A questão da afecção na crítica da razão pura
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/20113 |
Resumo: | Apesar da tese da afecção da faculdade sensitiva ser o ponto de partida da teoria dos objetos elaborada pelo filósofo alemão Immanuel Kant, na obra Crítica da razão pura, ela não se coaduna pacificamente com a antropomorfização do conhecimento: se por um lado o homem conhece apenas objetos subordinados ao formalismo de sua estrutura, por outro precisa da afecção por objetos independentes desse formalismo para obter objetos. Noutros termos: se ele conhece apenas os objetos que se submetem ao seu modo de conhecer (fenômenos), então não pode dizer que é afetado por coisas independentes desse modo cognoscitivo (coisas em si), pois são incognoscíveis. Esta pesquisa pretende analisar tanto os elementos puros que o sujeito possui aprioristicamente, quanto os elementos impuros que ele adquire a posteriori com o objetivo de demonstrar que embora o conhecimento humano legítimo esteja restrito a um composto de elementos puros e impuros (a experiência), ele exige o concurso de um terceiro elemento que é incognoscível: a coisa em si. O resultado obtido desse estudo é que o conhecimento humano se apresenta dependente da tese da afecção, a qual encontra-se numa situação problemática. Conclui-se, então, que mesmo o empreendimento kantiano sendo acusado de idealista, solipsista e de incidir em círculo, ele encontra-se na verdade circunscrito numa estrutura aporética: o homem não pode conhecer as coisas em si mesmas, mas necessita que elas afetem o aspecto sensível de sua estrutura para que a mesma possa ter objetos cognoscíveis. |
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A questão da afecção na crítica da razão puraThe issue of the condition in the critique of pure reasonRazãoFilosofia kantianaEpistemologiaApesar da tese da afecção da faculdade sensitiva ser o ponto de partida da teoria dos objetos elaborada pelo filósofo alemão Immanuel Kant, na obra Crítica da razão pura, ela não se coaduna pacificamente com a antropomorfização do conhecimento: se por um lado o homem conhece apenas objetos subordinados ao formalismo de sua estrutura, por outro precisa da afecção por objetos independentes desse formalismo para obter objetos. Noutros termos: se ele conhece apenas os objetos que se submetem ao seu modo de conhecer (fenômenos), então não pode dizer que é afetado por coisas independentes desse modo cognoscitivo (coisas em si), pois são incognoscíveis. Esta pesquisa pretende analisar tanto os elementos puros que o sujeito possui aprioristicamente, quanto os elementos impuros que ele adquire a posteriori com o objetivo de demonstrar que embora o conhecimento humano legítimo esteja restrito a um composto de elementos puros e impuros (a experiência), ele exige o concurso de um terceiro elemento que é incognoscível: a coisa em si. O resultado obtido desse estudo é que o conhecimento humano se apresenta dependente da tese da afecção, a qual encontra-se numa situação problemática. Conclui-se, então, que mesmo o empreendimento kantiano sendo acusado de idealista, solipsista e de incidir em círculo, ele encontra-se na verdade circunscrito numa estrutura aporética: o homem não pode conhecer as coisas em si mesmas, mas necessita que elas afetem o aspecto sensível de sua estrutura para que a mesma possa ter objetos cognoscíveis.Amora, Kleber CarneiroBraga, David Barroso2016-10-11T16:43:27Z2016-10-11T16:43:27Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfBRAGA, David Barroso. A questão da afecção na crítica da razão pura. 2016. 134 f. - Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Fortaleza (CE), 2016.http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/20113porreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)instname:Universidade Federal do Ceará (UFC)instacron:UFCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-07-01T19:35:03Zoai:repositorio.ufc.br:riufc/20113Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufc.br/ri-oai/requestbu@ufc.br || repositorio@ufc.bropendoar:2024-09-11T18:33:16.737355Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Universidade Federal do Ceará (UFC)false |
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