Avaliação de desempenho e autocrescimento: a sistemática de avaliação do pessoal técnico-administrativo da Universidade Federal do Ceará (UFC) na perspectiva dos gestores

• Autor(a) principal: Rodrigues, Maria do Socorro de Sousa
• Data de Publicação: 2003
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
• Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/53515
• topic: Avaliação de desempenho; Autocrescimento; Sistemática atual e gestão

Este trabalho investigou o processo de autocrescimento propiciado pela sistemática de avaliação de desempenho dos servidores técnico-administrativos na Universidade Federal do Ceará, sob a perspectiva dos gestores. Teve como objetivo avaliar a sistemática e desvelar os elementos propiciadores de autocrescimento presentes no processo, bem como identificar os impedimentos para tais propósitos. Fruto de uma pesquisa de abordagem quantitativa e qualitativa, utilizou-se os seguintes procedimentos: entrevista estruturada, questionários, conversas informais, estudo de documentos oficiais que embasaram a criação e implantação da referida sistemática e dos dados de pesquisa realizada em 2002 pela Instituição, da qual a pesquisadora participou ativa e intensamente. A amostra foi estratificada por áreas administrativas e acadêmicas dentro da universidade, compreendendo: área I, complexo hospitalar, área II centros e faculdades, e área Ill, pró-reitorias e órgãos suplementares. O objetivo dessa estratificação foi para identificar percepções diferenciadas ou comuns sobre o objeto de estudo entre as unidades. Os dados revelam pensamento comum sobre o objeto estudado entre as unidades administrativas pesquisadas, com poucas diferenças nas unidades acadêmicas. Identificam a possibilidade concreta da relação entre a avaliação de desempenho e o processo de autocrescimento e esclarecem os motivos pelos quais a sistemática atual não tem evidenciado tal relação. Apontam a ausência de política da gestão e de recursos humanos, de liderança com visão sistêmica, da falta de planejamento, acompanhamento e avaliação de programas e projetos, gerando cultura de descrença e omissão, além de ter revelado desconhecimento e consciência, do papel social da universidade e da responsabilidade, também social, dos servidores; tudo isso refletindo, preponderantemente, de forma negativa, na avaliação de desempenho, cujo corporativismo e paternalismo, inclusive do sindicato, apontado pelos gestores, têm gerado profundos equívocos quanto às reais responsabilidades (deveres) dos servidores para com a sociedade. Diante disso, considera-se a necessidade ímpar de se repensar a sistemática de avaliação de desempenho considerando-se especialmente a inobservância ao crescimento pessoal e profissional de todos. O comprometimento da gestão, de avaliados e avaliadores, poderá contribuir com o aumento da eficiência organizacional, nível de satisfação dos servidores, caminho de revitalização, retroalimentação e autocrescimento.