Frank Tannenbaum e os direitos dos escravos: religião e escravidão nas Américas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Afro-Ásia (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/17662 |
Resumo: | Desde a publicação de Slave and Citizen, de Frank Tannenbaum, em meados do século passado, os estudos comparativos entre os diferentes processos de colonização das Américas e, logo, entre os diferentes sistemas escravistas produzidos, são algo comum na historiografia. Contudo, a obra de Tannenbaum, depois de certo período de notoriedade, foi severamente criticada e quase que posta de lado – um exemplo de ostracismo historiográfico. Porém, há poucos anos, Slave and Citizen foi centro de um acalorado debate que tinha como lócus a atualidade ou não de suas contribuições. Nesse sentido, este artigo se propõe a (re)visitar o livro de Tannenbaum a partir de dois pontos específicos: primeiro, abordaremos a já citada discussão, tendo como norte o embasamento empírico, ou a falta dele, presente na argumentação dos autores; depois, realizar-se-á uma análise bibliográfica de alguns estudos recentes para tratar de algo central à tese do autor: o quanto, hoje, já se conhece sobre o acesso dos escravos às práticas religiosas na América inglesa e como a doutrina (leiga e religiosa) percebia a sua conversão ao cristianismo nessa região. Antes, contudo, devido às quase sete décadas da publicação e à sua não tradução para a língua portuguesa, procederemos uma rápida resenha da obra, retomando suas principais ideias. Apesar da concordância de que o livro tem questões problemáticas, podemos aventar que a argumentação central de Slave and Citizen – qual seja, a de que na América ibérica os escravos eram entendidos como seres portadores de alma e, portanto, inseridos na humanidade, lhes dotou de direitos, diferentemente da América inglesa, onde a doutrina religiosa os excluiu da humanidade – não foi ainda contestada do ponto de vista empírico, o que só será possível através de pesquisas monográficas que refutem, ou não, a tese de Frank Tannenbaum. |
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