Os franceses da borborema: práticas culturais entre os intelectuais campinenses (1907-1937).

• Autor(a) principal: GAUDÊNCIO, Bruno Rafael de Albuquerque.
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/36910
• topic: Intelectuais de Campina Grande - PB - influência francesa; Influência francesa - intelectualidade campinense 1907-1937; Campina Grande - PB - influência francesa; Franceses da Borborema - Campina Grande - PB; Cultura francesa - Campina Grande - PB; Brasil e França - relações; Letrados de Campina Grande - PB - influência francesa; Intellectuals from Campina Grande - PB - French influence; French influence - Campina Grande intellectuals 1907-1937; Campina Grande - PB - French influence; French people from Borborema - Campina Grande - PB; French culture - Campina Grande - PB; Brazil and France - relations; Scholars from Campina Grande - PB - French influence; História.

O objetivo desta comunicação será investigar as aquisições e os usos dos traços e valores culturais de procedência francesa nas práticas literárias dos intelectuais de Campina Grande entre os anos 1907 e 1937, compreendendo as condições que possibilitaram a ressonância do modelo francês de civilização entre os literatos locais, relacionando Campina Grande com a sua principal área de influência, do qual o modelo estrangeiro também se fez sentir, o Recife. Tal abordagem partirá das análises das atuações de alguns intelectuais campinenses na delimitação temporal referida. Entretanto, a abordagem não privilegiou apenas o grupo social dos letrados locais envolvidos nas áreas da educação e da literatura e da imprensa, abordando também as configurações da influência francesa em outras esperas do mundo social, como a habitação e a arquitetura, também presentes no cotidiano da cidade campinense. O uso do termo influência deve ser compreendido não no sentido “impositivo”, ou seja, como se a cultura francesa se sobressaísse como superior à cultura campinense, havendo uma absorção passiva dos hábitos não apenas literários, mas também estéticos e tecnológicos. Para Certeau (2008) o consumo tanto material como simbólico envolve uma criatividade nos usos e nas práticas culturais. Portanto, devemos pensar que a influência francesa, seja na filosofia, na arquitetura ou na literatura entre os intelectuais campinenses tiveram as suas especificidades, as suas interferências no uso cotidiano.