Ensaios sobre taxas de juros, inflação e produção
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/58774 |
Resumo: | A presente tese é constituída de três ensaios que buscam analisar, para o Brasil, a dinâmica das principais variáveis macroeconômicas: taxa de juros, inflação e produção. O primeiro ensaio tem como objetivo estimar o modelo de equilíbrio geral de preços, produtos e taxas de juros, proposto por Fuhrer (2017), que é estruturado na Curva de Phillips, Curva IS e Regra de Taylor. Para tal, utilizou-se as previsões do relatório Focus como proxy para as variáveis de expectativa sticky information e estimou-se os parâmetros por Mínimos Quadrados Ordinários (MQO), a partir de informações trimestrais entre o período de 2002-2018. Com base nos resultados, é possível inferir que as variáveis de previsões da pesquisa são adequadas para descrever a dinâmica das variáveis macroeconômicas. Nesse sentido, identificou-se o trade-off entre inflação e crescimento econômico e verificou-se que a condução da política monetária brasileira seguiu conforme uma regra de Taylor. No segundo ensaio, é investigada a existência de mudanças na condução da política monetária brasileira no período de 2002-2017, a partir de uma regra de Taylor, utilizando-se a metodologia Dynamic Model Averaging (DMA), em que o modelo de previsão da taxa de juros pode mudar ao longo do tempo, assim como os coeficientes da regra. As evidências encontradas sugerem que ocorreram mudanças na condução da política monetária brasileira. Entre 2002-2008, os formuladores de política monetária priorizaram a estabilização dos preços, no entanto esse cenário alterou-se com a crise internacional de 2008. Para o período entre 2008-2016, tem-se a trajetória da taxa de juros sendo, principalmente, influenciada pelo hiato do produto e a taxa de câmbio. Por fim, para o período posterior a 2016, as probabilidades de inclusão dos desvios da expectativa de inflação em relação a sua meta, do hiato do produto e da taxa de câmbio à regra normativa apresentaram, em média, valores superiores a 0,5. No terceiro capítulo, é estudado o “grande desvio”, que seria um período durante a maior parte da primeira década deste século, em que as taxas de política monetária apresentaram valores abaixo dos níveis implícitos de uma regra de Taylor, tanto para economias avançadas quanto para economias de mercados emergentes. Nesse sentido, empregando-se dados mensais de janeiro de 2002 a fevereiro de 2017, descreveu-se como a taxa de política monetária brasileira desviou-se de uma regra normativa e apresentou-se uma análise de como os comovimentos de política monetária de outros Bancos Centrais, utilizando-se medidas de variáveis fatores, podem ter afetado esses desvios. A partir dos resultados encontrados, pode-se sugerir que, a partir de 2004, os desvios de política monetária no Brasil foram influenciados pelos fatores regionais da Ásia, América Latina e do Norte. Por fim, com base nos resultados dos três ensaios, pode-se inferir que o arcabouço teórico da Regra de Taylor foi adequado para indicar a condução da política monetária brasileira, para o período analisado. Assim, nos momentos em que autoridade monetária nacional adotou taxas de política sistematicamente abaixo das taxas implícitas da regra, o resultado foi inflação. |
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