Comportamento alimentar de adolescentes escolares durante a pandemia de Covid-19 e sua relação com o apoio social.

• Autor(a) principal: SOUTO, Mayara Germana Oliveira.
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/24518
• topic: Nutrição humana; Alimentação - Adolescência; Avaliação nutricional; Comportamento alimentar; Comportamento alimentar - adolescência; Human nutrition; Food - Adolescence; Assessment nutritional; Feeding behavior; Feeding behavior - adolescence; Nutrición humana; Alimentación - Adolescencia; Evaluación nutricional; Comportamiento alimentario; Comportamiento alimentario - adolescencia; Nutrição

A Pandemia de COVID-19 trouxe importantes modificações para o estilo de vida da população, gerando interrupção da maneira como se realizavam as principais atividades do cotidiano de muitas pessoas. Na adolescência, o jovem está vivenciando um momento único, marcado pelo desenvolvimento de propriedades físicas, emocionais, cognitivas e sociais, desafios potencializados durante a pandemia, devido a suspensão das atividades escolares e das interações sociais presenciais nessa fase da vida. A influência dos pares torna-se essencial em muitos contextos durante essa fase, inclusive no comportamento alimentar do jovem, que pode se consolidar e estender-se até a vida adulta. O presente trabalho teve como objetivo analisar se o contexto da pandemia de Covid-19 influenciou no comportamento alimentar de adolescentes escolares, e se houve relação com o apoio social. O estudo é de natureza transversal e possui como sujeitos estudantes do ensino médio de uma escola estadual pública na cidade de Cuité - PB. Participaram da pesquisa 31 escolares com idade média de 15,77. Os resultados mostraram aumento na quantidade de adolescentes com dificuldade financeira durante a pandemia, passando de 9,7% para 38,7%. Esse aumento impactou no consumo alimentar dos jovens, assim como também no seu convívio social. Os participantes que relataram não possuir o hábito de realizar refeições com seus amigos e responsáveis durante a pandemia apresentaram uma maior frequência de consumo de alimentos in natura e menor frequência de consumo de alimentos ultraprocessados. Já aqueles que afirmaram realizar refeições com responsáveis e amigos durante a pandemia demonstraram maior consumo de alimentos ultraprocessados e menor consumo de alimentos in natura. Essas modificações podem estar relacionadas com o perfil emocional dos jovens e a questão financeira. Essas descobertas contribuem para desvendar os mecanismos pelos quais o impacto da pandemia afeta o consumo de alimentos, destacando o apoio social. Estudos futuros devem abordar o comportamento alimentar de adolescentes, concentrando-se em identificar e implementar estratégias para enfrentar a crise com o mínimo de sequelas possíveis.