Processo de desidratação da polpa cítrica utilizada na alimentação de ruminantes como fonte de carboidratos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aguiar, Carlos Wellyson dos Santos
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Pereira, Emilayne Vital, Silva, Anna Kayllyny Oliveira, Azevedo, Denise Melo de, Barbosa, Juliana dos Santos Rodrigues, Pereira, Elzania Sales
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/64291
Resumo: Existe uma busca constante busca de ingredientes alternativos para compor as rações de animais ruminantes. Os ruminantes têm parte da sua alimentação complementada com concentrado, geralmente a base de milho e soja, que devido ao alto valor no mercado, elevam os custos de produção das dietas. A utilização de subprodutos agroindustriais pode substituir parcialmente ou completamente os concentrados, dentre os mesmos, a polpa cítrica, que (compreende o resíduo composto por cascas, sementes e polpa obtidas durante a extração do suco de laranja e limão). Polpa de citrus apresenta elevados teores de carboidratos solúveis e pectina, tem rápida degradação, porém, não altera o pH do rumem, minimizando acidose ruminal. Há duas formas do uso da polpa cítrica, in natura e desidratada. Embora com alto valor nutricional, polpa de citrus in natura possui uma rápida deterioração quando estocada, devido à umidade e dos carboidratos fermentáveis. Tais características somadas com as altas temperaturas e tempo prolongado de armazenamento promovem a proliferação de fungos. Assim torna-se interessante a desidratação, que pode ser obtida por meio de dois processos: o natural e o mecânico. O processo natural consiste na trituração da polpa, a qual é espalhada em um local plano. Após um período de 48h de exposição ao sol, alcança 90% de matéria seca. O processo mecânico consiste em prensagens, que reduzem a umidade a 65-75%, com posterior secagem a cerca de 100-116ºC, até que se obtenha 88-90% de MS possibilitando a peletização. Para reduzir a natureza hidrofílica da pectina, é adicionado hidróxido ou óxido de cálcio antes das prensagens, o que eleva os teores de cálcio, e resulta em algumas implicações nutricionais positivas. Portanto, a utilização da polpa cítrica desidratada, pelo processo natural, apresenta-se como alternativa viável já que contém um alto valor energético e reduz os custos com os processos de secagem.
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