Petrologia dos Enxames de Diques Máficos Ectasiano de Itajú do Colônia e Criogeniano de Itapé, Sudeste do Estado da Bahia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amorim, Ana Carolina Pinheiro
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24783
Resumo: O magmatismo anorogênico basáltico meso e neoproterozoico na porção sudeste do Estado da Bahia, borda leste do Cráton do São Francisco, compreende rochas de caráter intrusivo que constituem os enxames de diques máficos das regiões de Itajú do Colônia e Itapé (DMIC e DMIT, respectivamente). Esses enxames se inserem no domínio do Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá, alojados nos terrenos granulíticos polideformados arqueanos e paleoproterozoicos, nos domínios da Zona de Cisalhamento Itabuna-Itajú do Colônia e da Província Alcalina do Sul da Bahia. Os DMIC e DMIT fazem parte do magmatismo básico fissural das Províncias Litorânea (PL) e Itabuna-Itajú do Colônia (PIIC) e datam, respectivamente, do Ectasiano (1,38 Ga) e Criogeniano (0,697 Ga). São constituídos por gabros e basaltos, que ocorrem predominantemente ao longo do leito do rio Colônia, aflorando como corpos tabulares de dimensões variadas quase sempre em cristas emersas, subverticais a verticais, com trends preferenciais nas direções NE-SW e NW-SE. Os DMIC foram quimicamente classificados em álcali-gabros, gabros, gabrodioritos, monzogabros e sienogabros, enquanto os DMIT classificam-se em álcali-basaltos, latibasaltos, hawaiitos e mugearitos. Suas características mineralógicas e texturais são, de modo geral, semelhantes. São rochas mesocráticas, cujas principais texturas são holo a hipocristalina, afanítica a fanerítica, porfirítica, glomeroporfirítica, ofítica, subofítica e intergranular. A mineralogia principal é marcada por cristais de plagioclásio, augita e diopsídio, embora também ocorram, por vezes, hiperstênio e enstatita em menores quantidades, além de olivina. Secundariamente verifica-se a presença de hornblenda, clorita, micas, epidoto, serpentina, idingsita, bowlingita, talco e calcita que correspondem a produtos de alteração de plagioclásio, piroxênios e olivina. Ocorrem ainda minerais opacos e, raramente, apatita, riebeckita e quartzo. A investigação geotermométrica indica para os DMIC temperaturas médias de cristalização entre 1000o e 1400oC, e para os DMIT entre 800o a 1400oC. Nos contatos entre os diques máficos e as suas rochas encaixantes observa-se, frequentemente, as chilled margins. Análises geoquímicas e isotópicas revelam para DMIC e DMIT, respectivamente, caráter predominantemente subalcalino de afinidade toleítica e alcalino. Os DMIT exibem padrão de ETR compatíveis com a assinatura de fonte mantélica tipo OIB, assim como os DMIC, que também exibem características do EMORB, sendo os padrões dos dois enxames bastante semelhantes, sugerindo fontes geradoras com características semelhantes para ambos. Os processos de fusão parcial e cristalização fracionada atuaram na gênese desses diques. A evolução geodinâmica desses enxames remete à instalação de prováveis plumas mantélicas na base do Cráton São Francisco-Congo, que registrou diversos eventos magmáticos associados à tectônica extensional.
id UFBA-2_f0d6b763d2391db7e2b6d75ab683e206
oai_identifier_str oai:repositorio.ufba.br:ri/24783
network_acronym_str UFBA-2
network_name_str Repositório Institucional da UFBA
repository_id_str 1932
spelling Amorim, Ana Carolina PinheiroAmorim, Ana Carolina PinheiroLeal, Angela Beatriz de Menezes2017-12-12T17:31:06Z2017-12-12T17:31:06Z2017-12-122017-10http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24783O magmatismo anorogênico basáltico meso e neoproterozoico na porção sudeste do Estado da Bahia, borda leste do Cráton do São Francisco, compreende rochas de caráter intrusivo que constituem os enxames de diques máficos das regiões de Itajú do Colônia e Itapé (DMIC e DMIT, respectivamente). Esses enxames se inserem no domínio do Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá, alojados nos terrenos granulíticos polideformados arqueanos e paleoproterozoicos, nos domínios da Zona de Cisalhamento Itabuna-Itajú do Colônia e da Província Alcalina do Sul da Bahia. Os DMIC e DMIT fazem parte do magmatismo básico fissural das Províncias Litorânea (PL) e Itabuna-Itajú do Colônia (PIIC) e datam, respectivamente, do Ectasiano (1,38 Ga) e Criogeniano (0,697 Ga). São constituídos por gabros e basaltos, que ocorrem predominantemente ao longo do leito do rio Colônia, aflorando como corpos tabulares de dimensões variadas quase sempre em cristas emersas, subverticais a verticais, com trends preferenciais nas direções NE-SW e NW-SE. Os DMIC foram quimicamente classificados em álcali-gabros, gabros, gabrodioritos, monzogabros e sienogabros, enquanto os DMIT classificam-se em álcali-basaltos, latibasaltos, hawaiitos e mugearitos. Suas características mineralógicas e texturais são, de modo geral, semelhantes. São rochas mesocráticas, cujas principais texturas são holo a hipocristalina, afanítica a fanerítica, porfirítica, glomeroporfirítica, ofítica, subofítica e intergranular. A mineralogia principal é marcada por cristais de plagioclásio, augita e diopsídio, embora também ocorram, por vezes, hiperstênio e enstatita em menores quantidades, além de olivina. Secundariamente verifica-se a presença de hornblenda, clorita, micas, epidoto, serpentina, idingsita, bowlingita, talco e calcita que correspondem a produtos de alteração de plagioclásio, piroxênios e olivina. Ocorrem ainda minerais opacos e, raramente, apatita, riebeckita e quartzo. A investigação geotermométrica indica para os DMIC temperaturas médias de cristalização entre 1000o e 1400oC, e para os DMIT entre 800o a 1400oC. Nos contatos entre os diques máficos e as suas rochas encaixantes observa-se, frequentemente, as chilled margins. Análises geoquímicas e isotópicas revelam para DMIC e DMIT, respectivamente, caráter predominantemente subalcalino de afinidade toleítica e alcalino. Os DMIT exibem padrão de ETR compatíveis com a assinatura de fonte mantélica tipo OIB, assim como os DMIC, que também exibem características do EMORB, sendo os padrões dos dois enxames bastante semelhantes, sugerindo fontes geradoras com características semelhantes para ambos. Os processos de fusão parcial e cristalização fracionada atuaram na gênese desses diques. A evolução geodinâmica desses enxames remete à instalação de prováveis plumas mantélicas na base do Cráton São Francisco-Congo, que registrou diversos eventos magmáticos associados à tectônica extensional.ABSTRACT The meso and neoproterozoic anorogenic basaltic magmatism in the southeast portion of the State of Bahia, the eastern border of the São Francisco Craton, comprises intrusive rocks that constitute the swarms of mafic dikes in the regions of Itajú do Colônia and Itapé (DMIC and DMIT, respectively). These swarms fall within the domain of the Itabuna-Salvador-Curaçá Orogen, housed in the polideformed archaean and paleoproterozoic granulitic terrains, in the domains of the Itabuna-Itajú do Colonia Shear Zone and the Alkaline Province of South Bahia. DMIC and DMIT are part of the basic fissural magmatism of the Litorânea (PL) and Itabuna-Itajú do Colônia (PIIC) Provinces, and date respectively to the Ectasian (1.38 Ga) and Cryogenian (0.697 Ga). They consist of gabbros and basalts, occurring predominantly along the bed of the Colônia River, emerging as tabular bodies of varying dimensions almost always in emerged crests, subvertical to vertical, with preferential trends in the NE-SW and NWSE directions. DMIC were chemically classified in alkali-gabbros, gabbros, gabbrodiorites, monzogabbros and syenogabbros, while DMIT are classified into alkali-basalts, latibasalts, hawaiites and mugearites. Its mineralogical and textured characteristics are, in general, similar. They are mesocratic rocks, whose main textures are holo to hypocrystalline, aphanitic to phaneritic, porphyritic, glomeroporphyritic, ophitic, subophitic and intergranular. The principal mineralogy is marked by crystals of plagioclase, augite and diopside, although hyperstene and enstatite are also sometimes present in smaller amounts, in addition to olivine. Secondly, the presence of hornblende, chlorite, micas, epidote, serpentine, idingsite, bowlingite, talc and calcite corresponding to products of alteration of plagioclase, pyroxenes and olivine are verified. Opaque minerals and, rarely, apatite, riebeckite and quartz occur. The geothermometric investigation indicates for DMIC average crystallization temperatures between 1000oC and 1400oC, and for DMIT between 800oC and 1400oC. In the contacts between mafic dikes and their nesting rocks, chilled margins are often observed. Geochemical and isotopic analyzes reveal for DMIC and DMIT, respectively, predominantly subalkaline character of toleitic affinity and alkaline. The DMIT show REE patterns compatible with the signature of OIB type mantle source, as well as the DMIC, which also exhibit EMORB characteristics, with the patterns of the two swarms being very similar, suggesting generating sources with similar characteristics for both. The processes of partial melting and fractional crystallization acted in the genesis of these dikes. The geodynamic evolution of these swarms refers to the installation of probable mantle plumes at the base of the São Francisco-Congo Craton, which recorded several magmatic events associated with extensional tectonics.Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2017-12-12T17:31:06Z No. of bitstreams: 1 Tese_ANACAROLINAPINHEIROAMORIM2017.pdf: 16657465 bytes, checksum: e7a94e31a869b2b6b4ba4db736d535d6 (MD5)Made available in DSpace on 2017-12-12T17:31:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese_ANACAROLINAPINHEIROAMORIM2017.pdf: 16657465 bytes, checksum: e7a94e31a869b2b6b4ba4db736d535d6 (MD5)Petrologia, Metalogênese e Exploração MineralDiques máficospetrologiaItajú do ColôniaItapéPetrologia dos Enxames de Diques Máficos Ectasiano de Itajú do Colônia e Criogeniano de Itapé, Sudeste do Estado da Bahiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisInstituto de GeociênciasEm GeologiaPG Geologiabrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALTese_ANACAROLINAPINHEIROAMORIM2017.pdfTese_ANACAROLINAPINHEIROAMORIM2017.pdfapplication/pdf16657465https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/24783/1/Tese_ANACAROLINAPINHEIROAMORIM2017.pdfe7a94e31a869b2b6b4ba4db736d535d6MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1345https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/24783/2/license.txtff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0MD52TEXTTese_ANACAROLINAPINHEIROAMORIM2017.pdf.txtTese_ANACAROLINAPINHEIROAMORIM2017.pdf.txtExtracted texttext/plain414557https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/24783/3/Tese_ANACAROLINAPINHEIROAMORIM2017.pdf.txt9668cb41491a1b74ac4947681ff6f9caMD53ri/247832022-07-05 14:04:16.391oai:repositorio.ufba.br:ri/24783VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBLgoKIFBlbG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc++/vW8gZGUgZG9jdW1lbnRvcywgbyBhdXRvciBvdSBzZXUgcmVwcmVzZW50YW50ZSBsZWdhbCwgYW8gYWNlaXRhciAKZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRhIEJhaGlhIApvIGRpcmVpdG8gZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2Ye+/ve+/vW8uIApFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yL2NvcHlyaWdodCwgbWFzIGVudGVuZGUgbyBkb2N1bWVudG8gCmNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCiBQYXJhIG9zIGRvY3VtZW50b3MgcHVibGljYWRvcyBjb20gcmVwYXNzZSBkZSBkaXJlaXRvcyBkZSBkaXN0cmlidWnvv73vv71vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vu77+9YSAKZW50ZW5kZSBxdWU6CgogTWFudGVuZG8gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHJlcGFzc2Fkb3MgYSB0ZXJjZWlyb3MsIGVtIGNhc28gZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8KcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIGludGVncmFsLCBtYXMgbGliZXJhIGFzIGluZm9ybWHvv73vv71lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3Ryae+/ve+/vWVzIGltcG9zdGFzIHBlbG9zIGVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2Hvv73vv71lcyBzZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVw77+9c2l0b3MgCmNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIG1hcyBtYW5077+9bSBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byAKYW8gbWV0YWRhZG9zIGUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIGNvbnNlbnRpbWVudG8KIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgZXN0YXJlbSBlbSBpbmljaWF0aXZhcyBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-07-05T17:04:16Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Petrologia dos Enxames de Diques Máficos Ectasiano de Itajú do Colônia e Criogeniano de Itapé, Sudeste do Estado da Bahia
title Petrologia dos Enxames de Diques Máficos Ectasiano de Itajú do Colônia e Criogeniano de Itapé, Sudeste do Estado da Bahia
spellingShingle Petrologia dos Enxames de Diques Máficos Ectasiano de Itajú do Colônia e Criogeniano de Itapé, Sudeste do Estado da Bahia
Amorim, Ana Carolina Pinheiro
Petrologia, Metalogênese e Exploração Mineral
Diques máficos
petrologia
Itajú do Colônia
Itapé
title_short Petrologia dos Enxames de Diques Máficos Ectasiano de Itajú do Colônia e Criogeniano de Itapé, Sudeste do Estado da Bahia
title_full Petrologia dos Enxames de Diques Máficos Ectasiano de Itajú do Colônia e Criogeniano de Itapé, Sudeste do Estado da Bahia
title_fullStr Petrologia dos Enxames de Diques Máficos Ectasiano de Itajú do Colônia e Criogeniano de Itapé, Sudeste do Estado da Bahia
title_full_unstemmed Petrologia dos Enxames de Diques Máficos Ectasiano de Itajú do Colônia e Criogeniano de Itapé, Sudeste do Estado da Bahia
title_sort Petrologia dos Enxames de Diques Máficos Ectasiano de Itajú do Colônia e Criogeniano de Itapé, Sudeste do Estado da Bahia
author Amorim, Ana Carolina Pinheiro
author_facet Amorim, Ana Carolina Pinheiro
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Amorim, Ana Carolina Pinheiro
Amorim, Ana Carolina Pinheiro
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Leal, Angela Beatriz de Menezes
contributor_str_mv Leal, Angela Beatriz de Menezes
dc.subject.cnpq.fl_str_mv Petrologia, Metalogênese e Exploração Mineral
topic Petrologia, Metalogênese e Exploração Mineral
Diques máficos
petrologia
Itajú do Colônia
Itapé
dc.subject.por.fl_str_mv Diques máficos
petrologia
Itajú do Colônia
Itapé
description O magmatismo anorogênico basáltico meso e neoproterozoico na porção sudeste do Estado da Bahia, borda leste do Cráton do São Francisco, compreende rochas de caráter intrusivo que constituem os enxames de diques máficos das regiões de Itajú do Colônia e Itapé (DMIC e DMIT, respectivamente). Esses enxames se inserem no domínio do Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá, alojados nos terrenos granulíticos polideformados arqueanos e paleoproterozoicos, nos domínios da Zona de Cisalhamento Itabuna-Itajú do Colônia e da Província Alcalina do Sul da Bahia. Os DMIC e DMIT fazem parte do magmatismo básico fissural das Províncias Litorânea (PL) e Itabuna-Itajú do Colônia (PIIC) e datam, respectivamente, do Ectasiano (1,38 Ga) e Criogeniano (0,697 Ga). São constituídos por gabros e basaltos, que ocorrem predominantemente ao longo do leito do rio Colônia, aflorando como corpos tabulares de dimensões variadas quase sempre em cristas emersas, subverticais a verticais, com trends preferenciais nas direções NE-SW e NW-SE. Os DMIC foram quimicamente classificados em álcali-gabros, gabros, gabrodioritos, monzogabros e sienogabros, enquanto os DMIT classificam-se em álcali-basaltos, latibasaltos, hawaiitos e mugearitos. Suas características mineralógicas e texturais são, de modo geral, semelhantes. São rochas mesocráticas, cujas principais texturas são holo a hipocristalina, afanítica a fanerítica, porfirítica, glomeroporfirítica, ofítica, subofítica e intergranular. A mineralogia principal é marcada por cristais de plagioclásio, augita e diopsídio, embora também ocorram, por vezes, hiperstênio e enstatita em menores quantidades, além de olivina. Secundariamente verifica-se a presença de hornblenda, clorita, micas, epidoto, serpentina, idingsita, bowlingita, talco e calcita que correspondem a produtos de alteração de plagioclásio, piroxênios e olivina. Ocorrem ainda minerais opacos e, raramente, apatita, riebeckita e quartzo. A investigação geotermométrica indica para os DMIC temperaturas médias de cristalização entre 1000o e 1400oC, e para os DMIT entre 800o a 1400oC. Nos contatos entre os diques máficos e as suas rochas encaixantes observa-se, frequentemente, as chilled margins. Análises geoquímicas e isotópicas revelam para DMIC e DMIT, respectivamente, caráter predominantemente subalcalino de afinidade toleítica e alcalino. Os DMIT exibem padrão de ETR compatíveis com a assinatura de fonte mantélica tipo OIB, assim como os DMIC, que também exibem características do EMORB, sendo os padrões dos dois enxames bastante semelhantes, sugerindo fontes geradoras com características semelhantes para ambos. Os processos de fusão parcial e cristalização fracionada atuaram na gênese desses diques. A evolução geodinâmica desses enxames remete à instalação de prováveis plumas mantélicas na base do Cráton São Francisco-Congo, que registrou diversos eventos magmáticos associados à tectônica extensional.
publishDate 2017
dc.date.submitted.none.fl_str_mv 2017-10
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-12-12T17:31:06Z
dc.date.available.fl_str_mv 2017-12-12T17:31:06Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-12-12
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24783
url http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24783
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto de Geociências
dc.publisher.program.fl_str_mv Em Geologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv PG Geologia
dc.publisher.country.fl_str_mv brasil
publisher.none.fl_str_mv Instituto de Geociências
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFBA
instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
instname_str Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron_str UFBA
institution UFBA
reponame_str Repositório Institucional da UFBA
collection Repositório Institucional da UFBA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/24783/1/Tese_ANACAROLINAPINHEIROAMORIM2017.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/24783/2/license.txt
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/24783/3/Tese_ANACAROLINAPINHEIROAMORIM2017.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv e7a94e31a869b2b6b4ba4db736d535d6
ff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0
9668cb41491a1b74ac4947681ff6f9ca
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801502632235237376