Medicalização infantil em consulta de saúde: sinônimo de qualidade e satisfação?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: JÁCOME, Marlene Laís Rodrigues.
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/15981
Resumo: O medicamento possui inerentemente um significado simbólico, que expõe o anseio de alterar o decorrer natural da doença. A utilização de medicamentos sem prescrição em pediatria é perigosa e pode trazer grandes consequências, desta forma, a consulta profissional é essencial para avaliação da criança e suas necessidades de saúde, não sendo necessariamente a prescrição de medicamentos um padrão irretocável; todavia é inegável que profissionais de saúde possam ser influenciados pelas expectativas dos pais e próprias crianças com relação à prescrição de medicamentos. O trabalho tem como objetivo analisar a percepção de mães e profissionais no tocante a satisfação da consulta de saúde da criança, condicionada à prescrição de medicamentos. Trata-se de uma pesquisa com método dedutivo, explicativo, caráter qualiquantitativo e de campo, foi realizada em 02 Unidades Básicas de Saúde da família – UBSF na cidade de Campina Grande - PB, a população foi composta pelos responsáveis por crianças com até 12 anos, assim como, médicos e enfermeiros que atendem crianças, os instrumentos da coleta de dados foram dois questionários, e o método escolhido para a discussão e inferência dos dados foi a análise categorial temática de Bardin. Mediante análise dos resultados, emergiram algumas categorias para discussão, como a medicalização das crianças sem a devida indicação, na qual a maior parte dos pais/responsáveis afirmou que já medicaram seus filhos sem orientação de um profissional capacitado; em relação a satisfação da consulta através da terapêutica sem fármacos, a metade dos entrevistados ficariam satisfeitos; grande parte dos profissionais já foram pressionados a prescrever, e uma pequena quantidade de responsáveis assumiram já terem exigidos prescrição de fármacos. Foi possível perceber que os profissionais não atuam por influência dos clientes, e os pais/responsáveis possuem discernimento a respeito do objetivo da consulta de saúde da criança, não havendo a mesma proporção com relação à aceitação de uma terapêutica não farmacológica.
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spelling Medicalização infantil em consulta de saúde: sinônimo de qualidade e satisfação?Child medicalization in health consultation: synonymous with quality and satisfaction?Medicalización del niño en la consulta de salud: ¿sinónimo de calidad y satisfacción?Medicalização infantilPrescrição de medicamentos - criançasEstudo de percepção - mãesAnálise de conteúdo - BardinMedicamentos sem prescriçãoTerapêutica não farmacológicaChild medicalizationMedicalización infantilMedicamentos recetados - niñosPrescription drugs - childrenOver the counter medicationsMedicamentos de venta libreTerapia no farmacológicaTerapia no farmacológicaEnfermagem.O medicamento possui inerentemente um significado simbólico, que expõe o anseio de alterar o decorrer natural da doença. A utilização de medicamentos sem prescrição em pediatria é perigosa e pode trazer grandes consequências, desta forma, a consulta profissional é essencial para avaliação da criança e suas necessidades de saúde, não sendo necessariamente a prescrição de medicamentos um padrão irretocável; todavia é inegável que profissionais de saúde possam ser influenciados pelas expectativas dos pais e próprias crianças com relação à prescrição de medicamentos. O trabalho tem como objetivo analisar a percepção de mães e profissionais no tocante a satisfação da consulta de saúde da criança, condicionada à prescrição de medicamentos. Trata-se de uma pesquisa com método dedutivo, explicativo, caráter qualiquantitativo e de campo, foi realizada em 02 Unidades Básicas de Saúde da família – UBSF na cidade de Campina Grande - PB, a população foi composta pelos responsáveis por crianças com até 12 anos, assim como, médicos e enfermeiros que atendem crianças, os instrumentos da coleta de dados foram dois questionários, e o método escolhido para a discussão e inferência dos dados foi a análise categorial temática de Bardin. Mediante análise dos resultados, emergiram algumas categorias para discussão, como a medicalização das crianças sem a devida indicação, na qual a maior parte dos pais/responsáveis afirmou que já medicaram seus filhos sem orientação de um profissional capacitado; em relação a satisfação da consulta através da terapêutica sem fármacos, a metade dos entrevistados ficariam satisfeitos; grande parte dos profissionais já foram pressionados a prescrever, e uma pequena quantidade de responsáveis assumiram já terem exigidos prescrição de fármacos. Foi possível perceber que os profissionais não atuam por influência dos clientes, e os pais/responsáveis possuem discernimento a respeito do objetivo da consulta de saúde da criança, não havendo a mesma proporção com relação à aceitação de uma terapêutica não farmacológica.The drug has a symbolic meaning, which exposes the yearning to change the natural course of the disease. The use of non-prescription medicines in pediatrics is dangerous and can bring consequences, thus, professional consultation is essential for the evaluation of the child and his/her health needs, and medication prescription is not necessarily an irredeemable standard; however, it is undeniable that health professionals can be influenced by the expectations of parents and children themselves regarding prescription of drugs. This study aims to analyze the perception of mothers and professionals regarding the satisfaction of the child's health consultation, conditioned to drug’s prescription. It is a research with deductive method, explanatory, qualitative and quantitative and field character, was carried out in two Basic Units of Health of the Family - UBSF in Campina Grande – PB, the population was composed of those responsible for children up to 12 years old, as well as, doctors and nurses who attend children, the instruments of data collection were two questionnaires, and the method chosen for the discussion and inference of the data was the thematic categorical analysis of Bardin. By analyzing the results, some categories emerged for discussion, such as the medicalization of children without a proper indication, in which most parents/guardians stated that they have medicalized their children without the guidance of a trained professional; in relation to the satisfaction of the consultation through drug-free therapy, half of the interviewees would be satisfied; most of the professionals have already been pressured to prescribe, and a small number of those responsible have already taken prescription drugs. It was possible to perceive that the professionals do not act under the influence of the clients, and the parents/guardians have a discernment regarding the objective of the child's health consultation, not having the same proportion with respect to the acceptance of a drug-free therapy.La medicina tiene inherentemente un significado simbólico, que expone el deseo de cambiar el curso natural de la enfermedad. El uso de medicamentos de venta libre en pediatría es peligroso y puede tener consecuencias importantes, por lo que la consulta profesional es fundamental para evaluación del niño y sus necesidades de salud, no necesariamente la prescripción de medicamentos un estándar irreprochable; sin embargo, es innegable que los profesionales de la salud pueden ser influida por las expectativas de los padres y de los propios niños en cuanto a la prescripción de medicamentos. El objetivo de este trabajo es analizar la percepción de las madres y profesionales de la en cuanto a la satisfacción de la consulta de salud del niño, condicionada a la prescripción de medicamentos. Se trata de una investigación con método deductivo, explicativo, de carácter cualitativo y cuantitativo y campo, fue realizado en 02 Unidades Básicas de Salud de la Familia - UBSF en la ciudad de Campina Grande - PB, la población estuvo compuesta por los responsables de niños hasta 12 años, así como como médicos y enfermeras que atienden a niños, los instrumentos de recolección de datos fueron dos cuestionarios, y el método elegido para la discusión e inferencia de los datos fue el análisis Categoría temática de Bardin. A través del análisis de los resultados, surgieron algunas categorías de discusión, como la medicalización de los niños sin indicación adecuada, en la que la mayoría de los padres/tutores declararon que ya habían medicado a sus hijos sin la orientación de un profesional empoderado; sobre la satisfacción de la consulta a través de la terapia libre de drogas, la mitad de los encuestados estaría satisfecho; la mayoría de los profesionales ya han sido presionados para prescribir, y un pequeño número de tutores asumieron que ya habían requerido prescripción de drogas Fue posible percibir que los profesionales no actúan bajo la influencia de los clientes, y la los padres/tutores tienen discernimiento sobre el propósito de la consulta de salud del niño, no teniendo la misma proporción en relación a la aceptación de una terapia no farmacológica.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBSUFCGALMEIDA, Jank Landy Simôa.ALMEIDA, J. L. S.http://lattes.cnpq.br/6268884522499962SILVA, Brenda Séphora de Brito Monteiro e.MORAIS, Gilvânia Smith da Nóbrega.JÁCOME, Marlene Laís Rodrigues.2017-12-182020-10-07T18:01:16Z2020-10-072020-10-07T18:01:16Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/15981JÁCOME, Marlene Laís Rodrigues. Medicalização infantil em consulta de saúde: sinônimo de qualidade e satisfação? 2017. 49f. (Trabalho de Conclusão de Curso), Curso de Bacharelado em Enfermagem, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Campina Grande, Campus Campina Grande - Paraíba - Brasil, 2017. 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