Transitividade e gramaticalização do verbo pegar em dados de língua falada
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Publication Date: | 2009 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositório Institucional da UFBA |
Download full: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28677 |
Summary: | Este trabalho propõe verificar os graus de transitividade nos contextos de uso (transcrições de conversação/oralidade) com o verbo pegar e analisar quais os traços de transitividade, propostos por Hopper e Thompson (1980), que motivam os usos mais gramaticalizados/discursivizados. A metodologia aplicada baseia-se na abordagem Sociolinguística para análise em tempo real e aparente dos corpora do século XX, PEPP/SSA/ 90 (Programa para Estudos do Português Popular de Salvador/BA) e NURC/SSA/70 e 90 (Norma Urbana Culta da Cidade do Salvador/BA, nas décadas de 70 e 90). A fundamentação teórica utilizada baseia-se na abordagem Funcionalista norte-americana, na linha da gramaticalização/discursivização e nos graus de transitividade, propostos por Hopper e Thompson (1980). Esses autores apresentam dez traços para verificar a transitividade: 1) número de participantes, 2) cinese, 3) aspecto, 4) punctualidade, 5) polaridade, 6) modalidade, 7) agentividade do sujeito, 8) volição/ intencionalidade/ controle, 9) individuação do objeto e 10) afetamento do objeto. Após a contagem da quantidade de traços de transitividade da sentença com o verbo, verifica-se se há até cinco traços, constatando que é uma sentença de baixa transitividade; e se há mais de cinco traços, trata-se de uma sentença de alta transitividade. O continuum de gramaticalização/discursivização desse verbo dá-se por usos com sentido pleno, do mais concreto ao menos concreto, até as sentenças em que o pegar aparece como as Construções Foi Fez (CFFs), sequenciador intensificador/ focalizador, às frases-feitas/ discursivizadas. Dados já analisados mostraram que os graus de transitividade variam de sentença para sentença e que há traços de transitividade em toda e qualquer sentença, mesmo naquelas chamadas, pela tradição gramatical, de intransitivas, pois a transitividade dá-se no contexto e não centrada no verbo, porém em se tratando da análise do verbo pegar em CFFs, em sequenciadores intensificadores e frases-feitas/ discursivizadas há perda de traços característicos de verbo, não se podendo analisá-lo de acordo com os dez traços de Hopper e Thompson (1980), pois o pegar perde em significação e em traços gramaticais, deixando de selecionar argumentos e se constituindo como um tipo de construção de predicação complexa. |
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Alcântara, Rebeca Cerqueira Andrade deSouza, Emília Helena Portella Monteiro deSouza, Emília Helena Portella Monteiro deCardoso, Suzana Alice Marcelino da SilvaCampos, Lucas Santos2019-02-21T14:57:55Z2019-02-21T14:57:55Z2019-02-212009-03-23http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28677Este trabalho propõe verificar os graus de transitividade nos contextos de uso (transcrições de conversação/oralidade) com o verbo pegar e analisar quais os traços de transitividade, propostos por Hopper e Thompson (1980), que motivam os usos mais gramaticalizados/discursivizados. A metodologia aplicada baseia-se na abordagem Sociolinguística para análise em tempo real e aparente dos corpora do século XX, PEPP/SSA/ 90 (Programa para Estudos do Português Popular de Salvador/BA) e NURC/SSA/70 e 90 (Norma Urbana Culta da Cidade do Salvador/BA, nas décadas de 70 e 90). A fundamentação teórica utilizada baseia-se na abordagem Funcionalista norte-americana, na linha da gramaticalização/discursivização e nos graus de transitividade, propostos por Hopper e Thompson (1980). Esses autores apresentam dez traços para verificar a transitividade: 1) número de participantes, 2) cinese, 3) aspecto, 4) punctualidade, 5) polaridade, 6) modalidade, 7) agentividade do sujeito, 8) volição/ intencionalidade/ controle, 9) individuação do objeto e 10) afetamento do objeto. Após a contagem da quantidade de traços de transitividade da sentença com o verbo, verifica-se se há até cinco traços, constatando que é uma sentença de baixa transitividade; e se há mais de cinco traços, trata-se de uma sentença de alta transitividade. O continuum de gramaticalização/discursivização desse verbo dá-se por usos com sentido pleno, do mais concreto ao menos concreto, até as sentenças em que o pegar aparece como as Construções Foi Fez (CFFs), sequenciador intensificador/ focalizador, às frases-feitas/ discursivizadas. Dados já analisados mostraram que os graus de transitividade variam de sentença para sentença e que há traços de transitividade em toda e qualquer sentença, mesmo naquelas chamadas, pela tradição gramatical, de intransitivas, pois a transitividade dá-se no contexto e não centrada no verbo, porém em se tratando da análise do verbo pegar em CFFs, em sequenciadores intensificadores e frases-feitas/ discursivizadas há perda de traços característicos de verbo, não se podendo analisá-lo de acordo com os dez traços de Hopper e Thompson (1980), pois o pegar perde em significação e em traços gramaticais, deixando de selecionar argumentos e se constituindo como um tipo de construção de predicação complexa.This study aims at verifying the levels of transitivity, in conversation transcriptions and speeches in Brazilian Portuguese, with the verb the catch; and analyzing which of Hopper and Thompson’s transitivity features motivate more grammaticalized / discursivized uses. The methodology applied is based on Social Linguistics approach, in order to analyze corpora from XX century: PEPP/SSA/90 (Programa para Estudos do Português Popular de Salvador/BA) e NURC/SSA/70 e 90 (Norma Urbana Culta da Cidade do Salvador/BA, nas décadas de 70 e 90). The theoretical refference is based on American Functionalism approach, in the line of grammaticalization/discursivization; and in the levels of transitivity proposed by Hopper and Thompson (1980), which can be verified through ten different features: (1) Participants, (2) Kinesis, (3) Aspect, (4) Punctuality, (5) Volitionalty (6) Mode, (7) Agency, (8) Affirmation, (9) Individuations of Object, and (10) Affectedness of Object. The continuum of the process of grammaticalization/discursivization of the verb the catch he might give verb he givesin case that by customs he might give verb along felt full, from the more concrete to the fewer concrete, as far as sentences wherein the catch appears as a Foi Fez Construtions (CFFs), sequencer intensifier/ focuses, to the “frases-feitas”. Analyzed facts already had shown that the transitivity degrees vary of sentence for sentence and that have traces of transitivity in all and any sentence, exactly in those calls, for the tradition grammatical, of intransitivity, therefore the transitivity of in the context and not centered in the verb, however in if treating to the analysis of the verb the catch in CFFs, sequencer intensifier/ focuses and in “frases-feitas” it has loss of characteristic traces of verb, if not being able in accordance with to analyze it the ten traces of Hopper and Thompson (1980), therefore the verb loses in signification and grammatical traces, leaving to select arguments and if constituting as a kind predication of building complex.Submitted by Glauber de Assunção Moreira (glauber.moreira@ufba.br) on 2019-02-20T15:58:10Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO REBECA ALCÂNTARA.pdf: 896479 bytes, checksum: ce629fdcafeb5a3bb40d80e70b0a452a (MD5)Approved for entry into archive by Marly Santos (marly@ufba.br) on 2019-02-21T14:57:55Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO REBECA ALCÂNTARA.pdf: 896479 bytes, checksum: ce629fdcafeb5a3bb40d80e70b0a452a (MD5)Made available in DSpace on 2019-02-21T14:57:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO REBECA ALCÂNTARA.pdf: 896479 bytes, checksum: ce629fdcafeb5a3bb40d80e70b0a452a (MD5)Lingüística, Letras e ArtesLinguísticaFuncionalismo (Lingüística)Gramática comparada e geral - GramaticalizaçãoSociolinguísticaVerbo PegarLíngua portuguesa - TransitividadeAlta e Baixa TransitividadeGramática comparada e geral - SintaxeDiscursivizaçãoCFF (Construção Foi Fez)Funcionalismo (Lingüística) - Estados UnidosLíngua portuguesa - VerbosHigh and Low TransitivityGrammar, Comparative and general - GrammaticalizationDiscursivizationAmerican FunctionalismGrammar, Comparative and general - SyntaxTransitivity - LevelsPortuguese language - TransitivityHigh and Low TransitivityTransitividade e gramaticalização do verbo pegar em dados de língua faladainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisInstituto de LetrasPrograma de Pós-Graduação em Letras e LingüísticaUFBAbrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBATEXTDISSERTAÇÃO REBECA ALCÂNTARA.pdf.txtDISSERTAÇÃO REBECA ALCÂNTARA.pdf.txtExtracted texttext/plain257028https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/28677/3/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20REBECA%20ALC%c3%82NTARA.pdf.txtc2fcb307a7c81ad8df76641490f9b797MD53ORIGINALDISSERTAÇÃO REBECA ALCÂNTARA.pdfDISSERTAÇÃO REBECA ALCÂNTARA.pdfapplication/pdf896479https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/28677/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20REBECA%20ALC%c3%82NTARA.pdfce629fdcafeb5a3bb40d80e70b0a452aMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1345https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/28677/2/license.txt0d4b811ef71182510d2015daa7c8a900MD52ri/286772021-12-30 11:03:11.484oai:repositorio.ufba.br:ri/28677VGVybW8gZGUgTGljZW4/YSwgbj9vIGV4Y2x1c2l2bywgcGFyYSBvIGRlcD9zaXRvIG5vIFJlcG9zaXQ/cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZCQS4KCiBQZWxvIHByb2Nlc3NvIGRlIHN1Ym1pc3M/byBkZSBkb2N1bWVudG9zLCBvIGF1dG9yIG91IHNldSByZXByZXNlbnRhbnRlIGxlZ2FsLCBhbyBhY2VpdGFyIAplc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2VuP2EsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdD9yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkYSBCYWhpYSAKbyBkaXJlaXRvIGRlIG1hbnRlciB1bWEgYz9waWEgZW0gc2V1IHJlcG9zaXQ/cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2YT8/by4gCkVzc2VzIHRlcm1vcywgbj9vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnQ/bSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvci9jb3B5cmlnaHQsIG1hcyBlbnRlbmRlIG8gZG9jdW1lbnRvIApjb21vIHBhcnRlIGRvIGFjZXJ2byBpbnRlbGVjdHVhbCBkZXNzYSBVbml2ZXJzaWRhZGUuCgogUGFyYSBvcyBkb2N1bWVudG9zIHB1YmxpY2Fkb3MgY29tIHJlcGFzc2UgZGUgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzdHJpYnVpPz9vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2VuP2EgCmVudGVuZGUgcXVlOgoKIE1hbnRlbmRvIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCByZXBhc3NhZG9zIGEgdGVyY2Vpcm9zLCBlbSBjYXNvIGRlIHB1YmxpY2E/P2VzLCBvIHJlcG9zaXQ/cmlvCnBvZGUgcmVzdHJpbmdpciBvIGFjZXNzbyBhbyB0ZXh0byBpbnRlZ3JhbCwgbWFzIGxpYmVyYSBhcyBpbmZvcm1hPz9lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHU/P28gY2llbnQ/ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3RyaT8/ZXMgaW1wb3N0YXMgcGVsb3MgZWRpdG9yZXMgZGUgcGVyaT9kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2E/P2VzIHNlbSBpbmljaWF0aXZhcyBxdWUgc2VndWVtIGEgcG9sP3RpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVwP3NpdG9zIApjb21wdWxzP3Jpb3MgbmVzc2UgcmVwb3NpdD9yaW8gbWFudD9tIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBtYXMgbWFudD9tIGFjZXNzbyBpcnJlc3RyaXRvIAphbyBtZXRhZGFkb3MgZSB0ZXh0byBjb21wbGV0by4gQXNzaW0sIGEgYWNlaXRhPz9vIGRlc3NlIHRlcm1vIG4/byBuZWNlc3NpdGEgZGUgY29uc2VudGltZW50bwogcG9yIHBhcnRlIGRlIGF1dG9yZXMvZGV0ZW50b3JlcyBkb3MgZGlyZWl0b3MsIHBvciBlc3RhcmVtIGVtIGluaWNpYXRpdmFzIGRlIGFjZXNzbyBhYmVydG8uCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322021-12-30T14:03:11Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
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Este trabalho propõe verificar os graus de transitividade nos contextos de uso (transcrições de conversação/oralidade) com o verbo pegar e analisar quais os traços de transitividade, propostos por Hopper e Thompson (1980), que motivam os usos mais gramaticalizados/discursivizados. A metodologia aplicada baseia-se na abordagem Sociolinguística para análise em tempo real e aparente dos corpora do século XX, PEPP/SSA/ 90 (Programa para Estudos do Português Popular de Salvador/BA) e NURC/SSA/70 e 90 (Norma Urbana Culta da Cidade do Salvador/BA, nas décadas de 70 e 90). A fundamentação teórica utilizada baseia-se na abordagem Funcionalista norte-americana, na linha da gramaticalização/discursivização e nos graus de transitividade, propostos por Hopper e Thompson (1980). Esses autores apresentam dez traços para verificar a transitividade: 1) número de participantes, 2) cinese, 3) aspecto, 4) punctualidade, 5) polaridade, 6) modalidade, 7) agentividade do sujeito, 8) volição/ intencionalidade/ controle, 9) individuação do objeto e 10) afetamento do objeto. Após a contagem da quantidade de traços de transitividade da sentença com o verbo, verifica-se se há até cinco traços, constatando que é uma sentença de baixa transitividade; e se há mais de cinco traços, trata-se de uma sentença de alta transitividade. O continuum de gramaticalização/discursivização desse verbo dá-se por usos com sentido pleno, do mais concreto ao menos concreto, até as sentenças em que o pegar aparece como as Construções Foi Fez (CFFs), sequenciador intensificador/ focalizador, às frases-feitas/ discursivizadas. Dados já analisados mostraram que os graus de transitividade variam de sentença para sentença e que há traços de transitividade em toda e qualquer sentença, mesmo naquelas chamadas, pela tradição gramatical, de intransitivas, pois a transitividade dá-se no contexto e não centrada no verbo, porém em se tratando da análise do verbo pegar em CFFs, em sequenciadores intensificadores e frases-feitas/ discursivizadas há perda de traços característicos de verbo, não se podendo analisá-lo de acordo com os dez traços de Hopper e Thompson (1980), pois o pegar perde em significação e em traços gramaticais, deixando de selecionar argumentos e se constituindo como um tipo de construção de predicação complexa. |
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