Cartografias sensíveis e uma nova apreensão do espaço – Pacheco

• Autor(a) principal: Cândido, Maria Eduarda Pinto
• Data de Publicação: 2016
• Outros Autores: Ribeiro, Mariana Oliveira, Campelo, Vanusa de Araújo, Oliveira, Elisa Bezerra de Carvalho, Silva, Anna Lucia dos Santos Vieira e
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
• Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/58206
• topic: Cartografia; Design social; Espaços públicos - Planejamento; Engenharia ambiental

O "Projeto de Regeneração do Bairro Pacheco" seria impossível de ser realizado diante da complexidade do espaço envolvido, se não fosse calcado na interdisciplinaridade e coletividade de sua construção. Diante das diversas demandas que envolvem recuperação ambiental, apropriação do lugar e legitimidade dos espaços públicos, o projeto abrange áreas do design, arquitetura e engenharia ambiental, tendo como agentes diretos o Varal- Laboratório de iniciativas em Design Social, o Canto - Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo e o Pet - Construção de Saberes, da Engenharia Ambiental, todos da UFC que, juntamente com a comunidade, buscam o objetivo comum de regeneração do bairro Pacheco. Diante disso o Canto, assume a função de mapear os espaços livres, os fluxos preexistentes e a infraestrutura atual do bairro, assegurar o aparelho público educacional de uma creche e desenvolver o projeto arquitetônico da Associação de Moradores e Amigos do Pacheco (AMAPACHECO). Tem como metodologia inicial, além da deriva espacial feita pelo grupo de estudos, a construção cartográfica elaborada com os moradores a partir de oficinas realizadas nos mutirões mensais. Os próprios habitantes descrevem e indicam em mapas impressos as rotas mais utilizadas por eles no cotidiano, descrevem a infraestrutura eles tem acesso e, em outro momento, é documentado o que as crianças idealizam para os espaços livres por meio de uma oficina de desenhos. Posteriormente a fase de projeto também se dará por processo participativo, política que rege a atuação do Canto como projeto de extensão para a sociedade. Com o projeto ainda em andamento, é importante ressaltar que junto às parcerias entre os grupos acadêmicos e a associação de moradores, órgãos públicos estão sendo mobilizados para viabilizar e cooperar com o projeto como um todo, ao compor o processo participativo e respeitar o protagonismo da comunidade como regente dos resultados a serem obtidos.