Gerenciamento ambiental: ocorrência de resíduos de quimioterápicos no efluente do Hospital Universitário da UFSM.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33497 |
Resumo: | No campus de uma universidade são desenvolvidas atividades que podem gerar os mais variados tipos de resíduos. Dentre eles, os mais comuns, como restos de alimentos e recicláveis, até aqueles que exigem manejo mais complexo, tais como resíduos químicos e infectantes, nos quais se incluem os efluentes de serviços médicos. Efluentes hospitalares correspondem a uma fração considerável dos diversos tipos de esgotos e águas residuárias, de impacto ambiental (BOILLOT et al., 2008; KÜMMERER et al., 1998; VERLICCHI et al., 2010). Nos últimos anos, os efluentes hospitalares têm sido objeto de pesquisas em vários países (MAYER, 2013), uma vez que constituídos por uma variedade de substâncias químicas de caráter persistente, representados por misturas complexas de matéria orgânica, detergentes, surfactantes, antibióticos, antissépticos, solventes, medicamentos e substâncias radioativas, normalmente descartadas, sem prévio tratamento, nas redes de esgotos municipais ou diretamente em mananciais (GAUTAM et al., 2007; KOVALOVA et al., 2013; KÜMMERER, 2001; STIEBER et al., 2011; VERLICCHI et al., 2010). Os produtos farmacêuticos de uso hospitalar exclusivo são considerados de maior risco, comparado a outros medicamentos, quanto ao seu efeito sobre o meio aquático. Dentre as diversas classes, os quimioterápicos estão entre os com maior potencial de danos devido a seu potencial citotoxicidade, genotoxicidade, mutagenicidade e teratogenicidade. Por sua ação como disruptor endócrino supõe-se que os antineoplásicos provocam danos à vida humana e à natureza, já em baixas doses (MULLOT et al., 2009). O uso crescente destes na terapia do câncer é um problema emergente em pesquisa ambiental. As tendências de consumo influenciam diretamente os níveis de contaminação ambiental com antineoplásicos, particularmente, no ambiente aquático (MAHNIK et al., 2007). No ano de 2015, a média aproximada de consumo de água no HUSM foi de 1,18 m3 leito-1 dia-1 e o lançamento de efluente era de fluxo médio de cerca de 190 m3 dia-1. O HUSM está localizado na porção intermediária de uma bacia hidrográfica que constitui uma das nascentes do Rio Vacacaí-Mirim. No total, são dez quilômetros quadrados que compõem a área da bacia, sendo que 65% dela é ocupada pelo campus universitário. O efluente gerado pelo HUSM tem sido investigado pelo Laboratório de Pesquisa em Tratamento de Efluentes e Resíduos (LATER) nos últimos anos. Neste estudo, objetiva-se determinar quatro drogas quimioterápicas (Daunorrubicina, Doxorrubicina, Epirrubicina e Irinotecano) no efluente do HUSM, utilizando-se extração em fase sólida (SPE) e cromatografia líquida (HPLC-FLD), aplicando-se avaliação preliminar o risco ecotoxicológico decorrente. |
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Gerenciamento ambiental: ocorrência de resíduos de quimioterápicos no efluente do Hospital Universitário da UFSM.Environmental management: occurrence of chemotherapy residues in the effluent of the UFSM University Hospital.Gerenciamento ambientalResíduos quimioterápicos - efluente hospitalarHospital Universitário de Santa Maria - RSEfluentes hospitalaresEnvironmental managementChemotherapy waste - hospital effluentSanta Maria University Hospital - RSHospital effluentsEcologia.No campus de uma universidade são desenvolvidas atividades que podem gerar os mais variados tipos de resíduos. Dentre eles, os mais comuns, como restos de alimentos e recicláveis, até aqueles que exigem manejo mais complexo, tais como resíduos químicos e infectantes, nos quais se incluem os efluentes de serviços médicos. Efluentes hospitalares correspondem a uma fração considerável dos diversos tipos de esgotos e águas residuárias, de impacto ambiental (BOILLOT et al., 2008; KÜMMERER et al., 1998; VERLICCHI et al., 2010). Nos últimos anos, os efluentes hospitalares têm sido objeto de pesquisas em vários países (MAYER, 2013), uma vez que constituídos por uma variedade de substâncias químicas de caráter persistente, representados por misturas complexas de matéria orgânica, detergentes, surfactantes, antibióticos, antissépticos, solventes, medicamentos e substâncias radioativas, normalmente descartadas, sem prévio tratamento, nas redes de esgotos municipais ou diretamente em mananciais (GAUTAM et al., 2007; KOVALOVA et al., 2013; KÜMMERER, 2001; STIEBER et al., 2011; VERLICCHI et al., 2010). Os produtos farmacêuticos de uso hospitalar exclusivo são considerados de maior risco, comparado a outros medicamentos, quanto ao seu efeito sobre o meio aquático. Dentre as diversas classes, os quimioterápicos estão entre os com maior potencial de danos devido a seu potencial citotoxicidade, genotoxicidade, mutagenicidade e teratogenicidade. Por sua ação como disruptor endócrino supõe-se que os antineoplásicos provocam danos à vida humana e à natureza, já em baixas doses (MULLOT et al., 2009). O uso crescente destes na terapia do câncer é um problema emergente em pesquisa ambiental. As tendências de consumo influenciam diretamente os níveis de contaminação ambiental com antineoplásicos, particularmente, no ambiente aquático (MAHNIK et al., 2007). No ano de 2015, a média aproximada de consumo de água no HUSM foi de 1,18 m3 leito-1 dia-1 e o lançamento de efluente era de fluxo médio de cerca de 190 m3 dia-1. O HUSM está localizado na porção intermediária de uma bacia hidrográfica que constitui uma das nascentes do Rio Vacacaí-Mirim. No total, são dez quilômetros quadrados que compõem a área da bacia, sendo que 65% dela é ocupada pelo campus universitário. O efluente gerado pelo HUSM tem sido investigado pelo Laboratório de Pesquisa em Tratamento de Efluentes e Resíduos (LATER) nos últimos anos. Neste estudo, objetiva-se determinar quatro drogas quimioterápicas (Daunorrubicina, Doxorrubicina, Epirrubicina e Irinotecano) no efluente do HUSM, utilizando-se extração em fase sólida (SPE) e cromatografia líquida (HPLC-FLD), aplicando-se avaliação preliminar o risco ecotoxicológico decorrente.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilUFCG20182023-12-07T20:23:37Z2023-12-072023-12-07T20:23:37Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33497SOUZA, Darliana Mello; REICHERT, Jaqueline Fabiane; GONÇALVES, Juliana Almeida; MARTINS, Ayrton Figueiredo. Gerenciamento ambiental: ocorrência de resíduos de quimioterápicos no efluente do Hospital Universitário da UFSM. In: CIRNE, Luiza Eugênia da Mota Rocha et al. Campina Gestão integrada de resíduos: universidade e comunidade. Grande - PB: EPGRAF, 2018. v.2. (Coletânea de publicações do 8th International Symposium on Residue Management in Universities). ISBN: 978-85-60307-30-2. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33497porSOUZA, Darliana Mello.REICHERT, Jaqueline Fabiane.GONÇALVES, Juliana Almeida.MARTINS, Ayrton Figueiredo.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2023-12-07T20:24:00Zoai:localhost:riufcg/33497Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512023-12-07T20:24Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false |
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