Seguindo Pinocchio: a ambientação, o feminino e a fuga na obra fílmica de Roberto Benigni como elementos de ressignificação da obra literária de Carlo Collodi
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/21811 |
Resumo: | NUNES, Simone Lopes Almeida. Seguindo Pinocchio: a ambientação, o feminino e a fuga na obra fílmica de Roberto Benigni como elementos de ressignificação da obra literária de Carlo Collodi. 2016. 165f. - Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Fortaleza (CE), 2016. |
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Seguindo Pinocchio: a ambientação, o feminino e a fuga na obra fílmica de Roberto Benigni como elementos de ressignificação da obra literária de Carlo CollodiCollodi, Carlo (Pseud.), 1826-1890. Le avventure di Pinocchio (1883) – Filme (Fantasia)Literatura Italiana – Crítica e InterpretaçãoSignificado (Teoria semiótica)ResignificationFilmic AdaptationNUNES, Simone Lopes Almeida. Seguindo Pinocchio: a ambientação, o feminino e a fuga na obra fílmica de Roberto Benigni como elementos de ressignificação da obra literária de Carlo Collodi. 2016. 165f. - Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Fortaleza (CE), 2016.Le avventure di Pinocchio is a work that closely interacts with the translation because since its launch, in 1883, has been translated to several languages and adapted to different artistic forms. The work is considered a fiction and children`s narrative of great representation of Italian literature of the late nineteenth century, however, few speak about the relevant realistic aspects, that keep a close relation with the fictional elements (CAMBI, 1985; GUERINI, 2009), significant of a historical, economical and social period of many difficulties that marked the Italian post-unification, what makes Pinocchio a symbol of national identity (ASOR ROSA, 1985). Our research aims to verify how those realistic aspects, and significant of a specific Italian historical moment, were resignified into the Italian filmic adaptation Pinocchio, from Roberto Benigni, launched in 2002. The concept of resignification goes back to the resemantization concept, theorized by Lotman (1970), who defends that the artistic text, as language, has the function to produce new meanings. In fact, theorists from filmic adaptation, like Bazin (1977) and Cattrysse (2014; 1992) recognize the importance of movies as a text that brings their own interpretations and views of the literary work and, therefore, deserves to be understood in its own copyright and marketing particularities. In this perspective, we support our study in the Polysystem Theory of filmic adaptations, from Cattrysse (2014) to comprehend the movie as a product itself. Thus, the elements that are meaningful in the literary work as: the embience, the female figure and the escape; when translated into the filmic narrative will be resignified according to the copyright, marketing and acceptance requirements: the ambience, that in Collodi portrays the social denounce of poverty and hunger, in Benigni, portrays a historical moment, but without highlighting the social denounce; the female figure is restricted to the presence of Fata, in the literary work, Benigni, however, uses the room in the filmic narrative to insert the woman in the most diverse everyday activities, through figuration; the escape element, that permeates all the literary work, will be analyzed in what we define as the great escape, when Pinocchio receives the coins from Mangiafoco until its hanging; Colodi portrays it in a tough and violent way, characteristics of children`s tales of once, yet Benigni resignifies it, using realistic elements, but not so violent, whereas the contemporary children`s narrative tries to soften it.Le avventure di Pinocchio é uma obra que dialoga intimamente com a tradução, pois desde o seu lançamento, em 1883, vem sendo traduzida para as mais diversas línguas, e adaptada para diferentes formas artísticas. A obra é considerada uma narrativa infantil e fantástica de grande representatividade da literatura italiana do final do século XIX, porém, poucos falam dos relevantes aspectos realísticos, que mantêm uma estreita relação com os elementos fantásticos (CAMBI, 1985; GUERINI, 2009), significativos de um período histórico, econômico e social de muitas dificuldades que marcaram a pós-unificação italiana, o que faz de Pinocchio um símbolo de identidade nacional (ASOR ROSA, 1985). A nossa pesquisa pretende verificar como esses aspectos realísticos, e significativos de um específico momento histórico italiano, foram ressignificados na adaptação fílmica italiana Pinocchio, de Roberto Benigni, lançado em 2002. O conceito de ressignificação remonta ao de ressemantização de Lotman (1982), o qual defende que o texto artístico, enquanto linguagem, tem a função de produzir novos significados. De fato, teóricos da adaptação fílmica como Bazin (1977) e Cattrysse (2014; 1992) reconhecem a importância do filme como um texto que traz suas próprias leituras e visões da obra literária, e, portanto, merece ser compreendido nas suas respectivas particularidades autorais e mercadológicas. Nessa perspectiva, apoiamo-nos na teoria dos polissistemas cinematográfico, de Cattrysse (2014), para compreender o filme como um produto em si. Sendo assim, elementos que são significativos na obra literária como: a ambientação, a figura feminina e a fuga; ao serem traduzidos para a narrativa fílmica serão ressignificados de acordo com as exigências autorais, mercadológicas e de recepção: a ambientação que em Collodi retrata uma denúncia social de pobreza e fome, em Benigni, ambienta um momento histórico, mas sem relevar a denúncia social; a figura feminina é restrita à presença da Fata, na obra literária, Benigni, porém, usa os espaços da narrativa fílmica para inserir a mulher nas mais diversas atividades cotidianas, através da figuração; e o elemento fuga, que permeia toda a obra, será analisado no que definimos a grande fuga, quando Pinocchio recebe as moedas do Mangiafoco até o enforcamento do boneco. Collodi retrata-a de forma dura e violenta, características dos contos infantis de outrora, já Benigni ressignifica-a, utilizando elementos realísticos, mas não tão violentos, já que a narrativa infantil contemporânea procura suavizá-la.Brunello, YuriNunes, Simone Lopes de Almeida2017-01-26T12:35:00Z2017-01-26T12:35:00Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfNunes, S. L. A.; Brunello, Y. (2016)http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/21811porreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)instname:Universidade Federal do Ceará (UFC)instacron:UFCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-05-17T18:20:11Zoai:repositorio.ufc.br:riufc/21811Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufc.br/ri-oai/requestbu@ufc.br || repositorio@ufc.bropendoar:2024-09-11T19:04:03.350146Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Universidade Federal do Ceará (UFC)false |
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