O capital e a relação de reciprocidade dialética com o estado: a produção destrutiva como necessidade à reprodução do sistema
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/45764 |
Resumo: | Nos dias atuais, a relação do capital com o Estado tem ficado mais estreita por conta da exigência de recorrentes auxílios às estratégias conduzidas com o objetivo de deslocar os antagonismos do sistema. Com base no tratado mészáriano sobre o Estado moderno e na sua elaboração acerca da dinâmica do capital na contemporaneidade, a investigação objetiva analisar, a partir da critica onto-marxista, a relação entre Estado e capital e o suporte dado pela sua estrutura de comando político a produção destrutiva, hoje vital para a reprodução do sistema. O Estado, como estrutura totalizadora de comando político do capital, tem a função de corrigir, dentro dos limites aceitáveis pelos imperativos do sistema, os antagonismos emanados pelas rupturas das partes que compõem o processo produtivo. Sob o quadro limitador de uma crise sistêmica, o capital cria novas formas de conter as barreiras com as quais se depara e encontra novas margens de expansão, por meio da adoção de uma forma extrema de desperdício que se baseia em uma relação qualitativamente diferente com o Estado moderno. Nesse contexto, essa estrutura corretiva atua como gastador/consumidor investindo astronômicas quantidades de recursos em uma produção que não é consumida. Na realidade, segundo Mészáros (2003; 2011), essa é uma das maiores inovações da produção militarista para a reprodução do capital, que extingue a distinção essencial entre consumo e destruição, tratando ambos como sendo práticas equivalentes. Em síntese, para Mészáros, enquanto predominar a relação entre os interesses dominantes e o Estado moderno e a consequente imposição dos seus interesses ao resto da humanidade não haverá grandes erupções e sim pequenos abalos, com frequência e intensidades crescentes nos diferentes países, indicando que as crises cíclicas serão substituídas por um movimento linear de crise constante, como já é possível perceber, colocando na ordem do dia a urgente necessidade de organização da ofensiva socialista. |
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