Aspectos clínicos, diagnóstico, terapêutico e qualidade de vida de pacientes com artrite reumatoide.

• Autor(a) principal: SILVA, Daniele Rodrigues da.
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/8516
• topic: Artrite reumatoide; Reumatologia; Sinais e sintomas; Diagnóstico e tratamento; Rheumatoid arthritis; Rheumatology; Signals and symptons; Diagnosis and Treatment; Enfermagem.

A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune, inflamatória, sistêmica e crônica, que causa danos e lesões simétricas em estruturas articulares e extra-articulares como ossos e cartilagens. O objetivo desta pesquisa foi caracterizar o perfil sociodemográfico, clínico e a qualidade de vida de pacientes com AR. Trata-se de pesquisa observacional, documental, com delineamento transversal, de caráter descritivo e com abordagem quantitativa, desenvolvida no município de Cajazeiras/Paraíba. A amostra foi composta de 42 participantes atendidos em uma clínica particular na cidade de Cajazeiras- PB, entre os anos de 2014 a 2018 e que atenderam aos critérios de seleção. A coleta de dados ocorreu nos meses de agosto a dezembro de 2018 por meio de dois questionários, um semiestruturado sobre o perfil sociodemográfico e clínico e outro, SF-36, que avaliou a qualidade de vida (QV). Os dados foram analisados por estatística descritiva, utilizando ferramentas do excel versão 2013. A pesquisa respeitou a Resolução Nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, que regulamenta a pesquisa com seres humanos. Identificou-se no estudo que a maioria era do sexo feminino, 37 (88,1%); na faixa etária de 60-70 anos, 15 indivíduos (35,7%); e 21 (50,0%) dos entrevistados declarou-se parda. A dor articular foi o sintoma relatado por todos os participantes; seguido da rigidez articular matinal (66,7%) e edema (59,5%). Os testes laboratoriais mais utilizados para o diagnóstico da AR foram o fator reumatoide (82,1%), proteína C reativa (69,2%) e anti- peptídeo citrulinado cíclico (64,1%). Os participantes (60%) realizavam tratamento medicamentoso associado ao não medicamentoso, principalmente fisioterapia (36%). Todos os pacientes fizeram uso das classes DMCD sintéticas, seguidas dos glicocorticoides (93%) e AINEs (86%). A prednisona foi o fármaco mais frequentemente (95,2%) preconizado no tratamento da AR, depois os AINEs (85,7%), e o metotrexato (83,3%). Verificou-se que a AR causa impacto negativo em diversos domínios da QV, destacando-se a limitação por aspecto físico, na qual obteve-se a menor média de pontuação (35,8) e foi classificada pela maioria dos participantes, 11 (36,7%), como sendo ruim. Portanto, a pesquisa proporcionou uma visão geral sobre os aspectos clínicos, diagnóstico, terapêutico e de QV de pacientes com AR. O tratamento desses pacientes seguiu o protocolo preconizado pelo ministério da saúde e as limitações por aspectos físicos, causado pela doença, impactaram mais a QV do que a dor referida pelos pacientes. Devido à complexidade da AR é fundamental um acompanhamento completo do estado de saúde dos pacientes, uma vez que a AR causa restrições físicas, afeta a capacidade funcional e pode levar ao abandono do trabalho em idade produtiva. Desta forma sugere-se criação de protocolos terapêuticos que abordem a atividade física, o acompanhamento psicológico e a introdução da avaliação da QV na rotina de acompanhamento desses pacientes.