Autoritarismo e violência nos romances de Machado de Assis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Holanda, Antonio Euclides Vega de Pitombeira e Nogueira
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Siqueira, Ana Marcia Alves
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
dARK ID: ark:/83112/0013000017b44
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/44844
Resumo: Trata-se da apresentação do projeto de doutorado em literatura comparada do PPGLetras- UFC, no qual se pretende relatar o escopo e as primeiras inquietações dele decorrentes. A pesquisa diz respeito ao estudo de elementos sociais presentes na estrutura dos romances machadianos. Autoritarismo e Violência são o escopo central da pesquisa. Esses elementos, segundo Jaime Ginzburg, precisam ser analisados para ser possível estudar os elementos nacionais que perpassam o sistema literário. As primeiras problemáticas surgidas dessa inquietação diz respeito ao elemento central da pesquisa: quais as definições adequadas para o estudo de categorias geralmente associadas à Sociologia dentro da estrutura do romance ficcional. A analise apenas dos temas e dos episódios faria desse estudo uma espécie de "estudo de caso" em que o processo mimético seria reduzido a um retrato. Portanto, faz-se necessário descobrir um método para transportar essas categorias para o estudo da obra. Candido e Castro Rocha sugerem métodos capazes de fazer essa migração, seja pela análise da estrutura do romance como formalmente reprodutora das catedorias, seja pelo estudo das relações lexicaias e pragmáticas remodeladas dentro do texto. O segundo problema, decorrente dessa questão, diz respeito à configuração do Autoritarismo e da Violência não apenas como traços nacionais, mas como elementos fundadores de uma identidade nacional. Nesse quesito, de antemão fica evidente que qualquer resposta é aberta, já que se torna impossível determinar um momento preciso em que o autoritarismo e a violência passaram a ser compreendidas como elementos nacionais. Pode-se, contudo, observar essa evolução no estudo cronológico da crítica. Por fim, resta saber se categorias sociológicas são configurantes de identidade nacional. Para resolver essa questão, a fundamentação de Buarque de Hollanda e de Schwarzt serão imprescindíveis, uma vez que mostram os elementos configurantes de um corpo nacional.
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