INDÚSTRIA CULTURAL E IDEOLOGIA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves Silva Junior, Humberto
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Caderno CRH
Texto Completo: https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/32099
Resumo: O trabalho parte da análise de conteúdo para abordar as discussões sobre o conceito de indústria cultural cunhado e analisado por Theodor Adorno e Max Horkheimer e seu desdobramento no livro Teoria Estética de Adorno, em especial sobre o cinema. O conceito compreende o caráter comercial e o modo de produção industrial das produções culturais no capitalismo, tratadas, inclusive, como mercadorias e suas consequências sobre o público, atuando principalmente como instrumento de manipulação ideológica na visão adorniana. Entretanto, em Teoria Estética, o autor avança a discussão e admite que, apesar da presença da ideologia, a indústria cultural poderia também desenvolver um espaço alternativo para produções massificadas. Posteriormente, Frederic Jameson, inspirado no trabalho de Adorno, traçou linha semelhante, ao perceber que os produtos da indústria cultural não seriam apenas ideológicos. Para além de Adorno, afirmava que eles também poderiam ser utópicos, pois a cultura de massa atrai o público com promessas coletivas e individuais de um futuro melhor. CULTURAL INDUSTRY AND IDEOLOGYThis article, based on content analysis, analyzes the discussions about the concept of cultural industry coined and analyzed by Theodor Adorno and Max Horkheimer and its unfolding in the book Adorno’s Aesthetic Theory, especially cinema. The cultural industry or mass culture comprises the commercial character and industrial mode of production of cultural productions in capitalism, treated even as commodities and their consequences to the public, acting mainly as an instrument of ideological manipulation in the adornian view. However, in Aesthetic Theory, Adorno advances the discussion and admits that despite the presence of ideology, the cultural industry could also develop an alternative space to mass productions. Later Frederic Jameson, inspired by Adorno’s work, draws a similar line in which he realizes that the products of the cultural industry would not only be ideological, and in addition to Adorno, he asserted that they could also be utopian, as mass culture attracts the public with collective and individual promises of a better future.Keywords: Ideology. Emancipation. Movie theater. Mass culture. Frankfurt School. INDUSTRIE CULTURELLE ET IDÉOLOGIEDe l’analyse de contenu, analyse les discussions sur le concept d’industrie culturelle inventé et analysé par Theodor Adorno et Max Horkheimer et son déploiement dans le livre La théorie esthétique d’Adorno, en particulier le cinéma. L’industrie culturelle ou culture de masse comprend le caractère commercial et le mode de production industriel des productions culturelles du capitalisme, même traitées comme des marchandises et leurs conséquences pour le public, agissant principalement comme un instrument de manipulation idéologique selon la vision adornienne. Cependant, dans la théorie de l’esthétique, Adorno fait avancer la discussion et admet que, malgré la présence d’une idéologie, l’industrie culturelle pourrait également développer un espace alternatif aux productions de masse. Plus tard, Frederic Jameson, inspiré par le travail d’Adorno, tire un trait similaire dans lequel il réalise que les produits de l’industrie culturelle ne seraient pas seulement idéologiques. En plus d’Adorno, il a affirmé qu’ils pourraient aussi être utopiques promesses collectives et individuelles d’un avenir meilleur.Mots-clés: Idéologie. Émancipation. Cinéma. Culture de masse. École de Frankfurt.
id UFBA-7_e5e95384eeaad5da3f1fe20f308bcb85
oai_identifier_str oai:ojs.periodicos.ufba.br:article/32099
network_acronym_str UFBA-7
network_name_str Caderno CRH
repository_id_str
spelling INDÚSTRIA CULTURAL E IDEOLOGIAIdeologia. Emancipação. Cinema. Cultura de massa. Escola de Frankfurt.Estética e SociedadeO trabalho parte da análise de conteúdo para abordar as discussões sobre o conceito de indústria cultural cunhado e analisado por Theodor Adorno e Max Horkheimer e seu desdobramento no livro Teoria Estética de Adorno, em especial sobre o cinema. O conceito compreende o caráter comercial e o modo de produção industrial das produções culturais no capitalismo, tratadas, inclusive, como mercadorias e suas consequências sobre o público, atuando principalmente como instrumento de manipulação ideológica na visão adorniana. Entretanto, em Teoria Estética, o autor avança a discussão e admite que, apesar da presença da ideologia, a indústria cultural poderia também desenvolver um espaço alternativo para produções massificadas. Posteriormente, Frederic Jameson, inspirado no trabalho de Adorno, traçou linha semelhante, ao perceber que os produtos da indústria cultural não seriam apenas ideológicos. Para além de Adorno, afirmava que eles também poderiam ser utópicos, pois a cultura de massa atrai o público com promessas coletivas e individuais de um futuro melhor. CULTURAL INDUSTRY AND IDEOLOGYThis article, based on content analysis, analyzes the discussions about the concept of cultural industry coined and analyzed by Theodor Adorno and Max Horkheimer and its unfolding in the book Adorno’s Aesthetic Theory, especially cinema. The cultural industry or mass culture comprises the commercial character and industrial mode of production of cultural productions in capitalism, treated even as commodities and their consequences to the public, acting mainly as an instrument of ideological manipulation in the adornian view. However, in Aesthetic Theory, Adorno advances the discussion and admits that despite the presence of ideology, the cultural industry could also develop an alternative space to mass productions. Later Frederic Jameson, inspired by Adorno’s work, draws a similar line in which he realizes that the products of the cultural industry would not only be ideological, and in addition to Adorno, he asserted that they could also be utopian, as mass culture attracts the public with collective and individual promises of a better future.Keywords: Ideology. Emancipation. Movie theater. Mass culture. Frankfurt School. INDUSTRIE CULTURELLE ET IDÉOLOGIEDe l’analyse de contenu, analyse les discussions sur le concept d’industrie culturelle inventé et analysé par Theodor Adorno et Max Horkheimer et son déploiement dans le livre La théorie esthétique d’Adorno, en particulier le cinéma. L’industrie culturelle ou culture de masse comprend le caractère commercial et le mode de production industriel des productions culturelles du capitalisme, même traitées comme des marchandises et leurs conséquences pour le public, agissant principalement comme un instrument de manipulation idéologique selon la vision adornienne. Cependant, dans la théorie de l’esthétique, Adorno fait avancer la discussion et admet que, malgré la présence d’une idéologie, l’industrie culturelle pourrait également développer un espace alternatif aux productions de masse. Plus tard, Frederic Jameson, inspiré par le travail d’Adorno, tire un trait similaire dans lequel il réalise que les produits de l’industrie culturelle ne seraient pas seulement idéologiques. En plus d’Adorno, il a affirmé qu’ils pourraient aussi être utopiques promesses collectives et individuelles d’un avenir meilleur.Mots-clés: Idéologie. Émancipation. Cinéma. Culture de masse. École de Frankfurt.Universidade Federal da Bahia2019-12-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/3209910.9771/ccrh.v32i87.32099Caderno CRH; v. 32 n. 87 (2019): DOSSIÊ: A ARTE NA SOCIOLOGIA. COORD. ANTÔNIO DA SILVA CÂMARA, GLAUCIA KRUSE VILLAS BÔAS, BRUNO VILAS BOAS BISPO; 505-5151983-82390103-4979reponame:Caderno CRHinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAporhttps://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/32099/20606Copyright (c) 2020 Caderno CRHinfo:eu-repo/semantics/openAccessAlves Silva Junior, Humberto2020-02-17T12:40:03Zoai:ojs.periodicos.ufba.br:article/32099Revistahttps://portalseer.ufba.br/index.php/crh/about/editorialPolicies#custom-0PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevcrh@ufba.br||revcrh@ufba.br1983-82390103-4979opendoar:2020-02-17T12:40:03Caderno CRH - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
dc.title.none.fl_str_mv INDÚSTRIA CULTURAL E IDEOLOGIA
title INDÚSTRIA CULTURAL E IDEOLOGIA
spellingShingle INDÚSTRIA CULTURAL E IDEOLOGIA
Alves Silva Junior, Humberto
Ideologia. Emancipação. Cinema. Cultura de massa. Escola de Frankfurt.
Estética e Sociedade
title_short INDÚSTRIA CULTURAL E IDEOLOGIA
title_full INDÚSTRIA CULTURAL E IDEOLOGIA
title_fullStr INDÚSTRIA CULTURAL E IDEOLOGIA
title_full_unstemmed INDÚSTRIA CULTURAL E IDEOLOGIA
title_sort INDÚSTRIA CULTURAL E IDEOLOGIA
author Alves Silva Junior, Humberto
author_facet Alves Silva Junior, Humberto
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Alves Silva Junior, Humberto
dc.subject.por.fl_str_mv Ideologia. Emancipação. Cinema. Cultura de massa. Escola de Frankfurt.
Estética e Sociedade
topic Ideologia. Emancipação. Cinema. Cultura de massa. Escola de Frankfurt.
Estética e Sociedade
description O trabalho parte da análise de conteúdo para abordar as discussões sobre o conceito de indústria cultural cunhado e analisado por Theodor Adorno e Max Horkheimer e seu desdobramento no livro Teoria Estética de Adorno, em especial sobre o cinema. O conceito compreende o caráter comercial e o modo de produção industrial das produções culturais no capitalismo, tratadas, inclusive, como mercadorias e suas consequências sobre o público, atuando principalmente como instrumento de manipulação ideológica na visão adorniana. Entretanto, em Teoria Estética, o autor avança a discussão e admite que, apesar da presença da ideologia, a indústria cultural poderia também desenvolver um espaço alternativo para produções massificadas. Posteriormente, Frederic Jameson, inspirado no trabalho de Adorno, traçou linha semelhante, ao perceber que os produtos da indústria cultural não seriam apenas ideológicos. Para além de Adorno, afirmava que eles também poderiam ser utópicos, pois a cultura de massa atrai o público com promessas coletivas e individuais de um futuro melhor. CULTURAL INDUSTRY AND IDEOLOGYThis article, based on content analysis, analyzes the discussions about the concept of cultural industry coined and analyzed by Theodor Adorno and Max Horkheimer and its unfolding in the book Adorno’s Aesthetic Theory, especially cinema. The cultural industry or mass culture comprises the commercial character and industrial mode of production of cultural productions in capitalism, treated even as commodities and their consequences to the public, acting mainly as an instrument of ideological manipulation in the adornian view. However, in Aesthetic Theory, Adorno advances the discussion and admits that despite the presence of ideology, the cultural industry could also develop an alternative space to mass productions. Later Frederic Jameson, inspired by Adorno’s work, draws a similar line in which he realizes that the products of the cultural industry would not only be ideological, and in addition to Adorno, he asserted that they could also be utopian, as mass culture attracts the public with collective and individual promises of a better future.Keywords: Ideology. Emancipation. Movie theater. Mass culture. Frankfurt School. INDUSTRIE CULTURELLE ET IDÉOLOGIEDe l’analyse de contenu, analyse les discussions sur le concept d’industrie culturelle inventé et analysé par Theodor Adorno et Max Horkheimer et son déploiement dans le livre La théorie esthétique d’Adorno, en particulier le cinéma. L’industrie culturelle ou culture de masse comprend le caractère commercial et le mode de production industriel des productions culturelles du capitalisme, même traitées comme des marchandises et leurs conséquences pour le public, agissant principalement comme un instrument de manipulation idéologique selon la vision adornienne. Cependant, dans la théorie de l’esthétique, Adorno fait avancer la discussion et admet que, malgré la présence d’une idéologie, l’industrie culturelle pourrait également développer un espace alternatif aux productions de masse. Plus tard, Frederic Jameson, inspiré par le travail d’Adorno, tire un trait similaire dans lequel il réalise que les produits de l’industrie culturelle ne seraient pas seulement idéologiques. En plus d’Adorno, il a affirmé qu’ils pourraient aussi être utopiques promesses collectives et individuelles d’un avenir meilleur.Mots-clés: Idéologie. Émancipation. Cinéma. Culture de masse. École de Frankfurt.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-12-31
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/32099
10.9771/ccrh.v32i87.32099
url https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/32099
identifier_str_mv 10.9771/ccrh.v32i87.32099
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.ufba.br/index.php/crh/article/view/32099/20606
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2020 Caderno CRH
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2020 Caderno CRH
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Bahia
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Bahia
dc.source.none.fl_str_mv Caderno CRH; v. 32 n. 87 (2019): DOSSIÊ: A ARTE NA SOCIOLOGIA. COORD. ANTÔNIO DA SILVA CÂMARA, GLAUCIA KRUSE VILLAS BÔAS, BRUNO VILAS BOAS BISPO; 505-515
1983-8239
0103-4979
reponame:Caderno CRH
instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
instname_str Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron_str UFBA
institution UFBA
reponame_str Caderno CRH
collection Caderno CRH
repository.name.fl_str_mv Caderno CRH - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
repository.mail.fl_str_mv revcrh@ufba.br||revcrh@ufba.br
_version_ 1799699056276013056