteira entre derivação e composição; os tipos de elementos afixais da margem esquerda do vocábulo (prefixos, prefixoides ou pseudoprefixos); a fronteira entre sincronia e diacronia e suas implicações para o estudo morfológico; a prefixação na língua latina e sua influência na constituição do arcabouço léxico-morfológico do vernáculo. Afora isso, e sob uma perspectiva histórico-descritiva, pretendeu-se analisar o estatuto semântico-morfolexical dos vocábulos prefixados encontrados em edições dos 92 textos medievais perscrutados, bem como tecer algumas reflexões sobre a produtividade e vitalidade dos prefixos encontrados e algumas considerações sobre sua etimologia. Buscou-se também observar fenômenos atinentes a este tipo de derivação afixal, como a superposição prefixal, a parassíntese, a substituição de prefixos no decorrer do eixo temporal e a alomorfia e alografia ativadas nas operações genolexicais constituídas por esses elementos mórficos da margem esquerda do vocábulo. A análise individual de cada prefixo, subsidiada pelos quase 2 mil vocábulos complexos (excluindo-se deste cômputo as flexões de cada vocábulo) advindos de inúmeras operações prefixais depreendidas dos textos consultados, em 526 bases léxicas distintas, reproduzidas em um Morfemário (Tomo II desta dissertação), constituiu o cerne deste estudo, pois a partir dele foi possível estabelecer o paradigma prefixal da língua portuguesa em sua primeira sincronia arcaica. Foi delineada, quando possível, uma correlação histórico-linguística geral entre os usos prefixais e suas características em três momentos distintos da história da língua: o prefixo no latim, sua forma correspondente na primeira fase do português arcaico e seu uso no período hodierno. Foram ainda sistematizados em tabelas os vocábulos cuja datação mais antiga foi atestada pela presente pesquisa, bem como os casos de palavras que se arcaizaram e foram substituídas na história da língua. Pensa-se que uma descrição histórica da prefixação, alicerçada nos primórdios da expressão escrita em português, além de oferecer dados importantes para o estudo diacrônico da língua, poderá prestar-se ao esclarecimento de fenômenos tidos como abstrusos quando observados sob a luz de uma análise puramente sincrônica. |
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Lopes, Mailson dos SantosCoelho, Juliana Soledade BarbosaAlmeida, Aurelina Ariadne DominguesCoelho, Juliana Soledade BarbosaCosta, Sônia Bastos BorbaSantos, Antônia Vieira dos Santos2014-08-11T18:47:01Z2014-08-11T18:47:01Z2014-08-112013-06-03http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/15537Este estudo tem como objetivo precípuo fornecer alguma contribuição para as investigações de morfologia histórica, ao abordar o fenômeno da formação de palavras via prefixação em registros escritos remanescentes da produção primitiva em português (séculos XII, XIII e XIV). É fruto de uma pesquisa em nível de mestrado, de teor descritivo-analítico, cujo escopo foi o rastreamento do paradigma prefixal do português em sua primeira sincronia medieval, incidindo sobre um extenso corpus textual do português arcaico — englobando suas manifestações na documentação jurídico-notarial, na prosa literária e na lírica trovadoresca. 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