Perfil dos usuários crônicos de benzodiazepínicos na atenção básica: uma revisão integrativa.

• Autor(a) principal: ARAÚJO, Italo Rhaniery Meireles.
• Data de Publicação: 2015
• Outros Autores: OLIVEIRA FILHO, Francisco das Chagas., ALVES, Rosivan Maia.
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7752
• topic: Medicamentos sedativos – usuários crônicos.; Benzodiazepínicos - usuários; Usuários de benzodiazepínicos – atenção básica; Sedative Medications - Chronic Users; Benzodiazepines - Users; Benzodiazepine Users - Primary Care; Medicina.

A prescrição indiscriminada de psicotrópicos resulta na utilização destas drogas em 10%, por ano, da população adulta brasileira, sendo os Benzodiazepínicos os principais representantes, estes também estão entre os fármacos mais prescritos no mundo. O uso dos Benzodiazepínicos vem crescendo na população brasileira de maneira inadequada desde o seu surgimento, figurando na atualidade, como um dos medicamentos mais usados no tratamento da insônia e ansiedade, caracterizando um problema de saúde pública. Este trabalho objetiva identificar quais as características do grupo populacional que faz uso dos Benzodiazepínicos e quais fatores são predisponentes ao uso crônico. Optou-se pelo método de revisão integrativa de literatura. A pesquisa foi realizada nas bases de dados Scielo, PubMed e LILACS utilizando-se os descritores benzodiazepines AND (chronic OR dependence) nos últimos 10 anos (2004 – 2014). Os resultados, depois de aplicados os critérios de exclusão e inclusão, foram abstraídos da leitura crítica e minuciosa de 08 artigos, seguidos de organização em quadros sinópticos dos dados obtidos. As evidências foram sintetizadas e apontaram a população feminina, inativa, de baixo poder aquisitivo e que já fizeram uso de alguma substância de abuso, como a mais suscetível ao uso crônico de Benzodiazepínicos, indicados fundamentalmente como ansiolíticos, tendo como principais prescritores médicos generalistas. Os estudos utilizados apresentaram bom nível de evidência de acordo com a prática baseada em evidências e tiveram amostras representativas. No entanto, devido à limitação dos estudos ao acesso a populações mais heterogêneas, de diferentes classes sociais e à falta de padronização diagnóstica da dependência farmacológica, faz-se necessário um maior número de estudos controlados e padronizados para uma melhor definição do grupo populacional mais vulnerável.