Autoria feminina e o texto escrito para o palco: editar é preciso, ler também.

• Autor(a) principal: ANDRADE, Valéria.
• Data de Publicação: 2010
• Outros Autores: GOMES, André Luís
• Tipo de documento: Capítulo de livro
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/37228
• topic: Autoria feminina - teatro; Dramaturgia feminina; Mulheres dramaturgas; Dramaturgia e mulheres; Dramaturgia - autoria feminina; Teatro - texto escrito - mulheres; Não lugar - autoria feminina - teatro; Teatro brasileiro - autoria feminina; Escritoras - teatro; Autoras de teatro; Maria Ribeiro - Dramaturga; Dramaturgia brasileira; Female authorship - theater; Female dramaturgy; Women playwrights; Dramaturgy and women; Dramaturgy - female authorship; Theater - written text - women; Não lugar - female authorship - theater; Brazilian theater - female authorship; Women writers - theater; Theater authors; Maria Ribeiro - Playwright; Brazilian dramaturgy; Literatura.

Não há qualquer novidade em se afirmar que no Brasil o texto escrito para teatro ocupa, desde os tempos coloniais, um lugar menor no cânone literário. Em se tratando da autoria feminina, pode-se até falar de um não lugar, em razão do qual a existência desse texto se constrói numa espécie de clandestinidade, da qual só começa a emergir bem recentemente — já no final da década de 1960, mais precisamente em 1969. Nesse ano, público e crítica da cidade de São Paulo são surpreendidos com o surgimento de um número pro- porcionalmente grande de escritoras, marcando presença no campo autoral do teatro (VIN CENZO , 1992). Essa eclosão de autoras de teatro na segunda metade do século X X consolidava um espaço que já vinha ganhando força desde o final da década de 1930, com vários nomes surgidos em diferentes pontos do país, tais como Maria Jacintha, Clò Prado, Rachel de Queiroz e Edy Lima, dando sequência, na verdade, ao processo de formação dessa tradição de autoria feminina, deflagrada - como se sabe, muito restritamente - ainda na segunda metade do século XIX , no Rio de Janeiro, com a produção de Maria Ribeiro (ANDRADE, 2008a).