Morrer de tempo: os vivos e os mortos nas narrativas orais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Joaquim dos
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/40297
Resumo: Em meados do século XX, uma criança chamada Maria Generosa residia com sua mãe e um neto dela em uma casa simples, nas proximidades da encosta da Chapada do Araripe, planalto sedimentar situado nos limítrofes dos estados do Ceará, Pernambuco e Piauí. De modo mais preciso, ela residia no sítio Santo Antônio, no atual município de Porteiras, no Cariri cearense. Hoje, aquela criança é uma senhora com seus 71 anos de idade, católica, viúva e que vive sozinha em sua morada, na área urbana daquela mesma cidade. Foi na varanda da sua residência, sentados defronte das muitas imagens de santos fixados na parede, que conversamos sobre as histórias que as pessoas contavam acerca das aparições de almas. Eu e Dona Maria Generosa conversamos no final da manhã do dia 18 de abril de 2015. Ela já conhecia meus pais, naturais daquele mesmo município e também partícipes das mesmas festividades católicas e vinculados a grupos de religiosos em comum, a exemplo da Irmandade do Santíssimo. Isso facilitou nosso primeiro contato. Após a apresentação dos propósitos da entrevista e posto o gravador digital, começamos a dialogar. Ela iniciou enfatizando as orações dedicadas aos mortos que aprendera com a mãe, entoou cânticos, e quando ficou mais à vontade narrou as histórias que ouvia dos mais velhos, entrecruzando-as com as suas próprias experiências vividas. [...]
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