Uso da ultrassonografia na artrite reumatoide e fibromialgia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Viola, Patrícia Pacheco
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/184507
Resumo: A fibromialgia é uma doença com grande prevalência em pacientes com artrite reumatoide e é um fator de confusão na avaliação da atividade da artrite. O principal objetivo desse estudo é avaliar o ultrassom (US) como um método de avaliação de atividade de artrite reumatoide (AR) em pacientes com e sem fibromialgia (FM). Este é um estudo transversal retrospectivo de 2010 a 2015 em pacientes do ambulatório de reumatologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Dois grupos foram comparados: pacientes com AR, com e sem FM. Foram avaliadas o escore de atividade da doença em 28 articulações (DAS28), o índice de atividade de doença (CDAI), e a atividade vista por ultrassom; suas correlações e influências na conduta do médico em relação ao tratamento. As análises de especificidade e de sensibilidade foram vistas considerando-se o US como padrão ouro. Setenta e sete pacientes foram analisados em 117 visitas no total. A prevalência de FM foi de 18,2%. Pacientes com FM apresentaram idade média maior na data do exame de ultrassom (66,0; 32-83 anos). A maioria do grupo FM era mulher, caucasiana, com <8 anos de escolaridade e casada. A concordância de DAS28, CDAI com US, não apresentou significância em ambos os grupos, respectivamente, (AR, p=0,179 e p=0,238; AR+FM, p=0,107 e p=0,114). A correlação entre DAS28 e CDAI foi estatisticamente significante em ambos os grupos (p<0,00). DAS28 e CDAI mostraram ser menos sensível e específico para o grupo com FM. Não houve associação significativa entre os índices clínicos e o ultrassom, nem houve influência de atividade na conduta do tratamento. Entretanto, foi visto que os índices clínicos apresentam baixa especificidade em avaliar a atividade da doença em pacientes com FM, podendo levar ao tratamento inadequado da AR nesses pacientes. Porém, mais estudos são necessários visando-se um tamanho amostral mais significativo.
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