Lyra popular: o cordel de Juazeiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/47547 |
Resumo: | Não sou o primeiro, nem serei o último a levantar a voz para aclamar Gilmar de Carvalho e sua prolífica contribuição para a rica e variada cultura popular do Ceará. Tanto nas obras de sua autoria – como o desbravador Publicidade em Cordel (1994) e o premiado Madeira Matriz (1999) — quanto nas que editou — Patativa do Assaré (2001) e Bonito pra Chover (2003), para mencionar apenas duas — nenhuma forma de arte popular do Ceará, passada ou presente, escapa ao escrutínio, erudição e compreensão de Gilmar. Por mais de uma década sua atenção tem se voltado para a vida e a poesia dos grandes bardos do cordel, dos xilógrafos que ilustram suas capas, dos impressores e dos vendedores ambulantes que distribuem seus versos e histórias nas feiras e encruzilhadas do sertão, e dos escultores que, com troncos de umburana, imortalizam os heróis de cada uma de suas histórias. Mas também para os próprios “consumidores”, digamos assim, de dísticos e rimas — na sua grande maioria, “caboclos roceiros das plagas do Norte” — sem os quais, com a sua sensibilidade para com o mundo á sua volta e as efervescentes imagens de inumeráveis utopias, o cordel teria há muito fenecido.[...]Lyra Popular, como todas as explorações de Gilmar, é inextricável da sua paixão e de seu engajamento. Os leitores não deveriam nunca perder isso de vista, nem deveriam hesitar em mergulhar nesses seis breves capítulos do passado artístico do Ceará e se deliciar com o seu desenrolar. Saborear, também, as observações perspicazes, informadoras e judiciosas de Gilmar, fruto de cuidadosa pesquisa histórica e literária, e modelo do recorrente questionamento e auto questionamento que deve acompanhar a busca das verdades. Todos os seis, confesso, são particularmente caros para mim. Por estarem centrados em, e à volta de, Juazeiro do Norte — cujo “nome verdadeiro”, como canta Patativa do Assaré, “será sempre Juazeiro do Padre Cícero Romão” — onde vivi, com minha mulher e dois filhos pequenos, por quatro meses, em 1964. Especialmente evocativo dessa indelével experiência é o primeiro ensaio sobre O Rebate, o combativo semanário que, no início do século passado, ajudou a transformar a antiga vila em município, e em cujas páginas eu, mais tarde, iria mergulhar horas a fio na minha própria pesquisa sobre a cidade e seu fundador.[...] |
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