O jogo simbólico como mediador das relações entre crianças com e sem deficiência no contexto da sala de aula

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Figueiredo, Eliene Vieira
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Poulin, Jean-Robert, Figueiredo, Rita Vieira de, Fernandes, Anna Costa
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/33076
Resumo: Este texto analisa dados resultantes de um estudo sobre o jogo simbólico no contexto escolar. O objetivo da pesquisa era investigar as possibilidades de interação entre os alunos com e sem deficiência intelectual por meio do desenvolvimento de ateliês e do jogo simbólico. O estudo fundamentou-se na concepção sócio-construtivista de desenvolvimento e de aprendizagem, destacando as teorias de Vygotsky e Piaget. A metodologia se caracterizou por uma pesquisa do tipo colaborativa. Participou desse estudo uma professora e todos os alunos de uma turma de primeiro ano do ensino fundamental de uma escola municipal de Fortaleza. A motivação para a pesquisa partiu da professora que tinha o desafio de incluir dois alunos com deficiência intelectual em sua sala de aula. A análise inicial da situação da classe indicou a necessidade de mudanças profundas na gestão pedagógica da sala, o que elucidou a proposição dos ateliês e dos trabalhos com o jogo simbólico. Os resultados da pesquisa mostraram que a partir do desenvolvimento dessas estratégias didáticas implementadas em sala de aula a professora conquistou uma melhor gestão da classe, com maior domínio das regras de convivência da turma. Os dados indicaram ainda que o jogo simbólico favorece o desenvolvimento de atitudes de aceitação dos alunos com deficiência pelos colegas considerados normais na sala de aula, bem como favorece a autonomia, concentração, interação e participação de todos os alunos nas atividades escolares. Estes aspectos são de grande relevância para a inclusão escolar de alunos com deficiência intelectual. Destaca-se, portanto, a necessidade e a importância de se conceber a brincadeira de faz-de-conta como fonte inesgotável de prazer, socialização, criatividade e imaginação, por isso, merecedora de espaços e tempos significativos na rotina escolar das crianças.
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