Policultivo de camarão marinho - tilápia do Nilo, na fazenda de carcinicultura Futura Aquicultura (Mossoró, RN)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Solano, Daniel de Paiva
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/47045
Resumo: Urna nova alternativa em recurso para viabilizar economicamente a fazenda Futura Aquicultura foi o policultivo de Litopenaeus vannamei com Oreochromis niloticus. A preparação dos viveiros foi feita com: oxidação da matéria orgânica por dez dias; desinfecção com 13,6 kg/ha (hipoclorito de cálcio); calagem com 385 kg/ha de cal hidratada; e aplicação de probi6tico (5,6 L de melaço mais 5,6 L de probi6tico e 96 L de água). 0 povoamento dos viveiros de policultivo foi feito de três diferentes formas: estocagem direta de pós-larvas de camarão e alevinos de tildpia; estocagem direta de pós-larvas de camarões e de juvenis de tildpias provenientes dos berçários; e estocagem de juvenis de camarões e de tildpias. A transferência de juvenis de camarões foi feita quando da necessidade de melhoria do crescimento dos camarões através de redução da densidade de estocagem. A transferência de peixes foi feita dos viveiros berçários para engorda quando atingiram aproximadamente 43 g. A alimentação consistiu na oferta de ração somente para peixes, restando aos camarões obtenção de alimento por ingestão de plâncton, dejetos e sobras da ração dos peixes. Abastecimento ocorreu entre As 21:30 h e As 06:00 h. Os parâmetros verificados foram: salinidade média de 21,05 ppt; oxigênio dissolvido variou entre 3,9 e 7,4; a transparência média foi de 24,05 cm; o pH médio diário variou entre 7,5 e 8,4; a temperatura média durante o dia foi de 29,74 °C e no período noturno foi de 27,0 °C. As despescas foram realizadas quando os peixes apresentaram peso médio final de 11,90 g para camarões e 783,33 g para peixes. As densidades corresponderam a: 12,81 camarões/m2 e 0,77 peixes/m2 no policultivo 1; 9,23 camarões/m2 e 1,15 peixes/m2 no policultivo 2; e de 9,62 camarões/m2 e 1,54 peixes/m2 no policultivo 3. As conversões alimentares foram: nulas de camarões; 1,32 de peixes do policultivo 1; 1,41 de peixes no policultivo 2; e de 1,66 de peixes no policultivo 3. As produtividades foram: 1.227 kg/ha/ano de camarões e 9.363,69 kg/ha/ano de peixes no policultivo 1; 924,18 kg/ha/ano de camarões e 6.650,93 kg/ha/ano de peixes no policultivo 2; 1943,45 kg/ha/ano de camarões e 6.364,38 kg/ha/ano de peixes no policultivo 3. A sobrevivência foi de: 93,00 % de camarões e de 76,80 % de peixes no policultivo 1; 68,66 % de camarões e de 51,17 % de peixes no policultivo 2; 63,76 % de camarões e 40,20 % de peixes no policultivo 3. Os cultivos tiveram duração média de 228 dias. Os pesos médios finais foram: 1000 g para peixes e 6,5g para camarões no policultivo 1; 700 g para peixes e 9,2 g para camarões no policultivo 2; 650 g para peixes e 20 g para camarões no policultivo 3. As rentabilidades foram: 20,14 % no policultivo 1; -2,51 % no policultivo 2 e de 35,94 % no policultivo 3. 0 sistema de policultivo proporciona melhor aproveitamento do espaço fisico dos viveiros e do alimento ofertado aos organismos cultivados. Os resultados econômicos confirmaram que o sistema de policultivo apresentou viabilidade técnica in loco.
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