A(u)tos matutos de Ariano Suassuna e Aristófanes: – É possível? – Não sei. Só sei que foi assim!

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Francisco Jacson Martins
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/41886
Resumo: Por ser uma arte que permanece há tantos séculos, o teatro desperta curiosidade acerca de seus primórdios, existindo várias conjecturas e teorias sobre o surgimento da Comédia Antiga como ambiente extremamente propício à formação de duplos, presente no mito e no culto do deus do teatro, Dioniso, no qual as vozes, os gestos e as máscaras representam o duplo e são sobrepostas, como causa de equívocos e componentes centrais das invectivas pessoais ou intrigas, como observados em Acarnenses, de Aristófanes, no Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. Entretanto, há de se considerar, de início que alguns elementos responsáveis pelo riso na obra de Aristófanes, também encontra eco na literatura de Suassuna por apresentar uma tessitura textual atravessada pelas múltiplas vozes de suas personagens, constituindo-se em um fenômeno recorrente e natural que aponta para a tensão de uma crise profunda, denunciada pelo próprio poeta em seus discursos. A partir do estudo das correntes de alguns teóricos sobre o riso, como Huizinga, Pirandello, Bergson e Vladimir Propp, responderemos , por meio da literatura comparada a alguns questionamentos, como por exemplo, qual a importância da construção das personagens cômicas em Aristófanes para a representação do duplo poético e como essa criação se reflete na obra de Ariano Suassuna, sendo denunciadora das injustiças, a partir da cena cômica.
id UFC-7_868d730715841b82ee6df60964ac530c
oai_identifier_str oai:repositorio.ufc.br:riufc/41886
network_acronym_str UFC-7
network_name_str Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
repository_id_str
spelling A(u)tos matutos de Ariano Suassuna e Aristófanes: – É possível? – Não sei. Só sei que foi assim!Teatro - comédiaAuto matutoTeatro popularPor ser uma arte que permanece há tantos séculos, o teatro desperta curiosidade acerca de seus primórdios, existindo várias conjecturas e teorias sobre o surgimento da Comédia Antiga como ambiente extremamente propício à formação de duplos, presente no mito e no culto do deus do teatro, Dioniso, no qual as vozes, os gestos e as máscaras representam o duplo e são sobrepostas, como causa de equívocos e componentes centrais das invectivas pessoais ou intrigas, como observados em Acarnenses, de Aristófanes, no Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. Entretanto, há de se considerar, de início que alguns elementos responsáveis pelo riso na obra de Aristófanes, também encontra eco na literatura de Suassuna por apresentar uma tessitura textual atravessada pelas múltiplas vozes de suas personagens, constituindo-se em um fenômeno recorrente e natural que aponta para a tensão de uma crise profunda, denunciada pelo próprio poeta em seus discursos. A partir do estudo das correntes de alguns teóricos sobre o riso, como Huizinga, Pirandello, Bergson e Vladimir Propp, responderemos , por meio da literatura comparada a alguns questionamentos, como por exemplo, qual a importância da construção das personagens cômicas em Aristófanes para a representação do duplo poético e como essa criação se reflete na obra de Ariano Suassuna, sendo denunciadora das injustiças, a partir da cena cômica.Por ser un arte que permanece durante tantos siglos, el teatro despierta curiosidad acerca de sus primordios, existiendo varias conjeturas y teorías sobre el surgimiento de la Comedia Antigua como ambiente extremadamente propicio a la formación de dobles, presente en el mito y en el culto del dios del teatro, Dioniso, en el que las voces, los gestos y las máscaras representan el doble se superponen, como causa de equívocos y componentes centrales de las invectivas personales o intrigas, como observados en Acarnienses, de Aristófanes, en el Auto de la Compadecida, de Ariano Suassuna. Sin embargo, hay que considerar, de inicio que algunos elementos responsables de la risa en la obra de Aristófane, también encuentra eco en la literatura de Suassuna por presentar una tesitura textual atravesada por las múltiples voces de sus personajes, constituyéndose en un fenómeno recurrente y natural que apunta para la tensión de una crisis profunda, denunciada por el propio poeta en sus discursos. A partir del estudio de las corrientes de algunos teóricos sobre la risa, como Huizinga, Pirandello, Bergson y Vladimir Propp, responderemos, por medio de la Literatura Comparada a algunos cuestionamientos, como por ejemplo, cuál es la importancia de la construcción de los personajes cómicos en Aristófanes para la representación del doble poético y cómo esa creación se refleja en la obra de Ariano Suassuna, siendo denunciadora de las injusticias, a partir de la cena cómica.Pompeu, Ana Maria CésarVieira, Francisco Jacson Martins2019-05-22T15:00:38Z2019-05-22T15:00:38Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfVIEIRA, Francisco Jacson Martins. A(u)tos matutos de Ariano Suassuna e Aristófanes: – É possível? – Não sei. Só sei que foi assim!. 2019. 124f. - Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Ceará - Programa de Pós-graduação em Letras, Fortaleza (CE), 2019.http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/41886porreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)instname:Universidade Federal do Ceará (UFC)instacron:UFCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-11-19T12:43:19Zoai:repositorio.ufc.br:riufc/41886Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufc.br/ri-oai/requestbu@ufc.br || repositorio@ufc.bropendoar:2021-11-19T12:43:19Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Universidade Federal do Ceará (UFC)false
dc.title.none.fl_str_mv A(u)tos matutos de Ariano Suassuna e Aristófanes: – É possível? – Não sei. Só sei que foi assim!
title A(u)tos matutos de Ariano Suassuna e Aristófanes: – É possível? – Não sei. Só sei que foi assim!
spellingShingle A(u)tos matutos de Ariano Suassuna e Aristófanes: – É possível? – Não sei. Só sei que foi assim!
Vieira, Francisco Jacson Martins
Teatro - comédia
Auto matuto
Teatro popular
title_short A(u)tos matutos de Ariano Suassuna e Aristófanes: – É possível? – Não sei. Só sei que foi assim!
title_full A(u)tos matutos de Ariano Suassuna e Aristófanes: – É possível? – Não sei. Só sei que foi assim!
title_fullStr A(u)tos matutos de Ariano Suassuna e Aristófanes: – É possível? – Não sei. Só sei que foi assim!
title_full_unstemmed A(u)tos matutos de Ariano Suassuna e Aristófanes: – É possível? – Não sei. Só sei que foi assim!
title_sort A(u)tos matutos de Ariano Suassuna e Aristófanes: – É possível? – Não sei. Só sei que foi assim!
author Vieira, Francisco Jacson Martins
author_facet Vieira, Francisco Jacson Martins
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Pompeu, Ana Maria César
dc.contributor.author.fl_str_mv Vieira, Francisco Jacson Martins
dc.subject.por.fl_str_mv Teatro - comédia
Auto matuto
Teatro popular
topic Teatro - comédia
Auto matuto
Teatro popular
description Por ser uma arte que permanece há tantos séculos, o teatro desperta curiosidade acerca de seus primórdios, existindo várias conjecturas e teorias sobre o surgimento da Comédia Antiga como ambiente extremamente propício à formação de duplos, presente no mito e no culto do deus do teatro, Dioniso, no qual as vozes, os gestos e as máscaras representam o duplo e são sobrepostas, como causa de equívocos e componentes centrais das invectivas pessoais ou intrigas, como observados em Acarnenses, de Aristófanes, no Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. Entretanto, há de se considerar, de início que alguns elementos responsáveis pelo riso na obra de Aristófanes, também encontra eco na literatura de Suassuna por apresentar uma tessitura textual atravessada pelas múltiplas vozes de suas personagens, constituindo-se em um fenômeno recorrente e natural que aponta para a tensão de uma crise profunda, denunciada pelo próprio poeta em seus discursos. A partir do estudo das correntes de alguns teóricos sobre o riso, como Huizinga, Pirandello, Bergson e Vladimir Propp, responderemos , por meio da literatura comparada a alguns questionamentos, como por exemplo, qual a importância da construção das personagens cômicas em Aristófanes para a representação do duplo poético e como essa criação se reflete na obra de Ariano Suassuna, sendo denunciadora das injustiças, a partir da cena cômica.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-05-22T15:00:38Z
2019-05-22T15:00:38Z
2019
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv VIEIRA, Francisco Jacson Martins. A(u)tos matutos de Ariano Suassuna e Aristófanes: – É possível? – Não sei. Só sei que foi assim!. 2019. 124f. - Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Ceará - Programa de Pós-graduação em Letras, Fortaleza (CE), 2019.
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/41886
identifier_str_mv VIEIRA, Francisco Jacson Martins. A(u)tos matutos de Ariano Suassuna e Aristófanes: – É possível? – Não sei. Só sei que foi assim!. 2019. 124f. - Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Ceará - Programa de Pós-graduação em Letras, Fortaleza (CE), 2019.
url http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/41886
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
instname:Universidade Federal do Ceará (UFC)
instacron:UFC
instname_str Universidade Federal do Ceará (UFC)
instacron_str UFC
institution UFC
reponame_str Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
collection Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Universidade Federal do Ceará (UFC)
repository.mail.fl_str_mv bu@ufc.br || repositorio@ufc.br
_version_ 1809935807997280256