Cinema, documentário e realidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1984 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/48936 |
Resumo: | Festejado com grande alarido no ápice da primeira revolução industrial, ninguém desconfiaria que o cinema seria abalado na sua feição de espetáculo público, na segunda investida do surto tecnológico, ao impacto nervoso da televisão nos anos 50. E agora mais do que nunca na vigência do vídeo-cassete, que vai compor com o televisor um dueto infernal na sala arrumadinha depois do jantar. Mas aí mesmo se insinua o sinal de sua saudável longevidade: o cinema quase nonagenário sobrevive à sua própria carcaça e assiste ao fechamento das casas exibidoras, ao mesmo tempo que parece afirmar o óbvio de sua eternidade. Primeiro provocou alvoroço como mais um engenho que descendia em linha direta do desenvolvimento da química e da física, entre outras ciências, chamadas a intervir no processo industrial; e saído da moldura de algum daguerreótipo, de uma hora para outra era a coqueluche, arrastando multidões em Paris, Londres e Nova lorque, encantadas com o show da imagem em movimento, mesmo quando essas imagens apenas registravam as cenas mais comuns do cotidiano: a chegada de um trem à estação, a saída dos operários da fábrica, uma gôndola deslizando nos canais de Veneza, para ficarmos somente nos clássicos exemplos do nascedouro da cinematografia.[...] |
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