Educação interprofissional e o trabalho colaborativo: perspectivas e conceitos entre os professores universitários.

• Autor(a) principal: FERREIRA, Marina Maria Adelino.
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/21554
• topic: Ensino-Aprendizagem; Formação de professores; Professor universitário; Educação interprofissional; Trabalho colaborativo; Práticas interdisciplinares; Teacher training; College professor; Education interprofessional; Collaborative work; Interdisciplinary practices; Formación de profesores; Profesor universitario; Educación interprofesional; Trabajo colaborativo; Prácticas interdisciplinarias

A interprofissionalidade e o conceito de práticas colaborativas vêm ganhando espaço, enfatizando a necessidade eminente de uma melhor comunicação entre os diferentes profissionais da equipe de saúde, assim como da implantação da colaboratividade entre estes, garantindo uma melhor resolubilidade e resultado final do cuidado. O objetivo da presente pesquisa foi identificar as percepções dos professores (tutores) ligados ao Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) Interprofissionalidade acerca de temáticas ligadas a educação interprofissional e a prática colaborativa. Trata-se de um estudo quantitativo descritivo exploratório de corte transversal, cuja amostra foram os tutores que integraram o projeto por três meses ou mais. O instrumento de coleta foi um questionário estruturado contendo cinco módulos. O primeiro módulo coletou dados sociais, etários, de formação dos respondentes; o módulo II continham informações sobre os grupos tutoriais de trabalho no PET; o III tinham questões sobre as dimensões das competências que são esperadas dos cursos de formação em saúde, conforme sugestão o Conselho Nacional de Saúde na Resolução no 569, de 8 de dezembro de 2017; o IV módulo versava sobre percepções acerca dos respectivos cursos da graduação em que lecionam; e o último módulo avaliou o trabalho da tutoria. Avaliando as dificuldades enfrentadas, a maioria das citadas estão relacionadas ao tempo: falta de consonância entre os horários de tutores e alunos, rigidez nos horários da universidade e dificuldade no manejo do tempo individual. A dificuldade de adequação com o trabalho durante a pandemia, no modo remoto, vem logo em sequência. Entretanto, outras problemáticas como a falta de formação anterior, dificuldade de articulação com os diferentes setores, assim como questões de ordem interpessoais e com a atuação dos preceptores, também foram explicitadas. Como potencialidades, foram destaques nas respostas obtidas a aproximação com os alunos, preceptores e com o serviço e comunidade. Não somente, o aprimoramento da criatividade e conhecimento de áreas como a saúde coletivas, a gestão e a mental, bem como a oportunidade de compartilhamento de diferentes saberes e competências das áreas profissionais diversas ali envolvidas. Organização, compromisso e a conotação de que é possível o trabalho interprofissional, também foram citados como pontos positivos retirados do PET- Saúde/Interprofissionalidade. Além de colocarem como uma oportunidade de aprimoramento humano e profissional, foi colocado como ponto forte da experiência o fato de poder aprender junto com os alunos, estudando em conjunto simultaneamente às orientações como forma de “romper a lógica do tribalismo das profissões”. Conclui-se que o programa demandou dos tutores uma integração mais ampla desde a gestão até a promoção de saúde na dimensão da atenção básica. A realização desta pesquisa possibilitou que os professores refletissem sobre suas práticas dentro do trabalho e suas relações com o meio acadêmico, com os alunos e com os profissionais de saúde.