Análise do líquido ejaculatório e sua relação com a eficácia do coito interrompido

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Evangelista, Danielle Rosa
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/7001
Resumo: O coito interrompido é um método de anticoncepção usado desde a antiguidade, por homens de todas as idades, credos e raças, perpetuando-se aos dias atuais. Apesar disto, dúvida quanto à presença de espermatozoides no líquido pré-ejaculatório, em quantidade e qualidade viáveis à fecundação, permanece como lacuna do conhecimento. Neste contexto, estabeleceu-se a tese: ausência de espermatozoides no líquido pré-ejaculatório de homens com espermograma normal contribui para eficácia do coito interrompido. Para sua defesa, realizou-se pesquisa transversal, laboratorial, com objetivo de analisar o método anticoncepcional coito interrompido nas perspectivas de prevalência do uso, percepções masculinas e prova laboratorial do líquido pré-ejaculatório. Foi realizado no Hospital Geral de Fortaleza (Hospital do Exército), Ceará, Brasil, com 43 homens, quantitativo máximo atingido no período delimitado para coleta de dados, junho a novembro de 2012. Os critérios de inclusão foram: idade mínima de 18 anos e laudo do espermograma normal. Realizou-se entrevista seguindo formulário pré-estabelecido. Após responderem à entrevista, os participantes eram exaustivamente orientados e preparados pela autora para coleta do líquido pré-ejaculatório e do sêmen. Os dados foram processados pelo Statistical Package for the Social Sciences versão 18.0 e analisados por meio de estatística descritiva e para comparação de médias foram utilizados os testes t de Student e de Mann-Whitney. As proporções entre a presença ou não de espermatozoides foram comparadas por meio do teste z para proporções. Para todas as análises, fixou-se como estatisticamente significante p<0,05. Falas de participantes foram tomadas para ilustrar pontos relevantes da discussão. A idade dos homens foi em média de 33,2±8,6; média de anos de estudo foi de 10,6±1,74 anos; 39 (90,7%) relataram companheira fixa; a renda mensal teve média de R$ 1789,50±1300,00; 31(72,1%) homens não tinham filhos; 37 (86,0%) não utilizavam métodos anticoncepcionais e 2 (4,7%) homens afirmaram uso do CI como método; 29 (67,4%) haviam praticado CI alguma vez; interromper o coito para ejacular fora da vagina foi o principal obstáculo apresentado pelos homens; predominou a crença da baixa eficácia do CI. Dos 43 (100%) participantes, 37 (86,0%) conseguiram coletar o sêmen e destes, todos tiveram o laudo do espermograma normal; 33 (89,1%) conseguiram coletar o líquido pré-ejaculatório e destes, apenas dois (6,0%) apresentaram raros espermatozoides no líquido pré-ejaculatório, sendo o tempo médio entre a última ejaculação e a coleta de espécimes de 4,24±3,07 dias. Aplicando-se o teste z de proporção e comparando a proporção dos que não apresentaram espermatozoides no líquido pré-ejaculatório (0,94) com os que apresentaram (0,06), pode-se afirmar que a presença de espermatozoides no líquido pré-ejaculatório, na amostra estudada, foi devido ao acaso (p<0,0001). Homens com espermograma normal não apresentam espermatozoides no líquido pré-ejaculatório. Mediante o exposto, confirma-se a tese de que a ausência de espermatozoides no líquido pré-ejaculatório de homens com espermograma normal contribui para eficácia do coito interrompido.
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