Aspectos ovarianos do sururu, Mytella falcata (Orbigny, 1846) (Mollusca: Bivalvia), do estuário do rio Jaguaribe, em Fortim, Ceará

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rebouças, Ricardo Albuquerque
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/43516
Resumo: Foram estudados os aspectos ovarianos do sururu, Mytella falcata (Orbigny, 1846) (Mollusca: Bivalvia), do estuário do rio Jaguaribe, na região de Fortim, Ceara, Brasil ( 4° 33' 42" N — 37° 46' 11" W), no período de setembro de 2000 a julho de 2002. Foram feitas coletas mensais de 10 indivíduos em Fortim, area de Viçosa, tendo sido realizado um estudo macro e microscópico do tecido gônadal, com o objetivo de descrever e acompanhar os estádios de desenvolvimento das gemadas das fêmeas, desta espécie. Os indivíduos foram transportados para o laboratório em um balde plástico contendo o substrato do local onde foram coletados. Ao chegar, foram tomadas as medidas de altura medindo a maior dimensão do eixo perpendicular ao eixo do comprimento, que une as porções ventral e dorsal do animal e o comprimento medindo a maior dimensão do animal, correspondendo ao eixo que vai do umbo (porção terminal anterior) a linha que tangencia a extremidade posterior das valvas (em centímetro), utilizando um paquímetro de precisão de milésimos de centímetros. A seguir foi registrado o peso total e retirada toda a massa visceral para pesagem e posterior fixação. O material foi fixado em mistura de Bouin por 24 horas e após lavagens repetidas, transferido para álcool 70%. O processamento histológico foi feito usando uma série crescente de álcool (70% até 100%), diafanização em xilol, infiltração em parafina em estufa a 60°C e emblocamento. Cortes de 5um (em média) foram coradas em Hematoxilina e Eosina. Após isto foram feitas as análises histológicas. No que se refere aos resultados observados, A espécie estudada é facilmente reconhecida pela cor marrom escuro de suas valvas; a porção anterior da valva é circular, o umbo fica na parte posterior localizado nas duas valvas, o músculo retrator anterior localiza-se atras da cavidade umbonar. As gônadas são observadas espalhadas por toda a extensão do manto, com expansões sob a forma de ramificações que envolvem o trato digestivo. A observação da coloração indicou que os ovários variaram de translúcido, passando pelo branco gelo, seguindo-se de amarelo claro, amarelo ouro, amarelo caterpilar até marrom conhaque. De acordo com a variação da coloração ovariana, foi possível definir cinco estádios: estádio I com coloração translúcida ou branco gelo, II com coloração amarelo claro, III com coloração amarelo ouro e estádio IV com coloração amarelo caterpilar, onde microscopicamente o estádio I é caracterizado pela quase ausência de células germinativas, o II observa-se células germinativas aderidas a parede folicular com diâmetros diferentes, no III encontram-se células germinativas livres nos foliculos e no IV verifica-se uma grande quantidade de células livres no folículo. Ao longo do período de coleta, a salinidade teve algumas variações, tendo um aumento no mês de novembro de 2001 a qual foi de 41ppt e uma diminuição no mês de janeiro 2002, que foi de 1ppt, o oxigênio dissolvido na água teve poucas variações, tendo um aumento igual a 7,67mg/I no mês de agosto de 2001 e uma menor taxa no mês de janeiro de 2002 que foi de 3,6mg/I, a temperatura teve algumas variações durante os meses de coleta, destacando-se os meses de fevereiro de 2001 que teve temperatura mais alta de 30°C e abril de 2001 que teve a temperatura mais baixa que foi a igual a 26°C, a transparência variou muito ao em todo o período de coleta, no mês de dezembro de 2000 registrou-se a transparência mais alta que foi igual a 2,1m e a menor igual a 0,2 m foi observada em janeiro de 2002, o pH não teve muita variação, com exceção dos meses de fevereiro de 2001 que baixou para 5,23 e dezembro de 2001 que aumentou para 8,48. A proporção de fêmeas ao longo dos meses foi maior que a de machos com exceção do meses de agosto de 2001, março, maio e junho de 2002. Este trabalho permite concluir que a espécie apresenta quatro estádios gônadais em Fortim.
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Ao chegar, foram tomadas as medidas de altura medindo a maior dimensão do eixo perpendicular ao eixo do comprimento, que une as porções ventral e dorsal do animal e o comprimento medindo a maior dimensão do animal, correspondendo ao eixo que vai do umbo (porção terminal anterior) a linha que tangencia a extremidade posterior das valvas (em centímetro), utilizando um paquímetro de precisão de milésimos de centímetros. A seguir foi registrado o peso total e retirada toda a massa visceral para pesagem e posterior fixação. O material foi fixado em mistura de Bouin por 24 horas e após lavagens repetidas, transferido para álcool 70%. O processamento histológico foi feito usando uma série crescente de álcool (70% até 100%), diafanização em xilol, infiltração em parafina em estufa a 60°C e emblocamento. Cortes de 5um (em média) foram coradas em Hematoxilina e Eosina. Após isto foram feitas as análises histológicas. No que se refere aos resultados observados, A espécie estudada é facilmente reconhecida pela cor marrom escuro de suas valvas; a porção anterior da valva é circular, o umbo fica na parte posterior localizado nas duas valvas, o músculo retrator anterior localiza-se atras da cavidade umbonar. As gônadas são observadas espalhadas por toda a extensão do manto, com expansões sob a forma de ramificações que envolvem o trato digestivo. A observação da coloração indicou que os ovários variaram de translúcido, passando pelo branco gelo, seguindo-se de amarelo claro, amarelo ouro, amarelo caterpilar até marrom conhaque. De acordo com a variação da coloração ovariana, foi possível definir cinco estádios: estádio I com coloração translúcida ou branco gelo, II com coloração amarelo claro, III com coloração amarelo ouro e estádio IV com coloração amarelo caterpilar, onde microscopicamente o estádio I é caracterizado pela quase ausência de células germinativas, o II observa-se células germinativas aderidas a parede folicular com diâmetros diferentes, no III encontram-se células germinativas livres nos foliculos e no IV verifica-se uma grande quantidade de células livres no folículo. Ao longo do período de coleta, a salinidade teve algumas variações, tendo um aumento no mês de novembro de 2001 a qual foi de 41ppt e uma diminuição no mês de janeiro 2002, que foi de 1ppt, o oxigênio dissolvido na água teve poucas variações, tendo um aumento igual a 7,67mg/I no mês de agosto de 2001 e uma menor taxa no mês de janeiro de 2002 que foi de 3,6mg/I, a temperatura teve algumas variações durante os meses de coleta, destacando-se os meses de fevereiro de 2001 que teve temperatura mais alta de 30°C e abril de 2001 que teve a temperatura mais baixa que foi a igual a 26°C, a transparência variou muito ao em todo o período de coleta, no mês de dezembro de 2000 registrou-se a transparência mais alta que foi igual a 2,1m e a menor igual a 0,2 m foi observada em janeiro de 2002, o pH não teve muita variação, com exceção dos meses de fevereiro de 2001 que baixou para 5,23 e dezembro de 2001 que aumentou para 8,48. A proporção de fêmeas ao longo dos meses foi maior que a de machos com exceção do meses de agosto de 2001, março, maio e junho de 2002. Este trabalho permite concluir que a espécie apresenta quatro estádios gônadais em Fortim.Silva, José Roberto FeitosaRebouças, Ricardo Albuquerque2019-07-11T19:23:39Z2019-07-11T19:23:39Z2002info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfREBOUÇAS, Ricardo Albuquerque. Aspectos ovarianos do sururu, Mytella falcata (Orbigny, 1846) (Mollusca: Bivalvia), do estuário do rio Jaguaribe, em Fortim, Ceará. 2002. 39 f. 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