Validação de tecnologia assistiva para a deficiente visual : utilização do preservativo feminino

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cavalcante, Luana Duarte Wanderley
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/5378
Resumo: Atualmente, a maioria dos recursos disponíveis não abrange de forma efetiva o desenvolvimento da promoção da saúde nos seus diversos aspectos quando aplicados às pessoas com deficiência visual, sobretudo no concernente à saúde sexual e reprodutiva. Diante desse cenário, existe a urgência em desenvolver métodos e materiais acessíveis a esta clientela. A Tecnologia Assistiva (TA), além de favorecer às pessoas com deficiência a igualdade de acesso às informações e ferramentas, propicia maior independência, melhor qualidade de vida e inclusão social. Objetivou-se validar a TA Construir para aprender a usar o preservativo feminino para mulheres deficientes visuais por meio do acesso a distância. Estudo de validação de tecnologia, desenvolvido na página web do Laboratório de Comunicação em Saúde do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Utilizou-se como referencial metodológico o modelo de Pasquali (2010). A coleta de dados ocorreu entre maio e outubro de 2012. Participaram 17 juízes, sendo dez especialistas em saúde sexual e reprodutiva e sete em educação especial. O estudo foi realizado em três etapas: validação aparente e de conteúdo do instrumento de avaliação da TA por três especialistas em saúde sexual e reprodutiva, validação da TA por sete especialistas em saúde sexual e reprodutiva e validação da TA por sete especialistas em educação especial. Para a análise, os dados foram descritos, avaliados individualmente e organizados na forma de quadros e tabelas. Foram utilizados os programas computacionais Excel 2010 e o Software SPSS versão 14.0 e também foi calculada a adequação da representação comportamental dos itens. Além disso, foram comparadas e analisadas as sugestões dos juízes. Os aspectos éticos foram respeitados segundo a Resolução 196/96. Na validação do instrumento, os juízes apontaram a necessidade de alterar alguns itens. Após as sugestões, o mesmo ganhou um conteúdo mais completo, objetivo e de fácil leitura e compreensão. Na validação da TA pelos juízes de saúde sexual e reprodutiva, ressalta-se que a maioria das respostas se concentrou nas valorações concordantes com a tecnologia. Diante disto, pode-se inferir que não houve discordância significativa, pois das 105 (100%) respostas, 97 (92,4%) versaram em Plenamente Adequado (PA) e Adequado (A). Nesta área, alguns ajustes foram incorporados à tecnologia, como por exemplo: acrescentar material (papel e saco) para representar o colo do útero e descrever as partes do preservativo feminino. Na validação da TA pelos especialistas em educação especial, verificou-se também que as respostas se concentraram nas valorações concordantes, pois das 70 (100%) respostas, 68 (97,1%) foram PA e A. Dentre os ajustes, foi pertinente adicionar que o usuário deve ouvir as instruções por duas vezes e acrescentar um espaço de tempo maior entre as instruções no áudio. De acordo com a análise comportamental dos itens, verificou-se que, nas duas avaliações, todos os itens atingiram o parâmetro adotado de 70% (0,7) de concordância. Conclui-se que o instrumento foi validado e tornou-se capaz de avaliar com precisão a TA. Esta, por sua vez, foi validada por dois tipos de especialistas e está adequada quanto aos objetivos, estrutura/apresentação e relevância. Acredita-se que a TA é um instrumento de promoção da saúde, válido e de baixo custo, que poderá auxiliar mulheres com deficiência visual a utilizar o preservativo feminino e, assim, evitar uma gravidez não desejada e o contágio com doenças sexualmente transmissíveis. Espera-se que este estudo possa encorajar os enfermeiros a realizar uma educação em saúde inclusiva, que englobe a pessoa com deficiência visual e sua saúde sexual, com a utilização de uma tecnologia inovadora e de baixo custo.
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Estudo de validação de tecnologia, desenvolvido na página web do Laboratório de Comunicação em Saúde do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Utilizou-se como referencial metodológico o modelo de Pasquali (2010). A coleta de dados ocorreu entre maio e outubro de 2012. Participaram 17 juízes, sendo dez especialistas em saúde sexual e reprodutiva e sete em educação especial. O estudo foi realizado em três etapas: validação aparente e de conteúdo do instrumento de avaliação da TA por três especialistas em saúde sexual e reprodutiva, validação da TA por sete especialistas em saúde sexual e reprodutiva e validação da TA por sete especialistas em educação especial. Para a análise, os dados foram descritos, avaliados individualmente e organizados na forma de quadros e tabelas. Foram utilizados os programas computacionais Excel 2010 e o Software SPSS versão 14.0 e também foi calculada a adequação da representação comportamental dos itens. Além disso, foram comparadas e analisadas as sugestões dos juízes. Os aspectos éticos foram respeitados segundo a Resolução 196/96. Na validação do instrumento, os juízes apontaram a necessidade de alterar alguns itens. Após as sugestões, o mesmo ganhou um conteúdo mais completo, objetivo e de fácil leitura e compreensão. Na validação da TA pelos juízes de saúde sexual e reprodutiva, ressalta-se que a maioria das respostas se concentrou nas valorações concordantes com a tecnologia. Diante disto, pode-se inferir que não houve discordância significativa, pois das 105 (100%) respostas, 97 (92,4%) versaram em Plenamente Adequado (PA) e Adequado (A). Nesta área, alguns ajustes foram incorporados à tecnologia, como por exemplo: acrescentar material (papel e saco) para representar o colo do útero e descrever as partes do preservativo feminino. Na validação da TA pelos especialistas em educação especial, verificou-se também que as respostas se concentraram nas valorações concordantes, pois das 70 (100%) respostas, 68 (97,1%) foram PA e A. Dentre os ajustes, foi pertinente adicionar que o usuário deve ouvir as instruções por duas vezes e acrescentar um espaço de tempo maior entre as instruções no áudio. De acordo com a análise comportamental dos itens, verificou-se que, nas duas avaliações, todos os itens atingiram o parâmetro adotado de 70% (0,7) de concordância. Conclui-se que o instrumento foi validado e tornou-se capaz de avaliar com precisão a TA. Esta, por sua vez, foi validada por dois tipos de especialistas e está adequada quanto aos objetivos, estrutura/apresentação e relevância. Acredita-se que a TA é um instrumento de promoção da saúde, válido e de baixo custo, que poderá auxiliar mulheres com deficiência visual a utilizar o preservativo feminino e, assim, evitar uma gravidez não desejada e o contágio com doenças sexualmente transmissíveis. Espera-se que este estudo possa encorajar os enfermeiros a realizar uma educação em saúde inclusiva, que englobe a pessoa com deficiência visual e sua saúde sexual, com a utilização de uma tecnologia inovadora e de baixo custo.Rebouças, Cristiana Brasil de AlmeidaCavalcante, Luana Duarte Wanderley2013-07-16T14:18:49Z2013-07-16T14:18:49Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfCAVALCANTE, L. D. W. Validação de tecnologia assistiva para a deficiente visual : utilização do preservativo feminino. 2013. 104 f. 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