Caracterização da construção e dos construtores de jangada e a evolução da frota no estado do Ceará

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Montenegro, Marildo Maciel
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
dARK ID: ark:/83112/001300001ngp1
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/39289
Resumo: O objetivo principal deste trabalho foi caracterizar a jangada no Estado do Ceará, fazer um levantamento dos construtores no litoral cearense e demonstrar os custos e materiais, tais como o tipo de madeira e ferramentas utilizadas, além de uma análise simplificada da evolução da frota de jangada e paquete no Estado do Ceará. No princípio quando os portugueses aportaram aqui no século XVI os silvícolas usavam embarcações de toras de madeira roliças juntas entre si, em número de cinco e medindo cerca de 7 metros de comprimento por 2 metros de largura. A embarcação tradicional chamada de jangada de pau, tinha casco formado por toros de piúba, armados longitudinalmente e fixados transversamente entre si por cavilhas com outras peças no convés com o banco de vela, de governo, espeque, mastro e vela. A jangada moderna feita de tábuas tem a forma achatada, mas, em verdade, são respeitadas as normas e condições da construção antiga, somente alterando o material do casco. No aspecto externo, tem a semelhança com a jangada de piúba. Na construção da jangada de tábua não foram preservadas as medidas de largura e comprimento em comparação à jangada de piúba, aprimorando no "talho e acabamento", tendo cerca de 1,60 a 1,80 metros de largura por 6 a 8 de comprimento total em média e três elementos a mais. No Ceará há ocorrência de três tipos de jangadas, a tradicional ocada com comprimento acima de 6 metros, o bote abaixo de 6 metros e o paquete. Carpinteiro é o nome vulgar que os pescadores no Ceará dão ao profissional com habilidade a construir uma jangada. Ao total, trinta e um contatos com os profissionais da carpintaria naval foram realizados em doze municípios ao longo do litoral do Ceará. Não foi possível obter dados sobre o tema em todas as praias, faltando oito, no total de vinte colônias. Foi apresentada uma relação dos principais construtores de jangada e paquete nas colônias do litoral cearense. Através dos dados fornecidos pelo ESTATPESCA referentes ao Estado do Ceará no período de 1999 a 2005, a frota de embarcações artesanais com a utilização da jangada e do paquete teve um crescimento significativo, com destaque para este último que dobrou de quantidade. Neste período, houve uma clara evolução do tamanho da frota pesqueira artesanal, com destaque na quantidade de paquete.
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