Potenciais polinizadores e requerimentos de polinização do gergelim (Sesamum indicum)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Andrade, Patricia Barreto de
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/19018
Resumo: O trabalho teve por objetivo estudar os requerimentos de polinização do gergelim (Sesamum indicum), assim como seus visitantes florais e os efeitos dos tipos de polinização na produção de frutos e qualidade de sementes. A pesquisa foi realizada em três localidades: no município de Sousa na Paraíba, com a variedade BRS SEDA, numa propriedade particular; no município de Barbalha no Ceará, com a variedade G2, em um campo experimental da Embrapa Algodão; e na Universidade Federal do Ceará (UFC) em Fortaleza, onde foram feitas as análises laboratoriais. As observações foram coletadas de dezembro de 2007 a fevereiro de 2008 em Sousa e de novembro de 2008 a janeiro de 2009 no município de Barbalha. O trabalho foi dividido em quatro etapas: 1 - diversidade e abundância dos visitantes florais no gergelim; 2 – comportamento de forrageamento dos visitantes florais; 3 - biologia floral, requerimentos de polinização e eficiência polinizadora de Apis mellifera com apenas uma visita e 4 - avaliação dos efeitos dos tipos de polinização na produção de frutos e na qualidade das sementes. Os experimentos foram montados em delineamento inteiramente casualizado e os dados analisados por meio de análise de variância com comparação de médias a posteriori pelo teste Tukey. Todos os visitantes observados foram da ordem Hymenoptera, sendo representados por três famílias diferentes: Apidae, Anthophoridae e Vespidae. As abelhas Apis mellifera e Trigona spinipes, em ambos os municípios, iniciaram a coleta de pólen junto à antese, às 7 horas, cessando às 11 horas. Após esse horário passaram somente a coletar néctar, cessando às 17 horas em Sousa e às 15 horas em Barbalha. Houve diferença significativa entre os tratamentos no número de frutos colhidos 30 dias após as polinizações, onde o maior número de frutos colhido foi observado na polinização livre e este tratamento apenas foi diferente da autopolinização manual. Com a polinização livre foi obtido o melhor resultado, tanto aos 5 dias, como aos 30, mesmo não sendo diferente da polinização manual cruzada. Os resultados deste trabalho mostram que não há carência de polinizadores e nem de déficit de polinização na área. Foi demonstrado que o gergelim é uma planta de polinização mista, pois os resultados deste experimento mostraram que ele pode produzir frutos sob qualquer um dos tipos de polinização testados. Suas flores são capazes de se autopolinizar, que não depende de agentes externos. As polinizações restritas com papel e restrita com filó apresentaram os frutos com sementes mais pesadas e uma maior quantidade delas dentro do fruto. Também não foram encontradas diferenças entre os tratamentos de polinização para a avaliação fisiológica das sementes. Conclui-se que as abelhas foram os visitantes florais mais abundantes e diversos, sendo a espécie Apis mellifera considerada uma potencial polinizadora, já que foi capaz de visitar as flores de gergelim para coleta legítima e ilegítima de néctar e pólen. A cultura do gergelim beneficia-se tanto da autopolinização quanto da polinização cruzada
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As observações foram coletadas de dezembro de 2007 a fevereiro de 2008 em Sousa e de novembro de 2008 a janeiro de 2009 no município de Barbalha. O trabalho foi dividido em quatro etapas: 1 - diversidade e abundância dos visitantes florais no gergelim; 2 – comportamento de forrageamento dos visitantes florais; 3 - biologia floral, requerimentos de polinização e eficiência polinizadora de Apis mellifera com apenas uma visita e 4 - avaliação dos efeitos dos tipos de polinização na produção de frutos e na qualidade das sementes. Os experimentos foram montados em delineamento inteiramente casualizado e os dados analisados por meio de análise de variância com comparação de médias a posteriori pelo teste Tukey. Todos os visitantes observados foram da ordem Hymenoptera, sendo representados por três famílias diferentes: Apidae, Anthophoridae e Vespidae. As abelhas Apis mellifera e Trigona spinipes, em ambos os municípios, iniciaram a coleta de pólen junto à antese, às 7 horas, cessando às 11 horas. Após esse horário passaram somente a coletar néctar, cessando às 17 horas em Sousa e às 15 horas em Barbalha. Houve diferença significativa entre os tratamentos no número de frutos colhidos 30 dias após as polinizações, onde o maior número de frutos colhido foi observado na polinização livre e este tratamento apenas foi diferente da autopolinização manual. Com a polinização livre foi obtido o melhor resultado, tanto aos 5 dias, como aos 30, mesmo não sendo diferente da polinização manual cruzada. Os resultados deste trabalho mostram que não há carência de polinizadores e nem de déficit de polinização na área. Foi demonstrado que o gergelim é uma planta de polinização mista, pois os resultados deste experimento mostraram que ele pode produzir frutos sob qualquer um dos tipos de polinização testados. Suas flores são capazes de se autopolinizar, que não depende de agentes externos. As polinizações restritas com papel e restrita com filó apresentaram os frutos com sementes mais pesadas e uma maior quantidade delas dentro do fruto. Também não foram encontradas diferenças entre os tratamentos de polinização para a avaliação fisiológica das sementes. Conclui-se que as abelhas foram os visitantes florais mais abundantes e diversos, sendo a espécie Apis mellifera considerada uma potencial polinizadora, já que foi capaz de visitar as flores de gergelim para coleta legítima e ilegítima de néctar e pólen. A cultura do gergelim beneficia-se tanto da autopolinização quanto da polinização cruzadaO trabalho teve por objetivo estudar os requerimentos de polinização do gergelim (Sesamum indicum), assim como seus visitantes florais e os efeitos dos tipos de polinização na produção de frutos e qualidade de sementes. A pesquisa foi realizada em três localidades: no município de Sousa na Paraíba, com a variedade BRS SEDA, numa propriedade particular; no município de Barbalha no Ceará, com a variedade G2, em um campo experimental da Embrapa Algodão; e na Universidade Federal do Ceará (UFC) em Fortaleza, onde foram feitas as análises laboratoriais. As observações foram coletadas de dezembro de 2007 a fevereiro de 2008 em Sousa e de novembro de 2008 a janeiro de 2009 no município de Barbalha. O trabalho foi dividido em quatro etapas: 1 - diversidade e abundância dos visitantes florais no gergelim; 2 – comportamento de forrageamento dos visitantes florais; 3 - biologia floral, requerimentos de polinização e eficiência polinizadora de Apis mellifera com apenas uma visita e 4 - avaliação dos efeitos dos tipos de polinização na produção de frutos e na qualidade das sementes. Os experimentos foram montados em delineamento inteiramente casualizado e os dados analisados por meio de análise de variância com comparação de médias a posteriori pelo teste Tukey. Todos os visitantes observados foram da ordem Hymenoptera, sendo representados por três famílias diferentes: Apidae, Anthophoridae e Vespidae. As abelhas Apis mellifera e Trigona spinipes, em ambos os municípios, iniciaram a coleta de pólen junto à antese, às 7 horas, cessando às 11 horas. Após esse horário passaram somente a coletar néctar, cessando às 17 horas em Sousa e às 15 horas em Barbalha. Houve diferença significativa entre os tratamentos no número de frutos colhidos 30 dias após as polinizações, onde o maior número de frutos colhido foi observado na polinização livre e este tratamento apenas foi diferente da autopolinização manual. Com a polinização livre foi obtido o melhor resultado, tanto aos 5 dias, como aos 30, mesmo não sendo diferente da polinização manual cruzada. Os resultados deste trabalho mostram que não há carência de polinizadores e nem de déficit de polinização na área. Foi demonstrado que o gergelim é uma planta de polinização mista, pois os resultados deste experimento mostraram que ele pode produzir frutos sob qualquer um dos tipos de polinização testados. Suas flores são capazes de se autopolinizar, que não depende de agentes externos. As polinizações restritas com papel e restrita com filó apresentaram os frutos com sementes mais pesadas e uma maior quantidade delas dentro do fruto. Também não foram encontradas diferenças entre os tratamentos de polinização para a avaliação fisiológica das sementes. Conclui-se que as abelhas foram os visitantes florais mais abundantes e diversos, sendo a espécie Apis mellifera considerada uma potencial polinizadora, já que foi capaz de visitar as flores de gergelim para coleta legítima e ilegítima de néctar e pólen. A cultura do gergelim beneficia-se tanto da autopolinização quanto da polinização cruzadaFreitas, Breno MagalhãesAndrade, Patricia Barreto de2016-08-09T15:42:07Z2016-08-09T15:42:07Z2009info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfANDRADE, Patricia Barreto de. 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