A estética da exclusão: imigrantes chineses em culturas visuais brasileiras na virada do século XX
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Afro-Ásia (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/28716 |
Resumo: | Este artigo examina os processos que levaram trabalhadores chineses ao Brasil, analisando documentos escritos por diplomatas e funcionários da dinastia Qing que viajaram ao Brasil para abrir rotas de imigração chinesa. As autoridades Qing utilizavam nesse contexto uma palavra que pode significar tanto imigração quanto colonização (yizhi). O Brasil, para eles, apresentava-se como uma opção viável tanto para a colonização quanto para a imigração devido ao seu vasto território e a suas leis de cidadania inclusivas. Discuto as questões levantadas por intelectuais ligados ao governo Qing sobre a abertura de rotas de imigração e comércio entre a China e o Brasil, em relação às preocupações dos abolicionistas brasileiros com a emancipação, a independência nacional e o desejo de branquear a composição racial da nova nação. Este artigo explora o que chamo de estética da exclusão para descrever a produção e a circulação de culturas visuais sobre os chineses enquanto raça, as quais contribuem para o discurso global da exclusão chinesa como uma necessidade da modernização brasileira e de seu investimento no branqueamento. |
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A estética da exclusão: imigrantes chineses em culturas visuais brasileiras na virada do século XXdinastia Qing - cidadania - abolição - China - teorias raciais.Este artigo examina os processos que levaram trabalhadores chineses ao Brasil, analisando documentos escritos por diplomatas e funcionários da dinastia Qing que viajaram ao Brasil para abrir rotas de imigração chinesa. As autoridades Qing utilizavam nesse contexto uma palavra que pode significar tanto imigração quanto colonização (yizhi). O Brasil, para eles, apresentava-se como uma opção viável tanto para a colonização quanto para a imigração devido ao seu vasto território e a suas leis de cidadania inclusivas. Discuto as questões levantadas por intelectuais ligados ao governo Qing sobre a abertura de rotas de imigração e comércio entre a China e o Brasil, em relação às preocupações dos abolicionistas brasileiros com a emancipação, a independência nacional e o desejo de branquear a composição racial da nova nação. Este artigo explora o que chamo de estética da exclusão para descrever a produção e a circulação de culturas visuais sobre os chineses enquanto raça, as quais contribuem para o discurso global da exclusão chinesa como uma necessidade da modernização brasileira e de seu investimento no branqueamento.UFBA2019-12-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionDouble-blid peer-reviewed articleArtigo avaliado por pares em regime de duplo anonimatoteoria pós-colonial; cidadania; estudos sobre raça e etnia, gênero e sexualidadeapplication/pdfhttps://periodicos.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/2871610.9771/aa.v0i60.28716Afro-Ásia; No. 60 (2019)Afro-Ásia; n. 60 (2019)1981-14110002-0591reponame:Afro-Ásia (Online)instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAporhttps://periodicos.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/28716/21544Copyright (c) 2020 Afro-Ásiahttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessLee, Ana Paulina2021-12-01T11:42:36Zoai:ojs.periodicos.ufba.br:article/28716Revistahttps://periodicos.ufba.br/index.php/afroasiaPUBhttps://periodicos.ufba.br/index.php/afroasia/oaiafroasia@ufba.br1981-14110002-0591opendoar:2021-12-01T11:42:36Afro-Ásia (Online) - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
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