As contradições da patologização das identidades trans e argumentos para a mudança de paradigma
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Periódicus |
Texto Completo: | https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/17175 |
Resumo: | As experiências das transidentidades não se adequam no conceito de nenhuma patologia, muito menos de alguma psicopatologia, sobretudo porque é inviável e impossível estabelecer critérios diagnósticos coerentes com a realidade das diversidades das experiências das pessoas que vivem identidades trans. Isso significa que a lógica da patologização tem historicamente revelado muito mais o esforço da manutenção de hierarquias de saber e do poder científico como formas de regulação das normas sociais e de coerção e submissão às normas de gênero do que propriamente a criação de mecanismos e critérios de atenção e cuidado à saúde integral. O processo histórico da patologização e da psiquiatrização das transidentidades gera prejuízos de várias ordens às pessoas trans, negando a dignidade, a relativa autodeterminação e a possível autonomia sobre seus próprios corpos, pois entende a expressão da vida das pessoas trans como um conjunto de comportamentos psicopatológicos, reduzindo-os a estereótipos e descrições prescritivas homogeneizantes. |
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As contradições da patologização das identidades trans e argumentos para a mudança de paradigmaAs experiências das transidentidades não se adequam no conceito de nenhuma patologia, muito menos de alguma psicopatologia, sobretudo porque é inviável e impossível estabelecer critérios diagnósticos coerentes com a realidade das diversidades das experiências das pessoas que vivem identidades trans. Isso significa que a lógica da patologização tem historicamente revelado muito mais o esforço da manutenção de hierarquias de saber e do poder científico como formas de regulação das normas sociais e de coerção e submissão às normas de gênero do que propriamente a criação de mecanismos e critérios de atenção e cuidado à saúde integral. O processo histórico da patologização e da psiquiatrização das transidentidades gera prejuízos de várias ordens às pessoas trans, negando a dignidade, a relativa autodeterminação e a possível autonomia sobre seus próprios corpos, pois entende a expressão da vida das pessoas trans como um conjunto de comportamentos psicopatológicos, reduzindo-os a estereótipos e descrições prescritivas homogeneizantes.Universidade Federal da Bahia2016-07-15info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionAvaliado por paresapplication/pdfhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/1717510.9771/peri.v1i5.17175Revista Periódicus; Vol. 1 No. 5 (2016): Corpo, política, psicologia e psicanálise: a produção de saber nas construções transidentitárias; 41-55Revista Periódicus; Vol. 1 Núm. 5 (2016): Corpo, política, psicologia e psicanálise: a produção de saber nas construções transidentitárias; 41-55Revista Periódicus; v. 1 n. 5 (2016): Corpo, política, psicologia e psicanálise: a produção de saber nas construções transidentitárias; 41-552358-0844reponame:Revista Periódicusinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAporhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/17175/11332http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessTenório, Leonardo Farias PessoaMáximo Prado, Marco Aurélio2021-10-18T23:16:06Zoai:ojs.periodicos.ufba.br:article/17175Revistahttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicusPUBhttps://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/oai||revistaperiodicus@ufba.br2358-08442358-0844opendoar:2021-10-18T23:16:06Revista Periódicus - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
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