Traduções e torções ou o que se quer dizer quando dizemos queer no Brasil?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Periódicus |
Texto Completo: | https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/10150 |
Resumo: | Desde que aportou no Brasil no início deste século, sobretudo via obra da filósofa JudithButler, a teoria queer tem sido seguida, criticada, contestada e pouco problematizada em suas implicaçõesepistemológicas mais profundas. Ainda que se tenha, nacionalmente, empreendido significativos econsistentes debates sobre os aportes que esta vertente dos saberes subalternizados tem suscitado, aindasão poucas as discussões que procuram pensar nessas contribuições no contexto específico brasileiro, noqual as categorias de gênero, sexualidade, raça/etnia, se interconectam de maneira singular, configurandoexperiências muito distintas daquelas discutidas por autoras e autores estrangeiros filiados a esta corrente.A provocação aqui é de pensar antropofagicamente, buscando nessa reflexão diálogos frutíferos com osfeminismos, as leituras pós-coloniais, com ênfase naquelas pensadas a partir da realidade latinoamericana,na tentativa de tencionar nossas produções – pensadas a partir de realidades locais – diante dequestões que também são transnacionais. Mais que traduções do “queer”, a ideia aqui é pensar em umateoria informada por essas produções, mas que ouse se inventar a partir de questões próprias de nossaexperiência marginal. Nesta apresentação, tomo a curta, mas intensa, produção do antropólogo argentinoNéstor Perlongher como um dos marcos para a elaboração de uma “teoria cu” latino-americana, mas,sobretudo brasileira, aquela produzida fora dos regimes falogocêntricos e heteronormativos da ciênciacanônica. |
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