Tradição contemporânea da xilogravura popular de Juazeiro do Norte
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/41423 |
Resumo: | Se uma tradição se inventa, essa invenção pode ser compreendida como uma construção que se desenvolve com a participação decisiva de determinados atores sociais, num contexto favorável à sua eclosão e desenvolvimento. Por tradição inventada entende-se uma continuidade em relação ao passado (HOBSBAWM, 1997, p. 9), o que não exclui a possibilidade da ruptura ou do avanço do que está sendo proposto, num processo que pressupõe permanente atualização dessas práticas.No caso da xilogravura de Juazeiro do Norte, tivemos a contribuição dos artistas e artesãos romeiros, vindos de todos os cantos do Nordeste, atraídos pela expectativa de uma vida melhor. A cidade tornou-se uma encruzilhada desses roteiros místicos. E as experiências trazidas foram decisivas para a fermentação de uma cena cultural em que se inseriu, a partir dos anos 20, a literatura de folhetos. Esse quadro possibilitou que a tradição da xilogravura se estabelecesse com enorme rapidez, coisa de poucos anos apenas, como diria o teórico inglês (HOBSBAWM, 1997, p. 9). A expansão dos folhetos de cordel, editados pelo romeiro alagoano José Bernardo da Silva, fez com que os clássicos tivessem de conviver com os novos títulos, pois a contradição invenção-padronização é a contradição dinâmica da cultura de massa. É seu mecanismo de adaptação ao público e de adaptação do público a ele. É sua vitalidade. (MORIN, 1969, p. 31).[...] |
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