A territorialização do capital na lavoura de mandioca: a educação pelo trabalho da Aliança Estratégica do Amido no município de Laje (BA)
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24725 |
Resumo: | Essa Tese foi construída a partir da necessidade de compreender o processo de territorialização do capital na produção camponesa, centrando o estudo na lavoura de mandioca no município de Laje (BA). O município de Laje, que é um dos principais produtores de mandioca da Bahia, se destaca pela permanência da questão agrária e pela presença de 72,6% da população no campo dedicando-se, especialmente, as formas convencionais de plantar mandioca para fazer farinha. Essas condições territoriais, somadas à história fundiária, foram fundamentais para que a Fundação Odebrecht escolhesse o município de Laje, em 2009, como sede de um projeto educacional e de geração de trabalho e renda, voltado à produção industrial de mandioca, denominado de Cooperativa Estratégica do Amido (CEA). Para tanto, o objetivo do presente trabalho é compreender os processos dos movimentos territoriais relacionados aos meandros da criação, da territorialização e do funcionamento da Cooperativa Estratégica do Amido e de sua estrutura interna, composta por uma Cooperativa (COOPAMIDO), uma indústria (BAHIAMIDO) e uma instituição voltada para a formação do campesinato (IPHA). A metodologia adotada pautou-se na pesquisa bibliográfica, documental e trabalho de campo. Para o levantamento dos dados empíricos, foram realizadas oficinas, entrevistas com moradores locais e lideranças, além do acompanhamento das atividades promovidas em torno da mandiocultura. O que se pode revelar é que a Fundação Odebrecht, ao territorializar um projeto voltado para o campesinato lajista, transformou a visão de mundo do engenheiro-empresário Norberto Odebrecht, numa estratégia de marketing sustentada pelo Estado. Ademais, as empresas que compõem os negócios da holding Odebrecht S.A. vêm se apropriando de terra, de água, de matérias-primas (amido) e do trabalho camponês ainda mais subordinado, porém qualificado em concordância com a lógica do capital. |
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Lima, Aline dos SantosGermani, Guiomar InezGermani, Guiomar InezOliveira, Gilca Garcia deOlalde, Alícia RuizMitidiero Júnior, Marco AntonioSampaio, José Levi Furtado2017-12-06T18:55:10Z2017-12-06T18:55:10Z2017-12-062017-06-28http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24725Essa Tese foi construída a partir da necessidade de compreender o processo de territorialização do capital na produção camponesa, centrando o estudo na lavoura de mandioca no município de Laje (BA). O município de Laje, que é um dos principais produtores de mandioca da Bahia, se destaca pela permanência da questão agrária e pela presença de 72,6% da população no campo dedicando-se, especialmente, as formas convencionais de plantar mandioca para fazer farinha. Essas condições territoriais, somadas à história fundiária, foram fundamentais para que a Fundação Odebrecht escolhesse o município de Laje, em 2009, como sede de um projeto educacional e de geração de trabalho e renda, voltado à produção industrial de mandioca, denominado de Cooperativa Estratégica do Amido (CEA). Para tanto, o objetivo do presente trabalho é compreender os processos dos movimentos territoriais relacionados aos meandros da criação, da territorialização e do funcionamento da Cooperativa Estratégica do Amido e de sua estrutura interna, composta por uma Cooperativa (COOPAMIDO), uma indústria (BAHIAMIDO) e uma instituição voltada para a formação do campesinato (IPHA). A metodologia adotada pautou-se na pesquisa bibliográfica, documental e trabalho de campo. Para o levantamento dos dados empíricos, foram realizadas oficinas, entrevistas com moradores locais e lideranças, além do acompanhamento das atividades promovidas em torno da mandiocultura. O que se pode revelar é que a Fundação Odebrecht, ao territorializar um projeto voltado para o campesinato lajista, transformou a visão de mundo do engenheiro-empresário Norberto Odebrecht, numa estratégia de marketing sustentada pelo Estado. Ademais, as empresas que compõem os negócios da holding Odebrecht S.A. vêm se apropriando de terra, de água, de matérias-primas (amido) e do trabalho camponês ainda mais subordinado, porém qualificado em concordância com a lógica do capital.ABSTRACT This Thesis was built in order to understand the process of territorialization of the capital in peasant production, focusing the study upon cassava farming, which is produced in Laje, a small city of Bahia, Brazil. Laje is well-known as one of the main producers of cassava in Bahia, and it stands out due the permanence of the agrarian question and by the presence of 72,6% of the population in the countryside, where they paid attention, especially, on the conventional ways of planting cassava, with the purpose to make flour. These territorial conditions, added to the history of land ownership, were fundamental to that Odebrecht Foundation had chosen the city of Laje, in 2009, as the headquarters of an educational project, that also could bring income and work generation, focused on the industrial production of cassava, called Cooperativa Estratégica do Amido (CEA). The aim of the present work is to understand the territorial movements processes related to the meanderings of the creation, territorialisation and operation of the Cooperativa Estratégica do Amido and its internal structure, composed by one cooperative (COOPAMIDO), one industry (BAHIAMIDO), and one institution directed to the formation of the peasantry (IPHA). The methodology adopted was based on bibliographical, documentary and fieldwork research. In order to gather the empirical data, it was realized workshops, interviews with local residents and leaders, besides, there was monitoring of the activities promoted by the culture of cassava. What it can be revealed is that the Odebrecht Foundation, by territorializing a project aimed at the lajista peasantry, turned the worldview of the engineerentrepreneur Norberto Odebrecht, into a marketing strategy supported by the State. In addition, the companies that make up the business of the holding company Odebrecht S.A. have been appropriating land, water, raw materials (starch) and peasant work, which is even more subordinate, but qualified in accordance with the logic of the capital.Submitted by Puentes Torres Antônio (antoniopuentes@hotmail.com) on 2017-09-04T19:37:04Z No. of bitstreams: 1 Aline_Santos_Lima_Tese_Doutorado_Final.pdf: 8064855 bytes, checksum: f8a775811dd4a0f9ae8539e800732825 (MD5)Approved for entry into archive by NUBIA OLIVEIRA (nubia.marilia@ufba.br) on 2017-12-06T18:55:10Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Aline_Santos_Lima_Tese_Doutorado_Final.pdf: 8064855 bytes, checksum: f8a775811dd4a0f9ae8539e800732825 (MD5)Made available in DSpace on 2017-12-06T18:55:10Z (GMT). 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