Ninguém nasce homem, torna-se homem:as masculinidades no corpo e o corpo nas práticas curriculares das masculinidades

• Autor(a) principal: Vale Caetano, Marcio Rodrigo
• Data de Publicação: 2015
• Outros Autores: da Silva Júnior, Paulo Melgaço, Hernandez, Jimena de Garay
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Periódicus
• Texto Completo: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/12873

Nas atuais configurações sociais, graças aos avanços tecnológicos e as possibilidades proporcionadas com a globalização, acessamos e somos seduzidos e seduzidas por vários estilos de vida que interpelam nossa projeçãode gênero e influenciam na forma como nos percebemos e nos articulamos nas redes de sociabilidade. Como uma dessas consequências, a identidade masculina vem sendo interpelada, problematizada e desestabilizada por outras formas de vivê-la. A sua projeção unívoca identificada na apresentação branca, racional, heterossexual e judaico-cristã vem sendo fragmentada e, em suas brechas, emergem outras configurações, sobretudo após a crítica feminista ao universalismo e a emergência dos movimentos sociais de lésbicas e gays. Neste trabalho, a partir da observação e as anotações de conversas informais consideradas significantes, percorremos, balizados nos estudos culturais, os modos com que os jovens da periferia do Rio de Janeiro- Brasil constroem suas masculinidades e como elas são vividas nasescolas. Ao investigar as práticas curriculares, constatamos que, independente do entendimento de que as identidades são temporárias e contraditórias, elas se configuram em diálogo com os instrumentos educacionais que ensinam formas de ser e de viver a identidade de gênero. Durante a investigação vivenciamos a percepção de que a categoria ‘masculinidade’ foi ampliada e que sua projeção trouxe outros arranjos sexuais interagindo e criando tensões na escola.