Vivendo à margem: os impactos da desigualdade social e da vulnerabilidade no desenvolvimento das crianças e adolescentes em situação de rua (Núcleo de Estudos Aplicados Direitos, Infância e Justiça - DA00.2013.PJ.0006)

• Autor(a) principal: Maciel, Mayara Antunes
• Data de Publicação: 2016
• Outros Autores: Freitas, Raquel Coelho de
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
• Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/58084
• topic: Menores de rua - Integração social; Crianças - Desenvolvimento; Iniquidade social; Vulnerabilidade social

Em 2011, uma pesquisa feita pelo Governo Federal em 75 grandes cidades do Brasil apontou que, à época, mais de 23 mil crianças e adolescentes se encontravam em situação de rua. Pouca coisa mudou de 2011 para cá, e o que se vê hoje nas grandes cidades ainda é uma realidade recorrente de crianças e jovens em situação de rua, muitas vezes envolvidas com drogas ou algum tipo de violência. O objetivo desse trabalho é fazer uma análise acerca dos impactos dessa situação de vulnerabilidade e desigualdade social no desenvolvimento das crianças e adolescentes que vivem nessa situação, abrangendo não apenas o desenvolvimento físico, mas também o psicológico e o social. A metodologia utilizada para o trabalho foi a pesquisa bibliográfica acerca do tema e entrevista com psicóloga da área. O público-alvo do trabalho em questão abrange a sociedade como um todo, visto que essa situação afeta a todos, mesmo que indiretamente. Mais especificamente, o foco deste trabalho são os agentes públicos e representantes de ONGs ou outras instituições sociais que possam elaborar projetos para, conjuntamente, tirar nossas crianças de tal situação de degradação e vulnerabilidade. Os resultados desse trabalho apontam para a necessidade de apoio e suporte que as crianças e adolescentes em situação de rua precisam para alcançar um desenvolvimento pleno e sem as barreiras da desigualdade social. A conclusão que temos é a de que precisamos falar sobre nossas crianças. Não podemos simplesmente ignorar a situação de penúria e degradação em que se encontram as crianças e jovens que vivem nas ruas. É preciso que toda a sociedade se mobilize para que essas crianças tenham seus direitos fundamentais garantidos, em consonância com a Declaração Universal dos Direitos da Criança, a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente.