As contradições da patologização das identidades trans e argumentos para a mudança de paradigma

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tenório, Leonardo Farias Pessoa
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Máximo Prado, Marco Aurélio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Periódicus
Texto Completo: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/17175
Resumo: As experiências das transidentidades não se adequam no conceito de nenhuma patologia, muito menos de alguma psicopatologia, sobretudo porque é inviável e impossível estabelecer critérios diagnósticos coerentes com a realidade das diversidades das experiências das pessoas que vivem identidades trans. Isso significa que a lógica da patologização tem historicamente revelado muito mais o esforço da manutenção de hierarquias de saber e do poder científico como formas de regulação das normas sociais e de coerção e submissão às normas de gênero do que propriamente a criação de mecanismos e critérios de atenção e cuidado à saúde integral. O processo histórico da patologização e da psiquiatrização das transidentidades gera prejuízos de várias ordens às pessoas trans, negando a dignidade, a relativa autodeterminação e a possível autonomia sobre seus próprios corpos, pois entende a expressão da vida das pessoas trans como um conjunto de comportamentos psicopatológicos, reduzindo-os a estereótipos e descrições prescritivas homogeneizantes.
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