MOVIMENTOS “ESPONTÂNEOS”: a resistência dos trabalhadores migrantes nos canaviais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Caderno CRH |
Texto Completo: | https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/19601 |
Resumo: | Neste artigo, analisaremos algumas formas de resistência de trabalhadores migrantes de áreas rurais da região Nordeste que labutam na colheita da cana-de-açúcar nas usinas sucroalcooleiras do Estado de São Paulo. Privilegiamos a análise de alguns movimentos “espontâneos” protagonizados pelos cortadores de cana-de-açúcar nomeados como “paradeiros” ou “greves”, os quais ocorreram no período de 2007 a 2012. Nossa proposta é compreender esses movimentos, como se inicia a ação, se existem lideranças, que estratégias são utilizadas para mobilizar os trabalhadores, que outros atores sociais estão envolvidos: sindicatos, procuradores do trabalho e pastoral dos migrantes. O artigo é fundamentado em diários de campo, entrevistas semiestruturadas com trabalhadores e sindicalistas, artigos de jornais e documentação audiovisual. Essas ações de resistência acontecem em um período de transformações das relações de trabalho, marcadas pelo contexto de crescente mecanização do corte de cana e de uma maior fiscalização das condições de trabalho promovidas pelo Ministério do Emprego e Trabalho e pelo Ministério Público do Trabalho. Palavras-chave: Trabalhadores migrantes. Resistência pública. Greves. Agronegócio.“SPONTANEOUS” MOVEMENTS: resistance of immigrant workers in cane fields Marilda Aparecida Menezes Maciel Cover In this article we analyzed some forms of resistance of immigrant workers from rural areas of the Northeast region who work harvesting sugar cane for sugar-alcohol works in the state of São Paulo. More attention was given to the analysis of some “spontaneous” movements played by sugar cane harvesters – called “stopper” or “strike” – that occurred from 2007 to 2012. Our goal is to understand these movements, how the action begins, are there leaders, what are the strategies used for mobilizing the workers, what other social actors are involved: unions, work attorneys and church groups. The article is based on field diaries, semi-structured interviews with workers and union members, newspaper articles and audiovisual documents. These resistance actions happen during a period of change in work relationships, influenced by the growing mechanization in sugar cane harvesting and a more strict control of work conditions promoted by the Department of Employment and Work and the Public Department of Work. Keywords: Immigrant workers. Public resistance. Strikes. Agribusiness.MOUVEMENTS “SPONTANÉS”: la résistance des travailleurs migrants dans les champs de canne à sucre Marilda Aparecida Menezes Maciel Cover Cet article présente l’analyse de la résistance des travailleurs migrants des zones rurales de la région nord-est qui font la récolte de la canne à sucre pour les usines productrices de sucre et d’alcool de l’État de Sao Paulo. Nous avons rivilégié l’analyse de quelques mouvements “spontanés” organisés par les coupeurs de canne à sucre, désignés comme “arrêts” ou “grèves”, qui ont eu lieu de 2007 à 2012. Notre propos est de comprendre ces mouvements, à savoir, comment ils commencent, s’il existe des leaders, quelles sont les stratégies utilisées pour mobiliser les travailleurs, quels sont les autres acteurs sociaux qui y participent: les syndicats, ceux qui vont à la recherche de ces travailleurs pour l’embauche, la pastorale des migrants. L’article se base sur les cahiers des charges, sur les interviews semi-structurées faites avec les travailleurs et les syndicalistes, des articles de journaux et des documents audiovisuels. Ces actions de résistance ont eu lieu au cours d’une période de transformations des rapports de travail marqués par un contexte de constante mécanisation de la coupe de la canne à sucre et par un contrôle des conditions de travail plus accru promu par le Ministère du Travail et de l’Emploi ainsi que par les Prud’hommes. Mots-clés: Travailleurs migrants. Résistance publique. Grèves. Agribusiness. Publicação Online do Caderno CRH no Scielo: http://www.scielo.br/ccrh Publicação Online do Caderno CRH: http://www.cadernocrh.ufba.br |
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MOVIMENTOS “ESPONTÂNEOS”: a resistência dos trabalhadores migrantes nos canaviaisTrabalhadores migrantes. Resistência pública. Greves. Agronegócio.Neste artigo, analisaremos algumas formas de resistência de trabalhadores migrantes de áreas rurais da região Nordeste que labutam na colheita da cana-de-açúcar nas usinas sucroalcooleiras do Estado de São Paulo. Privilegiamos a análise de alguns movimentos “espontâneos” protagonizados pelos cortadores de cana-de-açúcar nomeados como “paradeiros” ou “greves”, os quais ocorreram no período de 2007 a 2012. Nossa proposta é compreender esses movimentos, como se inicia a ação, se existem lideranças, que estratégias são utilizadas para mobilizar os trabalhadores, que outros atores sociais estão envolvidos: sindicatos, procuradores do trabalho e pastoral dos migrantes. O artigo é fundamentado em diários de campo, entrevistas semiestruturadas com trabalhadores e sindicalistas, artigos de jornais e documentação audiovisual. Essas ações de resistência acontecem em um período de transformações das relações de trabalho, marcadas pelo contexto de crescente mecanização do corte de cana e de uma maior fiscalização das condições de trabalho promovidas pelo Ministério do Emprego e Trabalho e pelo Ministério Público do Trabalho. Palavras-chave: Trabalhadores migrantes. Resistência pública. Greves. Agronegócio.“SPONTANEOUS” MOVEMENTS: resistance of immigrant workers in cane fields Marilda Aparecida Menezes Maciel Cover In this article we analyzed some forms of resistance of immigrant workers from rural areas of the Northeast region who work harvesting sugar cane for sugar-alcohol works in the state of São Paulo. More attention was given to the analysis of some “spontaneous” movements played by sugar cane harvesters – called “stopper” or “strike” – that occurred from 2007 to 2012. Our goal is to understand these movements, how the action begins, are there leaders, what are the strategies used for mobilizing the workers, what other social actors are involved: unions, work attorneys and church groups. The article is based on field diaries, semi-structured interviews with workers and union members, newspaper articles and audiovisual documents. These resistance actions happen during a period of change in work relationships, influenced by the growing mechanization in sugar cane harvesting and a more strict control of work conditions promoted by the Department of Employment and Work and the Public Department of Work. Keywords: Immigrant workers. Public resistance. Strikes. Agribusiness.MOUVEMENTS “SPONTANÉS”: la résistance des travailleurs migrants dans les champs de canne à sucre Marilda Aparecida Menezes Maciel Cover Cet article présente l’analyse de la résistance des travailleurs migrants des zones rurales de la région nord-est qui font la récolte de la canne à sucre pour les usines productrices de sucre et d’alcool de l’État de Sao Paulo. Nous avons rivilégié l’analyse de quelques mouvements “spontanés” organisés par les coupeurs de canne à sucre, désignés comme “arrêts” ou “grèves”, qui ont eu lieu de 2007 à 2012. Notre propos est de comprendre ces mouvements, à savoir, comment ils commencent, s’il existe des leaders, quelles sont les stratégies utilisées pour mobiliser les travailleurs, quels sont les autres acteurs sociaux qui y participent: les syndicats, ceux qui vont à la recherche de ces travailleurs pour l’embauche, la pastorale des migrants. L’article se base sur les cahiers des charges, sur les interviews semi-structurées faites avec les travailleurs et les syndicalistes, des articles de journaux et des documents audiovisuels. Ces actions de résistance ont eu lieu au cours d’une période de transformations des rapports de travail marqués par un contexte de constante mécanisation de la coupe de la canne à sucre et par un contrôle des conditions de travail plus accru promu par le Ministère du Travail et de l’Emploi ainsi que par les Prud’hommes. Mots-clés: Travailleurs migrants. Résistance publique. Grèves. Agribusiness. 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Enara Echart Muñoz1983-82390103-4979reponame:Caderno CRHinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAporhttps://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/19601/12621Menezes, Marilda AparecidaCover, Macielinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-07-21T16:16:26Zoai:ojs.periodicos.ufba.br:article/19601Revistahttps://portalseer.ufba.br/index.php/crh/about/editorialPolicies#custom-0PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevcrh@ufba.br||revcrh@ufba.br1983-82390103-4979opendoar:2017-07-21T16:16:26Caderno CRH - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
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Caderno CRH; v. 29 n. 76 (2016): V. 29, nº 76, jan./abr. 2016. Dossiê: A COOPERAÇÃO SUL-SUL DO BRASIL COM A ÁFRICA. Coord. Enara Echart Muñoz 1983-8239 0103-4979 reponame:Caderno CRH instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
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