Eros: da Concupiscência à Melancolia
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/6769 |
Resumo: | Sem o mito de Eros e Psyqué não se poderia vislumbrar a Melancolia divina. Melancolia essa que desencadeara a inveja do humano. Eros não poderia mais viver sem o sabor da densidade da alma humana; sem sentir a dor da ausência de outrem em sua carne10; sem o perfume das flores e orvalho das árvores; sem o calor do sol e o brilho da lua; sem o gemido do prazer e do gosto do beijo de Psyqué11. Doravante, os deuses foram 10 Vale ressaltar que Eros tão-somente sente o odor e o prazer da vida quando encarna no mundo do humano. Isso se devia quando visitara Psyqué. No Olympo não há vida, unicamente ser. Isto é, não há existência. Os deuses apenas são. (N. do A.). 11 O bem causado e causa de Eros ainda nos põe numa atitude de grande ambigüidade. Como se pode entender essa anterioridade como causa de todos os bens se com eles advêm às piores dores e os piores ódios que um ente pode suportar...? Eros, a guisa de Afrodite, antes de seduzir Psiqué, não conhecia o sabor da sensação que somente o corpo pode dar. Todavia, ao vir todas as noites, soturnamente, quedar com Psiqué, pouco a pouco, foi percebendo o quanto se pode experimentar de algo que nele mantinha-se em suspensão. É, definitivamente, Psiqué que o encerra na mais sutil e 6 humanizados e os homens divinizados. A transcendência houvera visitado a humanidade para sempre e para sempre deseja retornar. Bastando apenas que seja evocada. |
id |
UFBA-2_edd3a0d4a32a0f8009ad64b83bc7e9e3 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufba.br:ri/6769 |
network_acronym_str |
UFBA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFBA |
repository_id_str |
1932 |
spelling |
Leite, José Lourenço AraújoLeite, José Lourenço Araújo2012-09-23T14:35:53Z2012-09-23T14:35:53Z2012-09-23http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/6769Sem o mito de Eros e Psyqué não se poderia vislumbrar a Melancolia divina. Melancolia essa que desencadeara a inveja do humano. Eros não poderia mais viver sem o sabor da densidade da alma humana; sem sentir a dor da ausência de outrem em sua carne10; sem o perfume das flores e orvalho das árvores; sem o calor do sol e o brilho da lua; sem o gemido do prazer e do gosto do beijo de Psyqué11. Doravante, os deuses foram 10 Vale ressaltar que Eros tão-somente sente o odor e o prazer da vida quando encarna no mundo do humano. Isso se devia quando visitara Psyqué. No Olympo não há vida, unicamente ser. Isto é, não há existência. Os deuses apenas são. (N. do A.). 11 O bem causado e causa de Eros ainda nos põe numa atitude de grande ambigüidade. Como se pode entender essa anterioridade como causa de todos os bens se com eles advêm às piores dores e os piores ódios que um ente pode suportar...? Eros, a guisa de Afrodite, antes de seduzir Psiqué, não conhecia o sabor da sensação que somente o corpo pode dar. Todavia, ao vir todas as noites, soturnamente, quedar com Psiqué, pouco a pouco, foi percebendo o quanto se pode experimentar de algo que nele mantinha-se em suspensão. É, definitivamente, Psiqué que o encerra na mais sutil e 6 humanizados e os homens divinizados. A transcendência houvera visitado a humanidade para sempre e para sempre deseja retornar. Bastando apenas que seja evocada.Submitted by LOURENÇO LEITE (lourencoleite@ufba.br) on 2012-09-23T14:35:53Z No. of bitstreams: 1 Eros-da concupiscência a melancolia-revisado.pdf: 904606 bytes, checksum: 12eb5319650a279f91a157daa4b2fc63 (MD5)Made available in DSpace on 2012-09-23T14:35:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Eros-da concupiscência a melancolia-revisado.pdf: 904606 bytes, checksum: 12eb5319650a279f91a157daa4b2fc63 (MD5)EROSMELANCOLIAEros: da Concupiscência à Melancoliainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALEros-da concupiscência a melancolia-revisado.pdfEros-da concupiscência a melancolia-revisado.pdfapplication/pdf904606https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/6769/1/Eros-da%20concupisc%c3%aancia%20a%20melancolia-revisado.pdf12eb5319650a279f91a157daa4b2fc63MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1762https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/6769/2/license.txt1b89a9a0548218172d7c829f87a0eab9MD52TEXTEros-da concupiscência a melancolia-revisado.pdf.txtEros-da concupiscência a melancolia-revisado.pdf.txtExtracted texttext/plain44768https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/6769/3/Eros-da%20concupisc%c3%aancia%20a%20melancolia-revisado.pdf.txt4b9e76cdcdf497cda6ecfb837e36a257MD53ri/67692022-07-05 14:03:32.396oai:repositorio.ufba.br:ri/6769VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIHJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBCgogICAgUGVsbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNz77+9byBkZSBkb2N1bWVudG9zLCBvIGF1dG9yIG91IHNldQpyZXByZXNlbnRhbnRlIGxlZ2FsLCBhbyBhY2VpdGFyIGVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW7vv71hLCBjb25jZWRlIGFvClJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkYSBCYWhpYSBvIGRpcmVpdG8KZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCAKZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIAphdXRvci9jb3B5cmlnaHQsIG1hcyBlbnRlbmRlIG8gZG9jdW1lbnRvIGNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4gCgogICAgUGFyYSBvcyBkb2N1bWVudG9zIHB1YmxpY2Fkb3MgY29tIHJlcGFzc2UgZGUgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzdHJpYnVp77+977+9bywgZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEgZW50ZW5kZSBxdWU6IAoKICAgIE1hbnRlbmRvIG9zICBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcmVwYXNzYWRvcyBhIHRlcmNlaXJvcywgZW0gY2FzbyAKZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8gcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIAppbnRlZ3JhbCwgbWFzIGxpYmVyYSBhcyBpbmZvcm1h77+977+9ZXMgc29icmUgbyBkb2N1bWVudG8gKE1ldGFkYWRvcyBkZXNjcml0aXZvcykuCgogRGVzdGEgZm9ybWEsIGF0ZW5kZW5kbyBhb3MgYW5zZWlvcyBkZXNzYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgCmVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gYXMgcmVzdHJp77+977+9ZXMgaW1wb3N0YXMgcGVsb3MgCmVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4gCgogICAgUGFyYSBhcyBwdWJsaWNh77+977+9ZXMgZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgCkFjZXNzbyBBYmVydG8sIG9zIGRlcO+/vXNpdG9zIGNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gCm9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBtYXMgbWFudO+/vW0gbyBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byBhbyBtZXRhZGFkb3MgCmUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIApjb25zZW50aW1lbnRvIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgCmVzdGFyZW0gZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgZGUgYWNlc3NvIGFiZXJ0by4KCiAgICBFbSBhbWJvcyBvIGNhc28sIGVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW7vv71hLCBwb2RlIHNlciBhY2VpdG8gcGVsbyAKYXV0b3IsIGRldGVudG9yZXMgZGUgZGlyZWl0b3MgZS9vdSB0ZXJjZWlyb3MgYW1wYXJhZG9zIHBlbGEgCnVuaXZlcnNpZGFkZS4gRGV2aWRvIGFvcyBkaWZlcmVudGVzIHByb2Nlc3NvcyBwZWxvIHF1YWwgYSBzdWJtaXNz77+9byAKcG9kZSBvY29ycmVyLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8gcGVybWl0ZSBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGEgbGljZW7vv71hIHBvciAKdGVyY2Vpcm9zLCBzb21lbnRlIG5vcyBjYXNvcyBkZSBkb2N1bWVudG9zIHByb2R1emlkb3MgcG9yIGludGVncmFudGVzIApkYSBVRkJBIGUgc3VibWV0aWRvcyBwb3IgcGVzc29hcyBhbXBhcmFkYXMgcG9yIGVzdGEgaW5zdGl0dWnvv73vv71vLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-07-05T17:03:32Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Eros: da Concupiscência à Melancolia |
title |
Eros: da Concupiscência à Melancolia |
spellingShingle |
Eros: da Concupiscência à Melancolia Leite, José Lourenço Araújo EROS MELANCOLIA |
title_short |
Eros: da Concupiscência à Melancolia |
title_full |
Eros: da Concupiscência à Melancolia |
title_fullStr |
Eros: da Concupiscência à Melancolia |
title_full_unstemmed |
Eros: da Concupiscência à Melancolia |
title_sort |
Eros: da Concupiscência à Melancolia |
author |
Leite, José Lourenço Araújo |
author_facet |
Leite, José Lourenço Araújo |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Leite, José Lourenço Araújo Leite, José Lourenço Araújo |
dc.subject.por.fl_str_mv |
EROS MELANCOLIA |
topic |
EROS MELANCOLIA |
description |
Sem o mito de Eros e Psyqué não se poderia vislumbrar a Melancolia divina. Melancolia essa que desencadeara a inveja do humano. Eros não poderia mais viver sem o sabor da densidade da alma humana; sem sentir a dor da ausência de outrem em sua carne10; sem o perfume das flores e orvalho das árvores; sem o calor do sol e o brilho da lua; sem o gemido do prazer e do gosto do beijo de Psyqué11. Doravante, os deuses foram 10 Vale ressaltar que Eros tão-somente sente o odor e o prazer da vida quando encarna no mundo do humano. Isso se devia quando visitara Psyqué. No Olympo não há vida, unicamente ser. Isto é, não há existência. Os deuses apenas são. (N. do A.). 11 O bem causado e causa de Eros ainda nos põe numa atitude de grande ambigüidade. Como se pode entender essa anterioridade como causa de todos os bens se com eles advêm às piores dores e os piores ódios que um ente pode suportar...? Eros, a guisa de Afrodite, antes de seduzir Psiqué, não conhecia o sabor da sensação que somente o corpo pode dar. Todavia, ao vir todas as noites, soturnamente, quedar com Psiqué, pouco a pouco, foi percebendo o quanto se pode experimentar de algo que nele mantinha-se em suspensão. É, definitivamente, Psiqué que o encerra na mais sutil e 6 humanizados e os homens divinizados. A transcendência houvera visitado a humanidade para sempre e para sempre deseja retornar. Bastando apenas que seja evocada. |
publishDate |
2012 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2012-09-23T14:35:53Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2012-09-23T14:35:53Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2012-09-23 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/6769 |
url |
http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/6769 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFBA instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
instname_str |
Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
instacron_str |
UFBA |
institution |
UFBA |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFBA |
collection |
Repositório Institucional da UFBA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/6769/1/Eros-da%20concupisc%c3%aancia%20a%20melancolia-revisado.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/6769/2/license.txt https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/6769/3/Eros-da%20concupisc%c3%aancia%20a%20melancolia-revisado.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
12eb5319650a279f91a157daa4b2fc63 1b89a9a0548218172d7c829f87a0eab9 4b9e76cdcdf497cda6ecfb837e36a257 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801502452846952448 |