O cordel no fogo cruzado da cultura.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10956 |
Resumo: | Antes de mais nada, este estudo vem a problematizar a idéia corrente que reduz a literatura de cordel nordestina a uma manifestação ou a um produto da oralidade. Nesse sentido, procura-se evidenciar, no decorrer da tese, as condições concretas da existência do cordel como um gênero e um sistema cultural específico. Ou seja, tomando-se o cordel em sua materialidade explícita, trata-se de assinalar, inicialmente, uma condição sine qua non ao seu advento, qual seja, a impressão. Quanto a isso, particularmente no texto « Um Sistema literário em trânsito », que compõe a primeira parte do trabalho, trata-se de historiar a presença do cordel no cenário cultural brasileiro, ressaltando-se, a partir de um ponto de vista dado ( qual seja, o ponto de vista do autor ), as condições sob as quais o seu sistema editorial se institui e aí permanece. Nesse caso, trata-se de representar momentos diversos por que passou esse sistema de produção no Brasil, servindo como parâmetro à análise os diferentes posicionamentos de autores que se destacaram nesse processo no decorrer do século XX. Mais especificamente, articula-se aí certos aspectos que possibilitam configurar três momentos emblemáticos da história do cordel nordestino, no sentido de explicitar os diversos estados por que passou esse campo, quando tais posicionamentos têm lugar. Seguindo uma ordem cronológica, são assinalados, nessa parte, os casos dos poetas: Francisco das Chagas Batista e Leandro Gomes de Barros, esclarecedores das relações de produção estabelecidas no período em que o sistema editorial do cordel se forma; e João Martins de Athayde e Manoel D’ Almeida Filho, que, de acordo com o ponto de vista aqui escolhido, podem ser tomados, cada um a seu tempo, como representativos do embate cultural que tornou possível a continuidade desse sistema no século XX. Já na segunda parte da tese (no ensaio intitulado « O Lugar do cordel: o trânsito do popular nas fronteiras da cultura »), toma-se à análise um conjunto de cordéis e situações contextuais, fazendo-se ressaltar dados reveladores do modo como, inserindo-se no campo da produção impressa, poetas do cordel se apropriam dos recursos aí disponibilizados, dando ensejo a novas formas de representação. |
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Quintela, Vilma MotaQuintela, Vilma MotaAlcoforado, Doralice Fernandes Xavier2013-05-16T17:03:19Z2013-05-16T17:03:19Z2005http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10956Antes de mais nada, este estudo vem a problematizar a idéia corrente que reduz a literatura de cordel nordestina a uma manifestação ou a um produto da oralidade. Nesse sentido, procura-se evidenciar, no decorrer da tese, as condições concretas da existência do cordel como um gênero e um sistema cultural específico. Ou seja, tomando-se o cordel em sua materialidade explícita, trata-se de assinalar, inicialmente, uma condição sine qua non ao seu advento, qual seja, a impressão. Quanto a isso, particularmente no texto « Um Sistema literário em trânsito », que compõe a primeira parte do trabalho, trata-se de historiar a presença do cordel no cenário cultural brasileiro, ressaltando-se, a partir de um ponto de vista dado ( qual seja, o ponto de vista do autor ), as condições sob as quais o seu sistema editorial se institui e aí permanece. Nesse caso, trata-se de representar momentos diversos por que passou esse sistema de produção no Brasil, servindo como parâmetro à análise os diferentes posicionamentos de autores que se destacaram nesse processo no decorrer do século XX. Mais especificamente, articula-se aí certos aspectos que possibilitam configurar três momentos emblemáticos da história do cordel nordestino, no sentido de explicitar os diversos estados por que passou esse campo, quando tais posicionamentos têm lugar. Seguindo uma ordem cronológica, são assinalados, nessa parte, os casos dos poetas: Francisco das Chagas Batista e Leandro Gomes de Barros, esclarecedores das relações de produção estabelecidas no período em que o sistema editorial do cordel se forma; e João Martins de Athayde e Manoel D’ Almeida Filho, que, de acordo com o ponto de vista aqui escolhido, podem ser tomados, cada um a seu tempo, como representativos do embate cultural que tornou possível a continuidade desse sistema no século XX. Já na segunda parte da tese (no ensaio intitulado « O Lugar do cordel: o trânsito do popular nas fronteiras da cultura »), toma-se à análise um conjunto de cordéis e situações contextuais, fazendo-se ressaltar dados reveladores do modo como, inserindo-se no campo da produção impressa, poetas do cordel se apropriam dos recursos aí disponibilizados, dando ensejo a novas formas de representação.Submitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2013-05-16T14:15:38Z No. of bitstreams: 1 Vilma Mota Quintela.pdf: 4541288 bytes, checksum: a6948eb810a7068fe7df4d0c85bd6e6c (MD5)Approved for entry into archive by Rodrigo Meirelles(rodrigomei@ufba.br) on 2013-05-16T17:03:19Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Vilma Mota Quintela.pdf: 4541288 bytes, checksum: a6948eb810a7068fe7df4d0c85bd6e6c (MD5)Made available in DSpace on 2013-05-16T17:03:19Z (GMT). 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Antes de mais nada, este estudo vem a problematizar a idéia corrente que reduz a literatura de cordel nordestina a uma manifestação ou a um produto da oralidade. Nesse sentido, procura-se evidenciar, no decorrer da tese, as condições concretas da existência do cordel como um gênero e um sistema cultural específico. Ou seja, tomando-se o cordel em sua materialidade explícita, trata-se de assinalar, inicialmente, uma condição sine qua non ao seu advento, qual seja, a impressão. Quanto a isso, particularmente no texto « Um Sistema literário em trânsito », que compõe a primeira parte do trabalho, trata-se de historiar a presença do cordel no cenário cultural brasileiro, ressaltando-se, a partir de um ponto de vista dado ( qual seja, o ponto de vista do autor ), as condições sob as quais o seu sistema editorial se institui e aí permanece. Nesse caso, trata-se de representar momentos diversos por que passou esse sistema de produção no Brasil, servindo como parâmetro à análise os diferentes posicionamentos de autores que se destacaram nesse processo no decorrer do século XX. Mais especificamente, articula-se aí certos aspectos que possibilitam configurar três momentos emblemáticos da história do cordel nordestino, no sentido de explicitar os diversos estados por que passou esse campo, quando tais posicionamentos têm lugar. Seguindo uma ordem cronológica, são assinalados, nessa parte, os casos dos poetas: Francisco das Chagas Batista e Leandro Gomes de Barros, esclarecedores das relações de produção estabelecidas no período em que o sistema editorial do cordel se forma; e João Martins de Athayde e Manoel D’ Almeida Filho, que, de acordo com o ponto de vista aqui escolhido, podem ser tomados, cada um a seu tempo, como representativos do embate cultural que tornou possível a continuidade desse sistema no século XX. Já na segunda parte da tese (no ensaio intitulado « O Lugar do cordel: o trânsito do popular nas fronteiras da cultura »), toma-se à análise um conjunto de cordéis e situações contextuais, fazendo-se ressaltar dados reveladores do modo como, inserindo-se no campo da produção impressa, poetas do cordel se apropriam dos recursos aí disponibilizados, dando ensejo a novas formas de representação. |
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