A economia ecológica como base de uma educação ambiental pós-moderna

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cavalcante, Victor Barreto
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/73938
Resumo: Chuvas torrenciais, seca intensa, frio glacial e ciclones de nível máximo em locais inéditos estão cada vez mais frequentes. O sistema terra apresenta um notório desequilíbrio em sua dinâmica e o ser humano é apontado como principal causador. A concentração de dióxido de carbono, de acordo com o quarto relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) aumentou 40% da era pré- industrial aos dias de hoje, realidade que compromete sistemas cruciais para o funcionamento das dinâmicas naturais. É notório e urgente a necessidade de se compatibilizar uma relação sustentável entre seres humanos e natureza. A educação denominada ambiental, bem como a Economia Ecológica emergem desse contexto como potencial instrumento de auxílio. Os referidos campos de estudo necessitam de contínuos ajustes para o seu ótimo funcionamento. Como objetivo geral do presente trabalho compreender como os princípios da Economia Ecológica pode auxiliar na promoção de uma Educação Ambiental crítica e transformadora. Fórmula-se como objetivos específicos: contextualizar a relação entre a dinâmica social e os recursos naturais; discorrer sobre o contexto de surgimento da Economia Ecológica e Educação Ambiental; elencar os objetivos fundamentais e princípios básicos da Economia Ecológica e EA; traçar relações entre a EA e a Economia Ecológica. Adotou-se como metodologia de estudo uma revisão sistemática do conhecimento, com o estudo de diversos documentos oficiais e registros. A relação homem e meio ambiente é complexa e encarada desde diversas perspectivas. Historicamente a sociedade ocidental encara a natureza como elemento a ser explorado e subjugado, ao passo que a perspectiva oriental entende a natureza como elemento integrante do ser humano e sua ancestralidade. O modo de produção capitalista e a teoria neoclássica são parte do problema por encarar a terra como fornecedora de recursos e atua de maneira extrativista. Essa lógica conduz à um colapso ecossistêmico, com sucessiva extinção da via na terra. A educação ambiental constitui elemento essencial para uma mudança paradigmática, porém necessita de contribuições de outras áreas do conhecimento, como a Economia Ecológica, que com seus apontamentos de valoração e critica ao sistema econômico agregam complexidade ao estudo. Concluise que o sistema econômico neoclássico é parte do problema, pois propõe uma lógica linear de consumo e despreza o fato de que a natureza não é uma entidade aberta e os apontamentos neoclássicos se desconstroem ante a própria história enquanto humano. A EA representa uma importante estratégia de ação em um público chave para a mudança paradigmática que se impõe, porém deve aprender com a Economia Ecológica a “dialogar no mesmo idioma do problema” e direcionar seus estudos na produção de indicadores, como é o caso da valoração ambiental. Conclui-se adicionalmente que é preciso desvelar o capital econômico do sistema de produção capitalista como elemento central da crise e que as ações humanas, em especial a da população mais pobre.
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Como objetivo geral do presente trabalho compreender como os princípios da Economia Ecológica pode auxiliar na promoção de uma Educação Ambiental crítica e transformadora. Fórmula-se como objetivos específicos: contextualizar a relação entre a dinâmica social e os recursos naturais; discorrer sobre o contexto de surgimento da Economia Ecológica e Educação Ambiental; elencar os objetivos fundamentais e princípios básicos da Economia Ecológica e EA; traçar relações entre a EA e a Economia Ecológica. Adotou-se como metodologia de estudo uma revisão sistemática do conhecimento, com o estudo de diversos documentos oficiais e registros. A relação homem e meio ambiente é complexa e encarada desde diversas perspectivas. Historicamente a sociedade ocidental encara a natureza como elemento a ser explorado e subjugado, ao passo que a perspectiva oriental entende a natureza como elemento integrante do ser humano e sua ancestralidade. O modo de produção capitalista e a teoria neoclássica são parte do problema por encarar a terra como fornecedora de recursos e atua de maneira extrativista. Essa lógica conduz à um colapso ecossistêmico, com sucessiva extinção da via na terra. A educação ambiental constitui elemento essencial para uma mudança paradigmática, porém necessita de contribuições de outras áreas do conhecimento, como a Economia Ecológica, que com seus apontamentos de valoração e critica ao sistema econômico agregam complexidade ao estudo. Concluise que o sistema econômico neoclássico é parte do problema, pois propõe uma lógica linear de consumo e despreza o fato de que a natureza não é uma entidade aberta e os apontamentos neoclássicos se desconstroem ante a própria história enquanto humano. A EA representa uma importante estratégia de ação em um público chave para a mudança paradigmática que se impõe, porém deve aprender com a Economia Ecológica a “dialogar no mesmo idioma do problema” e direcionar seus estudos na produção de indicadores, como é o caso da valoração ambiental. Conclui-se adicionalmente que é preciso desvelar o capital econômico do sistema de produção capitalista como elemento central da crise e que as ações humanas, em especial a da população mais pobre.Lluvias torrenciales, intensa sequía, frío glacial y ciclones de máxima intensidad en lugares sin precedentes son cada vez más frecuentes. El sistema tierra presenta un notorio desequilibrio en su dinámica y se señala al ser humano como principal causante. La concentración de dióxido de carbono, según el cuarto informe del Panel Intergubernamental sobre Cambio Climático (IPCC) ha aumentado un 40% desde la era preindustrial hasta la actualidad, una realidad que compromete sistemas cruciales para el funcionamiento de la dinámica natural. La necesidad de conciliar una relación sostenible entre el ser humano y la naturaleza es notoria y urgente. La llamada Educación Ambiental, así como la Economía Ecológica, emergen de este contexto como un potencial instrumento de ayuda. Estos campos de estudio necesitan continuos ajustes para su óptimo funcionamiento. El objetivo general de este trabajo es comprender cómo los principios de la Economía Ecológica pueden ayudar a promover una Educación Ambiental crítica y transformadora. Formula los siguientes objetivos específicos: contextualizar la relación entre la dinámica social y los recursos naturales; discutir el contexto del surgimiento de la Economía Ecológica y la Educación Ambiental; enumerar los objetivos fundamentales y los principios básicos de la Economía Ecológica y la EA; trazar relaciones entre EA y Economía Ecológica. Se adoptó como metodología de estudio una revisión sistemática del conocimiento, con el estudio de diversos documentos y registros oficiales. La relación entre el hombre y el medio ambiente es compleja y vista desde diferentes perspectivas. Históricamente, la sociedad occidental ve a la naturaleza como un elemento a explorar y subyugar, mientras que la perspectiva oriental entiende a la naturaleza como un elemento integral del ser humano y su ascendencia. El modo de producción capitalista y la teoría neoclásica son parte del problema porque ven a la tierra como proveedora de recursos y actúan de manera extractiva. Esta lógica conduce a un colapso ecosistémico, con sucesivas extinciones del camino en la tierra. La educación ambiental es un elemento fundamental para un cambio de paradigma, pero necesita aportes de otras áreas del conocimiento, como la Economía Ecológica, que con sus apuntes de valoración y crítica al sistema económico añaden complejidad al estudio. Se concluye que el sistema económico neoclásico es parte del problema, ya que propone una lógica lineal de consumo y desconoce que la naturaleza no es un ente abierto y los apuntes neoclásicos se deconstruyen frente a la propia historia como serhumano. La EA representa una importante estrategia de actuación en un público clave para el cambio de paradigma que se impone, pero debe aprender de la Economía Ecológica para “dialogar en el mismo lenguaje del problema” y orientar sus estudios hacia la producción de indicadores, como es el caso. de valoración ambiental. Se concluye, además, que es necesario develar el capital económico del sistema de producción capitalista como elemento central de la crisis y que la acción humana, en especial la de la población más pobre.Sobral, Fabio MaiaCavalcante, Victor Barreto2023-08-11T16:33:56Z2023-08-11T16:33:56Z2023info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfCAVALCANTE, Victor Barreto. A economia ecológica como base de uma educação ambiental pós-moderna. 2023. 44 f. 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